PORQUE TIRAR AS ROUPAS
Numa conversa informal entre Naturistas e Têxteis, podemos elencar algumas perguntas básicas que sempre se farão presentes; Uma dessas perguntas é: Porque tirar as roupas? Prova definitiva que realmente nada se sabe sobre Naturismo, apesar de termos uma variedade de informações sobre o assunto e em diversos lugares para serem pesquisados tais como:
http://www.jornalolhonu.com/
http://www.naturistascristaos.org/
http://peladista.blogspot.com/
http://mentelimpa-corpolivre.blogspot.com/
http://www.brasilnaturista.com/
http://www.barraseca.com.br/
E muitos outros aqui não listados.
Livros: (podem ser adquiridos no portal do jornal olho nu)
Corpos Nus – Verdade Natural
Naturalmente – Um Perfil Documentado
Verdades que as Roupas Escondem
Tese de doutorado na área de antropologia, monografias de mestrado etc.
Ainda é pouco porque as pessoas têm curiosidade, mas não tem tempo para estudar e ler sobre o assunto, já tem o seu julgamento pré-concebido que foi colocado na sua formação e assim não tem interesse algum em fazer questionamentos. Isso dá muito trabalho!
O indivíduo nascido numa cidade grande que desde pequeno recebeu informações e educação da negação ao próprio corpo, sentirá muita dificuldade em enxergar que os seus valores representam pensamentos sociais de uma massa puritana, machista e materialista. É o mesmo que um peixe no aquário e não sabe que fora dele existem outros mundos. São literalmente escravos de si mesmos; pensam, mas não fazem o que querem, tem medo da nudez, tem medo dos seus defeitos corporais, se tornaram autômatos. É anomalia de um indivíduo doente que só vive em função do seu sexo, não consegue enxergar que todos os nossos órgãos são igualmente importantes e tem suas funções vitais.
E para superar essas barreiras? Tem que lançar mão da nudez que nos coloca numa posição do que realmente somos; naturalmente naturais. Mostra-nos a nossa igualdade em relação aos demais. E algumas pessoas ainda questionam: Qual a graça de ficar sem roupas? Realmente, não é para ter graça alguma, ou melhor, é para sentir toda a Graça recebida de Deus. Quando jogamos nossas roupas para o lado estamos também retirando as vaidades, arrogâncias, malícias e a obsessão pela sexualidade.
A primeira idéia que se tem de áreas naturistas são as pessoas despidas, é só isso que conseguem ver. O que está por trás dessa linha divisória somente com a espiritualidade poderá ser vista. Igualmente importante é ter um pouco da sensibilidade dos filósofos (quando estes as têm) de reconhecer que liberdade da mente reflete também no corpo, é ter a mente limpa e o corpo livre de todas as idiotices criadas numa educação que valorizou a sexualidade, como este fosse um objetivo fim da nossa existência. Fomos enganados e não precisamos continuar enganando as novas gerações, podemos ser agentes transformadores e transmissores da paz.
Outro grande propósito de tirar as roupas é que passamos ter maior aceitação com o nosso corpo, ficamos mais tranquilos e em paz, mesmo com os nossos defeitos. O resultado reflete nos relacionamentos entre as pessoas pela facilidade da auto-aceitação não nos deixando frustrados pelo que somos ou que não somos. Somente podemos amar ao próximo quando também nos amamos; da forma como realmente nos apresentamos. Logo, a nudez humana é a nossa identidade única, universal e natural. O resto é pura idiotice de mentes doentias.
Há ainda de se considerar que somos únicos, não existe na face da terra duas pessoas exatamente iguais, somos todos diferentes na aparência e iguais na essência. Aprender a respeitar essas diferenças nos tornará melhor e mais humano. Se nos observamos como seres diante da imensidão deste universo, veremos que somos um cisco, uma poeira, que não tem nada de realeza nisso, porque tenho que ser escravo da roupa? Vou exercitar a minha nudez enquanto puder para que a Divindade se manifeste em mim na mente e no corpo.
E novamente assino embaixo o que disse Frei Betto: “Farei da nudez a mais pura revelação de todas as virtudes; assim, ninguém terá vergonha de mostrar o que Deus não teve vergonha de criar, e a culpa será redimida pelo amor”.
Evandro Telles
28/02/10
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