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A Colina é muitas coisas para muitas pessoas.
Mas no caso, o elefante é branco. |
Esta semana postamos um Communicado da "nova" diretoria da Colina do Sol, uma mistura de informações específicas e omissões significativas.
Sabemos do comunicado que a bomba, que estava no fundo do poço, estouro e foi preciso começar de novo com outro poço. Sabemos (que já sabíamos) que as finanças da Colina estão no fundo do poço, mas ouvimos do He Who Must Not be Named, o presidente sem rosto que emitiu mas não assinou o Communicado, a pretensão de seguir com os mesmos procedimentos que já se mostram ineficazes, e que nos já mostramos aqui e no outro blog, são ilegais.
Uma das questões fundamentais, é "O que é a Colina do Sol?" É condomínio, é atração turística taquarense, é vitrine para o naturismo brasileiro e latino americano, é resort? O Comunicado chega numa resposta simples - é condomínio, ainda que chama de "clube", a diferença sendo que a lei brasileira assegura diretos para condôminos, mas um "clube" pode fazer o que quiser.
A resposta do Comunicado está errada. Como sei? Uma lição das aulas de filosofia no Yale, muitos anos atrás: uma resposta simples para uma pergunta complicada, está errada.
Além disso, quando em 2008 pareceu possível comprar a área da Colina do Sol em leilão judicial - antes que comecei cavar exatamente o que era a área, e desenterrei os esqueletos das fraudes das terras - era preciso montar um "business plan", uma plano de negócios, para que haveria retorno para os recursos investidos, e para re-erguer o empreendimento, arranhado pelas acusações falsas de pedofilia feitas pelos desafetos e credores de Fritz Louderback.
Para fazer tal, era preciso entender o que era uma área naturista, ler sobre equivalentes nos EUA e na Europa, e apareceu nitidamente que o lugar tinha duas vocações: de condomínio de lazer, e de área que recebe visitas. E que na segunda, servia como cartão-postal da cidade de Taquara, onde está instalada, e onde recebe benefícios da prefeitura.
No Brasil, tanto Tambaba quanto o Mirante do Paraíso somente recebem visitas. Rincão recebia visitas, mas as últimas informações que tenho é que o dono de parte da área rompeu a cessão, e agora é somente para os condôminos. Pinho tem a praia que vive de visitas, e ao lado o condomínio AAPP, também em área ocupada e vendida por
Celso Rossi, sem antes ter a comprada.
A importância de visitas para a Colina do Sol
O "Comunicado" informou que:
... visitantes. De fato, uma leitura do balanço geral mostra que durante o ano 2010 contribuíram, em termos de taxas de portaria, com a quantia de R$ 22.000,00, um valor bastante significativo. |
Como é de praxe com a Colina do Sol, informa muito menos do que parece. Quanto é a taxa da portaria? Que parte deste total é dos grandes feriados e Carnaval? Parece que na Praia do Pinho, o Carnaval (que é menos para naturismo do que para libero geral) paga as contas do empreendimento para o ano inteiro. Misturar as receitas daquela semana com as de outras épocas, não ajudaria entender como funciona o Pinho.
Atualmente, creio que a taxa da portaria da Colina é de R$20 reais, e durante grande parte de 2010 era de R$10. O valor menor daria um total de 2200 visitas durante o ano inteiro. Chutando metade para "grandes feriados", ficamos com 1100; dividindo por 50 fins de semana, dá 22 por fim de semana.
O que eu ouvi, de vários fontes, é que o número de visitas de fim da semana era normalmente de 8, 10, por aí. Se ficassem sábado e domingo, dobra o número de taxas, e chega mais ou menos ao que o Comunicado alega.
Realmente, na prática, não paga nem o custo de manter alguém na portão para cobrar a entrada. A portaria, é claro, serve para outras coisas, como parar oficial de Justiça até que o procurado pode dar um sumiço, ou infernizar a vida dos credores dos
Sócios que Recebem, barrando seus visitantes.
Um caso específico
No último verão, eu estava em Taquara, e um jovem comerciante me falou que pretendia visitar a Colina do Sol. É um rapaz simpático, que em razão dos seus negócios precisa lidar com o pública, tarefa em que é bem-sucedido.
Ele foi para a Colina do Sol, junto com uma amiga que topava a aventura, num domingo de sol. Foram para lá, prontos para pagar a entrada e tira a roupa. Foram barrados na porteira, ouvindo que não tinha ninguém disponível para acompanhar-los para mostrar o lugar, que era preciso ligar antes, marcar, aquela encheção toda.
Foram para outro lugar gastar o seu dinheiro.
Ele voltou sozinho, outra vez, com a mesma resultado. Disse que não volta mais.
Um freguês satisfeito traz outros, um dissatisfeito, espanta dez. A incapacidade de receber o dinheiro de quem chega na porta disposta a pagar, mostra que a situação de visitas à Colina do Sol é bastante diferente do que a Diretoria está contando no seu Comunicado. E este jovem não é a única pessoa com que falei, que foi barrada na Colina do Sol sem motivo. Ou por motivos ligados à politicagem interna.
O Camping e o hotel
Sem a entrada de visitas, como proposta por He Who Must Not be Named, como ficam o camping, o hotel, e o aluguel de cabanas? Os
Sócios que Recebem, que acham que a Colina e lhe devem o sustento, vão sobreviver de que? Somente sugando o outro classe de membro, os
Sócios que Pagam?
O Comunicado não toca neste assunto importante. Vai ver que há uma exceção às regras para este pessoal, como desde a fundação da Colina do Sol, sempre tinha exceções para certas pessoas, que não precisavam cumprir as regras, mas que poderiam impor rigorosamente regras existentes e inexistentes contra seus desafetos.
Condomínio?
Sr. Fritz Louderback, que fez mais do que qualquer outro para erguer a infraestrutura da Colina do Sol, mantenha que o lugar até poderia funcionar como condomínio, ou como uma combinação de condomínio e resort, nos moldes de Cypress Cove. Ele já foi presidente da Colina, e entende como funciona um condomínio naturista.
Porém,
condominio. Regido pela Lei de Condomínios, que garante os diretos dos residentes. Os abusos costumazes do "clube" Colina do Sol, não funcionaria mais com um condomínio. Quem compra, teria direto.
Exageram no dose com Fritz Louderback. Ele reagiu, outros reagiram, e a maneira que funcionava a Colina agora ja é de conhecimento público. Não há mais trouxas para por dinheiro nos "titulos" e "concessões" do CNCS.
O modelo atual foi desnudado para o que é: dois classes de sócios, os que vivem da Colina, e os que são alvos da esquema "engana, espreme, expulsa", os
Sócios que Pagam. Ninguém que tem um conexão de Intenet vai cair mais nesta emboscada. A Colina não pode contar mais com a rotatividade das trouxas.
Mas o que é o plano?
O plano proposta pelo He Who Must Not be Named e pela nova diretoria - que parece é os mesmos nomes de sempre - nós vamos tratar num outro postagem. Mas, já vou adiantar, que há uma palavra para o que é proposta. Há até um capítulo do Código Criminal, o artigo 171.