terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

"Cem anos de perdão?"

Recentemente temos recebido uma enxurrada de acusações e contra-acusações da Colina do Sol. Temos um foco jornalistica quando tratamos de casos e pessoas, em respeito não somente para quem é o foco do que escrevemos, mas para nossos leitores. Afinal, como leitor, eu não tenho interesse no "outro lado", quero saber a verdade, e quero que quem escreve antes busque os fatos para mim.

O documento abaixo traz como assinantes os nomes de mais de 30 que se dizem sócios da Colina do Sol (e cujos nomes não reproduzo pois há quem não quer se identificar publicamente como naturista). Há um manifesto; um suposto contrato de 2002 entre Etacir Manske e Zumbi Steffens, disputado e depois concordado pelo João Ubiratan dos Santos, vulgo "Tuca"; e uma lista de motivos de suspeitar da falsidade de tal documento.

A briga supostamente é sobre uma área, parece que é da horta do padre Otávio Steffens, que está sendo apresentado como a "Concessão de Jardinagem". Zumbi Steffens teria vendido este "Concessão" para Etacir Manske, e Tuca disse que o terreno faz parte do seu "Concessão de Camping". Fizerem as pazes e um acordo, de que Tuca pararia de pagar sua taxa de condomínio, que quer dizer que os Sócios que Pagam sustentariam Tuca nisso.

O "Boletim" erra não informar que o terreno tem dono matriculado no Registro de Imóveis, e não é nenhum destes, e não é o CNCS. Erra ao focar em 750 metros de terreno: sendo que terra agricultural pobre em Morro da Pedra vale entre R$ 5 mil e $12 mil, este terreno vale menos que R$900. Enquanto entre os roubos de árvores em 2008 e 2012, levaram entre R$100 mil e R$250 mil de madeira. Por último, sugerem "Conselhos", "eleições" e "democracia" como soluções. Bobagem. Há nome por isso, e há artigo correspondente no Código Penal. Não é para "votar". É para prestar queixa.

Os fatos essenciais

Tuca disse que o terreno é "seu". Procurei faz uns anos no Registro de Imóveis e na Tabelião de Taquara qualquer terra no nome de João Ubiritan dos Santos. Não há.

Enquanto não sei onde fica os 750 m2 em disputa, parece que entrando pelo atual portão, está ao norte, ou se prefere, na sua direita. Os primeiros 30 metros mais ou menos, numa faixa que vai do norte ao sul da Colina, são do registro 46.485, antigamente de José António da Silva e ainda registrado no seu nome. Se for mais distante do que isso, faz parte do terreno do registro 2025, hipotecado para o banco BRDES em garantia do empréstimo para o construção do Hotel Ocara. Em que caso não pertence nem ao CNCS, nem a Tuca, nem a Zumbi, nem a Etacir. Pertence ao banco BRDES.

Aqui é o mapa correto, até onde consigo verificar, sem acesso ao terreno com testemunhas:


Veja Colina do Sol - glebas num mapa maior

Alguém que conhece o lugar do chão, pode verificar onde fica a horta, na terra que era do António, ou no terreno que pertence ao BRDES. De qualquer forma, muito do que Tuca fala que lhe pertence, podem ver que pertence ao banco.

Fraude federal

Claro que Celso Rossi disse que o terreno 2025 está em outro lugar, que fica onde está o hotel. Mentira. Já publiquei os documentos. sr. Rossi escreveu recentemente, numa carta com que ainda não enchemos o saco do leitor,

"Me acusam de crimes, mas não apresentam as vítimas, nem os fatos criminosos. Isso é calúnia e isso sim é crime. A partir de agora, vou processar a todos que continuarem com essas calúnias indignas, covardes e desonestas contra mim."

Pois bem, sr. Rossi, acuso o senhor de defraudar o banco BRDES, apresentando em garantia de um empréstimo um terreno que o senhor sabia ficava em outro lugar. É fraude. Sendo que o empréstimo veio de banco federal, e o dinheiro veio da Orçamento da União, é crime federal. O fato criminoso é este, as vítimas são todos os contribuintes do Brasil.

Sempre procuramos atender os pedidos de nossos leitores.

Documento falso é crime

O documento é falso? É falsidade ideológico. Se estes três tentaram conseguir alguma vantagem apresentado um documento falso, prestem queixa na delegacia e na Promotoria. Há certos empecilhos, porque as "concessões" da Colina do Sol não tem existência no mundo real - dizer que alguém tentou roubar uma concessão na Colina do Sol é mais ou menos como dizer que alguém tentou roubar um sítio no Farmville. Se o contrato for falso os valores estariam fictícios, e de qualquer forma o que vale é o valor real de 750 metros de terreno pobre, uns R$900 reais. Que é pouco.

A isenção de mensalidades alvejada pelo Tuca é com certeza de valor maior, e talvez isso foi o motivo real da farsa. Ganham um isenção de pagamentos para Tuca, e distrair atenção de problemas reais, e maiores.

Personagens esquisitas

Notaram quem são estas pessoas? João Ubiratan, vulgo "Tuca", já contou para este repórter que "Já sequestrei, já roubei, e já fiz coisas piores." Sr. Etacir Manske devia dinheiro para Fritz Louderback, fez uma acusação falsa de pedofilia contra ele, e uma vez suas palavras colocaram seu credor na cadeia, na mesma semana sustou as pagamentos da dívida. É notório que a esposa de Zumbi Steffans se mandou para a Praia do Pinho como o então menor Douglas. Ganhar chifres de um rival de 15 anos não é criminal, somente cômico. Mas Douglas processou Zumbi dizendo que vingança foi a motivo da falsa acusação de pedofilia que Zumbi fez contra seu pai, acusação que também difamava Douglas. É de lamentar que a Justiça se negou de examinar os fatos no caso. Mas as provas estão lá no processo.

A ideia de que um condomínio de lazer poderia ir para frente com um condenado por sequestro como "segurança", com um Conselho Fiscal presidido por alguém do estirpe de Sr. Manske ... é coisa de doido.

A Colina do Sol tem, pelo que ouço, uma lista de 80 pessoas banidas. Que tal chamar aquela de volta, e expulsar esta corja?

Não perca de olho o dinheiro grande

Estas brigas mesquinhas poderiam estar sendo encenados para distrair os sócios de coisas importantes. As árvores foram roubas porque era o que existia que poderia ser convertido em dinheiro. O julgamento contra SBT é muito mais dinheiro. Quando será recebido, e quem teria autoridade sobre as finanças da Colina do Sol? Pois não se engana, os sócios terá a mesma participação no dinheiro de SBT, que tiveram no dinheiro das árvores. (Para quem não sabe, o caso está no STJ, e o ministro que recebeu o caso se aposentou em dezembro, e o caso foi devolvido sem julgamento, para ser distribuído para outro. Perdeu mais de ano parado.)

Há outros problemas, maiores que a Sucessão de Gilberto, e naquele caso já foi estabelecido que CNCS, Naturis, e Celso Rossi são toda a mesma coisa. Quem cobra de um, pode cobrar de todos.

Esta briga é um sideshow, uma atração a parte. Como o freak show no circo. Há vários eventos prontos para acontecer embaixo da lona grande.

Não fiquem distraídos com os freaks. Pois o circo vai pegar fogo.

Movimento  Colina para Sempre  28/01/2013  BOLETIM NÚMERO 2/2013

Grande consternação na Colina

O Movimento Colina para Sempre representa uma corrente de opinião, comprometida com a verdade e os princípios do Naturismo. Seu objetivo não é atingir pessoas, mas esclarecer fatos e posicionar-se sobre eles. Por isso, com grande consternação, se vê obrigado a dar ciência aos sócios de fatos ocorridos em 2012, no âmbito de um processo administrativo conduzido a portas abertas pelo Conselho Deliberativo. Seu objetivo era resolver um contencioso existente entre dois sócios, relacionado à fronteira física entre as áreas de suas concessões comerciais: o Camping e a Jardinagem.

Em agosto de 2012, apareceram indícios materiais preocupantes de que um grupo de sócios fizera a montagem artificial de um contrato, objetivando obter vantagens para si, com prejuízos ao CNCS e aos demais sócios. O documento formaliza a venda da concessão da Jardinagem, incluindo na concessão uma área de 700m2 (35m x 20m: quantas mudas se podem plantar? Alguma já foi plantada?). A área teria passado ao comprador, vitaliciamente. Assim, deveria ser respeitada ao se estipularem os limites do camping, cujo concessionário sentia-se lesado e ingressara com uma reclamação em fevereiro de 2012: contra a apropriação indébita de parte da área do camping, usada pelo proprietário da Jardinagem, e contra o abandono e o estado infecto do local.

Como, presumivelmente, não conseguiram obter documentos originais da concessão da Jardinagem (muito embora o processo tenha se estendido de março a outubro de 2012), para comprovar que ela compreende uma área física, os autores do documento preferiram apelar para uma via ética e juridicamente inaceitável, a julgar pelos fatos.

A documentação em questão é pública, sendo referida em várias atas do CNCS. Foi lida em reunião aberta e passou por várias mãos, contudo sem espalhafato. Pois bem, é de espantar o número de erros e incongruências no documento, que depõem seriamente contra sua autenticidade. Por isso, talvez, seus autores se tenham negado mais de uma vez a reapresentá-lo, assim como a reconhecer as firmas em cartório, ou ainda a fornecer outros documentos complementares indispensáveis, que logicamente deveriam existir.

Espanta também os nomes que assinam: Etacir Manske (Coordenador do Conselho Fiscal!), como comprador da concessão e beneficiário direto; Zumbi Steffens, como vendedor, embora na época fosse Sócio Contribuinte (atual Sócio Mensalista) e não pudesse ter concessão comercial em seu nome; como testemunhas, Egon Stahlhoefer e Celso Rossi. Vejam só!

O primeiro a contestar a veracidade do documento foi o concessionário do camping, João Ubiratan dos Santos, o Tuca. Salientou que a família Steffens tinha permissão para cultivar uma horta no terreno contíguo à sua cabana, contudo sem dispor de propriedade ou de concessão comercial que permitisse uma venda posterior, ainda mais sendo para reduzir a área do camping (carta ao Conselho Deliberativo, de 03/09/2012). Essa versão coincide com a opinião de muitos colineiros da época.

Jogo de erros

Para que os leitores tirem suas próprias conclusões, convém examinar uma réplica do próprio documento, datado de 20 de maio de 2002:

  1. Zumbi era Sócio Contribuinte, sem direito a ter Concessão Comercial. E Steffens está mal grafado.
  2. Inexplicável: esse endereço passou a ser do Etacir apenas em setembro de 2005
  3. O documento original da Concessão, que especifica os bens e direitos, não foi apresentado
  4. Provas bancárias do pagamento não constam e Zumbi é citado, acima, como solteiro
  5. O documento original da Concessão, que especifica os bens e direitos, não foi apresentado
  6. Frase incompreensível, incompatível com um contrato oficial
  7. Não está anexa ao contrato uma Procuração do titular da Concessão, já que não poderia ser o Zumbi
  8. Essas testemunhas, presentes na Colina em 2002, dão ares verossímeis ao contrato
  9. Onde está a anuência do CNCS?

Trama urdida contra o CNCS

Conforme dito, o objetivo visado era “regularizar” a área de uma concessão em prol de um sócio. Diante das características duvidosas do documento, o Conselho Deliberativo insistiu várias vezes para que os interessados o legalizassem em cartório e fornecessem também os anexos necessários para dar validade ao contrato. Com isso, o problema ficaria definitivamente resolvido. Tais documentos são indispensáveis, pois sem eles um simples contrato de compra e venda não se sustenta: precisa estar apoiado em outro documento, originado no CNCS (que define e administra as concessões), no qual se especificam os bens, direitos e deveres de cada concessão. E, como sabemos, apenas sócios Patrimoniais podem adquirir concessões comerciais.

Apesar da insistência do Conselho Deliberativo junto aos interessados, houve repetidas recusas da parte desses, até que, em 30/10/2012, os sócios litigantes, Etacir e Tuca, afirmaram já terem apresentado cópias da documentação (o Contrato antes citado, que agora passou a valer para o Tuca!) e voltaram a frisar que tinham uma solução, de comum acordo: que a área da Jardinagem ficasse para o sócio Etacir e que o camping ficasse com isenção total da taxa de manutenção do Clube, vencida e por vencer (ofício recebido em 20/10/2012). Bela solução: cada um recebe o que quer e o Clube paga pelos dois, à custa do seu patrimônio e de sua receita! No mesmo ofício, os sócios recusaram-se também a participar de novas reuniões.

Os assinantes passarão o resto da vida se explicando, mas jamais poderão mostrar como um documento de 2002 menciona um endereço de 2005! Só isso põe por terra qualquer tentativa de retirar o contrato do pantanoso terreno da inautenticidade, sem falar que o objetivo era garantir a um sócio uma área que, sem provas em contrário, pertence ao CNCS, isto é, aos Sócios Patrimoniais. Logo o Coordenador do Conselho Fiscal e anterior Presidente do Conselho Deliberativo, que deveria ser o primeiro a zelar pelos bens do Clube! O caminho aceitável, e bem mais fácil, não seria reconhecer a falta dos documentos pertinentes e propor um acordo às claras, isento de qualquer dúvida sobre a lisura das partes?

Diante desses acontecimentos, pode-se entender porque o Conselho Deliberativo vem sofrendo ataques incessantes de alguns dos assinantes desse “contrato”, feitos agora também em nome do Conselho Fiscal, embora muitas vezes em assuntos que em nada lhe digam respeito e sem observância de preceitos institucionais elementares. Críticas, ofensas e declarações bombásticas são quase diárias, a maioria sem fundamento ou feitas por pessoas que tomaram parte das decisões que agora condenam. Parece que não se quer deixar os Conselhos do CNCS trabalhar, para que o assunto do contrato fique esquecido. Tentam conturbar ou impedir as eleições do Clube, como se essa não fosse a maneira mais democrática de dar a palavra aos sócios. Não será surpresa se o Conselho Fiscal reprovar as contas da atual gestão, meramente em represália. É provável que exijam, mais uma vez, processos disciplinares contra os sócios que subscrevem esse Boletim, no lugar de apresentarem argumentos para justificar seus atos. Cortinas de fumaça e balbúrdia servem a quem não esposa a verdade.

Mas a Colina não se renderá. Teremos eleições em breve, com regras semelhantes aos últimos três pleitos. Os Conselheiros atuais estão por deixar os seus mandatos, dentro da normalidade institucional do CNCS. Todos os sócios, amantes do Naturismo, terão a oportunidade de fazer suas escolhas, em um esperado movimento de renovação.

A Colina do Sol continua sendo nosso sonho!

Saudações naturistas!