sábado, 27 de agosto de 2011

Oficial x confiável

Ontem na lista peladistas houve um recado sobre uma briga sobre quais páginas são "oficias" e fornecem  "informações precisas e confiáveis".

Curiosa, a obsessão brasileiro pelo "oficial". A razão da imprensa livre existir é exatamente porque, em todos os lugares e em todos os tempos, as informações "oficiais" nunca são confiáveis, quando tem a ver com os interesses ou a conveniência do poder, seja poder grande ou mesquinha.

Nestes dias, em São Paulo, temos lido de crimes cometidos pela própria Polícia Militar, como uma emboscada num supermercado em que vários ladrões de caixa eletrônica foram mortos, e em qual uma câmera de vigilância teve seu foco desviado pelo PM enquanto aguardavam a "resistência seguida de morte" anunciada.

No caso Colina do Sol e no caso Tambaba, em que naturistas foram acusados de pedofilia, vimos que as informações "oficiais", foram absolutamente falsas. As fotos mostradas com faixas pretas pelo Ministério Publico de Paraíba era nada além de fotos de família de Nelci Rones, e as acusações apresentadas como fato pela polícia gaúcho não passavam de acusações sem fundamento feitas pelas devedores e desafetos dos acusados, a corja da Colina do Sol.

O que é "oficial", então, não é necessariamente confiável.

E no ringue temos 

Mas vale a pena comparar os dois lados da briga. Não dar para usar a linguagem padrão de boxe, "na calção branco é ..." pois nenhum dos lados nesta briga estaria de calção. Porem, num canto temos www.tambaba.com.br e www.tambabatur.com.br (que apontam para o mesmo site), e no outro, www.praiadetambaba.com.brwww.tambaba.tur.br, e praiadetambaba.blogspot.com.


Vamos procurar, primeiro, qual dos sites traz informações objetivas. O que é, exatamente, a praia de Tambaba? Eu lá estava uma única vez, em 2008, e ouvi de sr. Damasceno, que a praia vai da pedra até o rio. Publicamos as leis e decretos aqui, para que nossos leitores poderiam ter informações e não boatos.

Mais se eu me lembro, ouvi que neste ano ou no final do ano passado, que o prefeito tinha assinado outro decreto, tirando da área naturista a faixa enorme de aréia além das pedras, no sul. Seria a área entre o resort proposto, e o mar. Também, ouvi coisa contraditórios, que a presença de crianças na praia foi proibida pelo Ministério Publico, ou não. Foi reveiculada esta semana no Orkut, e na lista Peladistas, o boato de que um TAC seria assinada com o Ministério Publica proibindo crianças na praia.  É informação importante para quem pretende passear com a família. E seria bom ter atualizada.

Há também informações contraditórios sobre proibição de solteiros, peculiaridade brasileiro. Como está está proibição?

www.tambabatur.com.br

Procurando, então, "solteiro*", "menores", e "crianças" no  www.tambaba.com.br, para onde também aponta www.tambabatur.com, e encontramos nada mesmo. Há uma página de regras, que não fala nem de crianças, nem se solteiros.

Há uma página com um fotos da família do presidente de Sonata, com  a afirmação:

A presença da família na praia é uma bandeira defendida pela atual diretoria da SONATA, para consolidar cada vez mais a Praia de Tambaba como uma praia exemplar na prática do naturismo sério e de respeito aos valores éticos e morais.

Dizer que defende uma bandeira é outra maneira de dizer que está sob ataque. Mas, a palavra "família" pode ser uma maneira de dizer "solteiros proibidos", da maneira que "boa aparência" já significava "seja de pele clara" e nos EUA "próxima a igreja" nos anúncios de imóveis foi código  para "não vendemos para judeus".
 
uma mapa com a localização, e uma descrição, que não dá o comprimento da praia nem fala até onde vai.

Notamos também que não há referência nenhuma a Nelci Rones.

www.praiadetambaba.com.br


Em www.praiadetambaba.com.br, há também uma mapa, que também não fala da extensão da praia. Há uma página de notícias, mas desatualizada: fala da Lei Gabeira como viva e não morta. Há fotos de crianças na praia, que responderia a pergunta sobre menores, se não for o problema de informações desatualizada.

Nada encontrei sobre a proibição de solteiros. 

Afirma também que Tambaba é "praia naturalista" e oferece "notícias sobre o naturalismo". Hmmm.


Diferente do www.tambaba.com.br, o blog praiadetambaba.blogspot.com pelo menos conta do plano de criar um resort atrás da praia de Tambaba.


Praia tem dono?


Algo que perturbe é que o Sonata está tendo uma campanha de recadastramento. Por R$200 por ano, você pode virar sócio de Sonata e "terá acesso irrestrito a área reservada ao naturismo em Tambaba".

Quer dizer, quem não pagar 200 pilha, vai ter seu acesso restrito? A praia, como qualquer praia no Brasil, é pública.

Antes da prisão de Nelci Rones, algo que estranhei ao ler as afirmações de Sonata (e até do Nelci) era a  atitude de que "a praia é nossa", e que a Sonata não tinha o encargo de gerenciar a praia para o bem do Condé, do Paraíba, ou do Brasil, mas para atender os desejos e o conforto dos sócios de Sonata, e pronto.

Nisso, o atitude do "Coletivo da Praia de Tambaba", que afirma que
o interesse maior dos idealizadores era único e exclusivamente em difundir a propagação daquela praia, com interesses conjuntos em divulgar as belezas, os serviços que os comerciantes oferecem, mostrar tudo isso aos turistas que nos visitam, a fim de atrair ainda mais novos adeptos, passar mais informações sobre o Naturismo, Nudismo sobre a praia como toda.

Pode ser. Ao ler que são "os comerciantes" do local, fiquei com uma pulga atrás da orelha: a corja da Colina do Sol foram "os comerciantes" também. Mas reconheço esta reação como uma injustiça para com o grupo de Tambaba. É uma coincidência, e só. 


A terceira via

Algo que me impressionou bem no Congresso Internacional em 2008 foi o Campeonato de Surf Naturista. Ao contrario do congresso em geral - que ao meu entender, atraiu 400 visitas com R$400 mil em dinheiro público - o campeonato de surf foi auto-financiado, e sustentável.

Enquanto a prefeitura se gabava de R$6 milhões de espaço na mídia conseguido com o Congresso, muito deste tempo de televisão era baixaria. O Campeonato de Surf fornecia uma bonita visual que garantia espaço na mídia todo ano, mostrando naturismo de uma ótica mais correta. O foco está no surf, não nas pessoas peladas.

O Campeonato de Surf foi organizado pelo Movimento Nu. Não participam da rivalidade para ser "dono da rua". Organizam o campeonato de surf todo ano, entre outras atividades que contribuem para naturismo, mas que não colocam o Movimento Nu ditando regras para os outros. É um modelo de atuação naturista.

E o Nelci Rones? 

Ser "oficial" não garante que informações sejam confiáveis. Mas ajuda que elas sejam ouvidas. Na hora das acusações falsas contra Nelci Rones, que logo tiverem seu foco virado contra crianças na praia, tanto um lado quando outro deste tempestade numa copa d'agua, foram mudos. Sobre o resort de luxo planejado para a área atrás da praia de naturismo, foram mudos. Continuam mudos até agora. 

O carimbo do "oficial" serve como um "bully pulpit", uma tribuna que amplia a palavra. Se não for para usar quando é preciso, não tem utilidade. Dois grupos brigando para ser um voz que defende o naturismo, seria democracia saudável. Mas o que temos é dois grupos brigando para dizer quem pode mostrar uma chapa-branca quando fogem das brigas para valer.

Como disse Mercúrio, "A peste em ambas vossas casas!"    

Catalista? 

A eclosão da briga entre os dois grupos - Sontata e os comerciantes - coincidiu com a passagem pela Tambaba da Familia Brasil Naturista. Acompanhei a atuação desta gentalha desnuda no caso Colina do Sol, e seus vizinhos finalmente perceberem o que são, e foram preteridos até para o conselho da Colina na ultima eleição. Foram embora de Paraíba, e talvez sem sua presença, as rixas vão se cicatrizar.


Viajar de ônibus pelos Andes é uma grande aventura
Onibus

Ambas as páginas destacam o projeto "Naturistas pela América Latina", que tem a grande vantagem de que, se a Familia Brasil Naturista está viajando, necessariamente está em algum outro lugar. Não é que a idéia seja notícia - já houve precedente. Mas quem sabe, pode ser que vira notícia.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

MACUMBA ANTROPÓFAGA

Caros Amigos Naturistas, Nudistas e peladistas

Gostaria de estender o convite abaixo feito pelo Claudio para que todos possamos ir ver o espetáculo MACUMBA ANTROPÓFAGA  no Teatro Oficina em São Paulo pelados e ainda pagando apenas 50% do valor do ingresso.

Toda a parte financeira – pagamento dos ingressos – deverá ser feita diretamente com a produçao do Oficina no email informado abaixo no texto do convite. Estamos marcando para ir no dia 24 de setembro de 2011, num sábado. O espetáculo começa as 16:30

Convite

Comemorando os 50 anos do Teatro Oficina, Zé Celso, um dos gênios vivos do teatro brasileiro, resolveu ressuscitar Osvald de Andrade e Tarcila do Amaral no espetáculo MACUMBA ANTROPÓFAGA no Bexiga, São Paulo.

E como todos já sabem, os espetáculos do Zé Celso são recheados de NUDEZ, pois o objetivo dele é quebrar com todos os paradigmas da moral hipócrita reinante. Nesse espetáculo em especial, além de todos os atores e músicos ficarem nus, eles também chamam pessoas da platéia, alguns que já espontaneamente pelo clima reinante, tiram a roupa antes mesmo do convite.


Portanto, CONCLAMO A TODOS OS NUDISTAS, PELADISTAS, NATURISTAS, para comparecermos a essa peça, da forma como mais gostamos, ou seja NUS, pois acabei de receber da produção do espetáculo a promoção de 50% PARA NÓS OS PELADISTAS!!! Ou seja, cairá para R$ 25,00 o ingresso!

POR FAVOR,  preciso saber quem poderá ir, E SOBRETUDO FECHAR UMA DATA, pois a peça começará amanhã, mas vai até o dia 2 de outubro, sempre aos sábados e domingos a partir das 16:30h, E O PAGAMENTO É ADIANTADO e precisa de um esquema que me foi enviado pela produção.

O ESQUEMA DE PAGAMENTO SERÁ O SEGUINTE: qualquer dúvida a LUCIANA NARDELLI da produção do espetáculo deixou o email: ingressosmacumba@teatroficina.com.br

NÃO SE ESQUEÇAM DE SE IDENTIFICAREM COMO "PELADISTAS".


O texto abaixo me foi enviado pela Luciana:

Para comprar ingressos favor fazer o pagamento na conta abaixo e
enviar, via email, comprovante do depósito, o nome e um número de
documento da pessoa que vai retirar os ingressos na bilheteria, com
até 15 minutos do início da sessão.
 
Na hora da entrega dos ingressos será solicitado documento de
identificação com foto. Assim como para os ingressos de meia entrada, entregues somente com apresentação de documento válido. Se for morador do Bixiga,  trazer comprovante de residência recente, para aproveitar o desconto.

Os preços são:
R$ 50,00 inteira
R$ 25,00 meia (estudantes)
R$ 10,00 moradores do Bexiga
Dados da Conta:
 
Banco do Brasil
 
Agencia 2809-6
 
Conta Corrente 22771-4
 
CNPJ: 53.255.451/0001-36
 
Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona
 
Os ingressos não são numerados.

Não fazemos reserva.

Evoé,
 
Luciana Nardelli
Equipe de Produção
Essas instruções foram me dadas por e-mail pela própria produção da peça, fazendo então parte EXCLUSIVA do agenciamento deles, sendo o meu interesse inteiramente e apenas voltado para montar um grupo de amigos PELADISTAS em uma oportunidade única e original para todos.

Cláudio


domingo, 14 de agosto de 2011

CRIANÇAS NO NATURISMO

É PERIGOSO EXPOR AS CRIANÇAS À NUDEZ?


(Extraído da revista Nude & Natural)
Esta pergunta cresce distorcida na cabeça dos naturistas quando grupos políticos e religiosos tentam banir o nudismo social e até mesmo classificar arte e fotografias contendo a mera nudez como "pornografia". Muitos "peritos" em educação infantil



estão prontos a culpar uma exposição precoce à nudez, por várias doenças da infância. Será que é este o caso mesmo? Alguma confusão pode ser gerada a partir do desconforto inevitável que muitas pessoas - pais e educadores inclusive - sentem em relação a qualquer coisa que sugira sexualidade infantil. As pesquisas a respeito da sexualidade infantil parecem uma viagem através do deserto: longos trechos de "nada" intercalados por breves visões de atividade com algum interesse.


Alayne Yates (1979) historiou a confusa e esparsa evolução do estudo acadêmico do tópico da sexualidade infantil em geral, e em particular a pobreza de material conciso de referência para pais e educadores.

Nos Estados Unidos, pesquisa desta natureza tem sido historicamente vista como desnecessária (a reação mais leve), intrometida (uma crença comum entre educadores é que a sexualidade infantil é responsabilidade dos pais) ou malévola (especialmente entre pessoas e grupos que acreditam em certas religiões e dogmas). Os impedimentos à pesquisa é um problema, principalmente às famílias e os grupos que não compartilham dos pontos de vista prevalecentes a respeito da sexualidade em geral e do nudismo em particular.

Smith e Sparks (1986) citam inúmeros exemplos de famílias que são nudistas, mas que escondem costumeiramente este aspecto da vida, com medo de que os outros, descobrindo, vão desaprovar. Temem a desaprovação porque não tem base alguma de pesquisa acadêmica que apóie a crença de que o corpo é uma entidade normal e que a nudez não sexual não prejudica as crianças (e na verdade é benéfica).

Felizmente para as famílias nudistas, vários pesquisadores tiveram interesse no assunto da nudez e do desenvolvimento infantil. Infelizmente poucos além desses decidiram repetir essas pesquisas, possivelmente devido a razões resumidas por Yates. Este artigo pretende revisar e avaliar três estudos de pesquisa relevantes:

1. Estudo de Robin Lewis e Lois Janda de 1988, "A relação entre o ajustamento sexual do adulto e as experiências infantis de exposição à nudez, dormir na cama dos pais e o posicionamento dos pais em relação à sexualidade";

2. O estudo de Ron e Juliette Goldman de 1981, "Como as crianças percebem as roupas e a nudez: um estudo transnacional"

3. Estudo de Marilin Story de 1979, "Fatores associados com concepções do próprio corpo mais positivas em crianças pré escolares".

Influências da Infância no Ajustamento do Adulto

Lewis e Janda (1988) examinaram a relação entre o ajustamento sexual do adulto e a exposição infantil à nudez, dormir na cama dos pais e o posicionamento dos pais em relação à sexualidade. Eles chamam a atenção para descobertas conflitantes em estudos anteriores: alguns pesquisadores alertaram para conseqüências desastrosas de crianças vendo nudez enquanto que outros relataram benefícios.

Um assunto freqüente foi quanto à situação em que os pais de "forçavam" a ficar nus diante dos filhos (a fim de ensinar aos filhos as diferenças anatômicas fundamentais). Se esses pais não se sentissem à vontade com a nudez, a experiência seria provavelmente neutra ou negativa. Parece que a questão aqui não é a nudez em si, mas os posicionamentos da família em relação à qual é a atitude aceitável e tranqüila.

Lewis e Janda reuniram 210 estudantes universitários como cobaias para seu estudo. Todos os estudantes completaram um extenso questionário aquilatando três experiências fundamentais na infância (aqui definida como o período que vai desde o nascimento até os onze anos de idade): dormir na cama dos pais; posicionamento e tranqüilidade dos pais em relação à sexualidade; a visão dos pais, irmão e amiguinhos nus. Foi obtida também a graduação da tranqüilidade e ajustamento atual em relação ao sexo, através de um extenso questionário.

O estudo encontrou uma relação diretamente proporcional entre a exposição à nudez durante a infância e a tranqüilidade sexual na idade adulta. Os autores chamam a atenção, entretanto, que algumas pessoas poderiam ver isto como um motivo para evitar a exposição das crianças à nudez, pois a tranqüilidade mencionada foi medida incluindo a aceitação de padrões que seriam consideradas imorais ou indesejáveis (como o sexo pré-marital ou a aceitação da homossexualidade).

Os outros fatores (dormir na cama dos pais e a aceitação e tranqüilidade dos pais em relação à sexualidade), apesar de não serem relevantes no âmbito estreito desta discussão, também demonstram uma relação diretamente proporcional entre a exposição infantil à nudez e o ajustamento e a tranqüilidade sexual na idade adulta.

Estes resultados sugerem que as exposições das crianças a nudez e a dormir na cama dos pais não estão relacionadas a maus ajustamentos. Na verdade, a exposição a esses fatores foi correlacionada a uma auto-estima mais elevada e à tranqüilidade em relação à sexualidade. Além disso, as crianças cujos pais aceitavam a sexualidade tranqüilamente tiveram um grau ainda maior de auto-estima e tranqüilidade.

Estes resultados dão a ideia que relatos esparsos de "dano" causado por estes fatores na infância são a exceção da regra, e que as crenças e tabus sociais comumente aceitos precisam ser reexaminados.

As Percepções das Crianças da Nudez e da Sociedade

Muitos pais relutam em permitir que os filhos brinquem ou durmam nus. Ao explicar para as crianças, muitas vezes não usam motivos morais mas motivos pseudo-práticos (como "podes pegar um resfriado")

Os pais também transferem o desconforto que sentem com a nudez ao dar nomes às partes do corpo, muitas vezes usando termos vagos como "ele" ou "lá embaixo", em vez de pênis, escroto, vulva, clitóris e ânus. Os órgãos genitais e o períneo quase nunca são mencionados.

Ron e Juliette Goldman (1981) entrevistaram 838 crianças dos Estados Unidos, Inglaterra, Austrália e Suécia. As crianças tinham entre 5 e 15 anos de idade. Cada criança foi entrevistada individualmente e perguntada no sentido de provocar respostas dando uma idéia de compreensão da criança em relação ao uso de roupas, à nudez (conforme a sociedade como um todo a vê) e ao pudor.

Os pesquisadores fizeram três perguntas às crianças: "Imaginemos que morássemos todos num lugar bom e quentinho; será que precisaríamos usar roupas?" "Por quê?" (Isto é, quais as razões para responder "precisaríamos" ou "não") e "Algumas pessoas sentem vergonha ou se acham ridículas de (mostrar) certas partes de seu corpo; por quê"?

Houve variações no palavreado, no caso de crianças mais jovens ou mais lentas (conforme escrito no original), mas após algumas entrevistas de teste, as perguntas acima, ao que parece, deram lugar a pouca ambigüidade para as crianças de todas as idades. As respostas foram codificadas e quantificadas para avaliar o nível de raciocínio cognitivo de cada criança para as respostas fornecidas. Não houve referência ao nudismo ou não da família apesar de que isto pudesse ser um fator de influência.

Este estudo descobriu que as crianças de fala inglesa foram as mais renitentes em dizer que as roupas são necessárias, mesmo em clima quente; destas, as crianças dos Estados Unidos foram as mais insistentes de todas. Quem falava inglês também avançou ao nível mais alto de raciocínio moral sobre os motivos para se sentir pouco à vontade quando nu e os motivos para usar ou não usar roupas. Parece que as crianças suecas ganharam sempre mais pontos e foram bem menos insistentes com as roupas embora vivessem num clima mais frio e tivessem mais motivos para achar que deveriam usar roupas. Os Goldman apontam para o fato que a educação sexual é compulsória na Suécia após 8 anos de idade e que as tradições do norte da Europa de sauna e FKK (Freikörperkultur ou "Cultura do Corpo Livre") estão firmemente estabelecidas na Suécia.

Esta diferença cultural não fica tão evidente quando se examina os motivos para usar roupas e porque as pessoas poderiam ficar pouco à vontade quando nuas. O quadro revelado pelas percepções infantis foi um em que a nudez, e especialmente a nudez sexual, tem uma forte matiz de culpa.

Conforme aumenta a idade, as crianças dão-se conta da necessidade de não ser diferente (por trás das noções transmitidas pelos mais velhos). Ficou evidente através das respostas de muitas crianças, que foi transmitido raciocínio de nível inferior através dos ensinamentos de pudor pelos pais.

Os motivos pseudo-práticos mencionados acima são usados: Em vez de revelar a falta de desembaraço dos pais em relação à nudez e à sexualidade, o pai ou mãe trata de usar um motivo concreto, racional. Os resultados mostram, entretanto, que o processo de educação sexual deverá vencer miríades de mitologias e racionalizações adultas que impedem as crianças de entender, aceitar e aproveitar o corpo e os seus órgãos sexuais como naturais e normais.

Conflitos Entre as Percepções Naturistas e Não-Naturistas

A concepção do corpo é um aspecto importante da autoconcepção geral, porque as pessoas funcionam dentro das fronteiras do corpo físico.

As concepções baixas ou negativas do corpo têm sido relacionadas à ansiedade sem razão, capacidade diminuída para entrar em relacionamentos íntimos expressivos e diminuição das capacidades motoras.

As crianças de três a cinco anos conseguem identificar de forma válida a concepção do próprio corpo. Numerosos estudos com crianças mais velhas mostraram diferenças significativas entre as respostas masculinas e femininas a testes de concepção do próprio corpo - mas não bem definida tal diferença entre crianças menores. Além disso, não há estudo prévio que examine o papel do tipo de nudez social familiar no desenvolvimento da concepção do próprio corpo. Este estudo poderá ser a fonte mais útil para as famílias naturistas no momento em que tenham que estabelecer uma relação entre os dois.

Marilyn Story (1979) entrevistou 264 crianças de 3 a 5 anos e seus pais. Estes foram escolhidos e organizados de acordo com a situação da nudez familiar: nudista social, nudista exclusivamente dentro de casa (home-nudist) ou não-nudista. Todos eram americanos com números aproximadamente iguais de todas as regiões geográficas dos Estados Unidos.

Os pais foram entrevistados individualmente, para aquilatar as idades, sexos, pesos e ordem de nascimento das crianças. Cada criança recebeu um teste individual em que o entrevistador apontava para uma parte do corpo de um desenho de uma criança nua do mesmo sexo e raça da criança entrevistada e perguntava: "Você gosta do seu ______?"

Isto era repetido para 16 partes do corpo (embora o estudo não especificasse quais). Enquanto estava vendo o desenho, a criança era perguntada também "que parte de seu corpo você gosta mais? Por quê?" e "Que parte de seu corpo você gosta menos? Por quê?" As respostas a estas perguntas foram categorizadas e receberam valores numéricos.

Para as crianças não-naturistas, as respostas para as perguntas "Que parte de seu corpo você gosta mais?" e "Que parte de seu corpo você gosta menos?" não mostraram relação com raça ou localização geográfica. O Gênero foi significativo, as meninas gostando mais dos cabelos, olhos, nariz e boca e os meninos gostando dos braços e dos órgãos genitais; entretanto, os meninos e as meninas não naturistas quase sempre diziam que os órgãos genitais eram os que menos gostavam.

Para os meninos e meninas naturistas (inclusive os naturistas exclusivamente em casa) as respostas às perguntas acima deram resultados muito diferentes. Tanto meninos quanto meninas quase sempre afirmaram que os órgãos genitais eram as partes que mais gostavam. Os meninos e as meninas naturistas também quase sempre responderam que não havia parte do corpo da qual não gostassem, embora muitas vezes expressassem impaciência com a pele, não pela cor racial ou deformidade, mas devido a queimaduras solares ou pouco bronzeamento.

Story também descobriu que o nudismo foi a variável mais importante na concepção do próprio corpo do que foram o sexo, a raça ou a área geográfica. A relação entre o nudismo e a parte do corpo menos amada foi significativa (aproximadamente uma probabilidade de 1:10.000 de ser apenas um resultado aleatório), conforme foi discutido acima.

Na análise do teste das 16 partes do corpo, os naturistas (meninos) ganharam mais pontos que os não-naturistas e as não-naturistas. E as naturistas (meninas) ganharam mais pontos que os não-naturistas e as não-naturistas. Tirando o tipo de nudismo das variáveis, as diferenças nos escores foram bem menos significativas, com os naturistas tendo mais pontos que as naturistas, e os não-naturistas mais que as não-naturistas. O nudismo familiar teve uma correlação mais alta para elevar a concepção do próprio corpo do que teve o sexo, a raça e a localização geográfica. As crianças naturistas tiveram sempre maior número de pontos do que as crianças não naturistas em concepção do corpo, aceitação do corpo e auto-imagem.

Conclusão: A Nudez é Benéfica para a Família e para a Sociedade

Os resultados das pesquisas apresentadas falam em alto e bom som: a exposição das crianças à nudez não apenas não é prejudicial, mas parece ser benéfica. As crianças que são criadas como naturistas (ou em famílias que vêem a nudez como natural) acabam se tornando adultos à vontade com seus corpos e com a sexualidade.

Entretanto esta relação aparentemente clara, não é nem um pouco clara para a maioria dos pais, sejam naturistas ou não.

Yates (1978) teorizou que a maioria dos pais desconhece estes estudos ou o que eles refletem por dois motivos:

Primeiro: os naturistas ainda são amplamente (e erroneamente) tidos em nossa sociedade como aberrantes sexuais. Os que não são naturistas geralmente não têm qualquer experiência direta e pessoal que negue esses conceitos errôneos; muitos naturistas têm medo de revelar o que são por medo da incompreensão dos amigos e da sociedade.

Segundo: a pesquisa da sexualidade humana forneceu avanços estupendos no conhecimento da sexualidade adulta nos últimos cem anos, e isto foi visto como adequado, pois os adultos são claramente seres sexuais. Já a pesquisa paralela, a respeito das crianças, avançou com muito mais lentidão porque os pesquisadores detestam o tópico.

A pouca pesquisa feita, geralmente não foi repetida. A falta de duplicação levou a uma ausência geral de crédito entre aqueles que se baseiam nas pesquisas para darem as opiniões profissionais - e são estas pessoas que aconselham os pais diretamente.

Assim, nos resta o conselho do Dr. Spok, que nos alerta para os horríveis efeitos da exposição das crianças à nudez, mas que nunca fez pesquisa própria - aparentemente as suas conclusões foram baseadas num único caso isolado, que envolveu seu próprio filho.

A Dra. Joyce Brothers, que alerta os pais das "culpas e frustrações terríveis" que as crianças sofrem quando são expostas à nudez normal, também não fez pesquisa própria, mas aparentemente baseou as suas conclusões num trabalho que realizou com crianças emocionalmente perturbadas (Smith e Sparks, 1986)

Descobrimos através de Smith e Sparks que alguns "peritos" publicados por toda parte não são peritos coisa alguma, mas sim indivíduos que tem opiniões pessoais, por acaso, também são bastante lidos por pais que confiam nas opiniões ali expressadas resultam de pesquisa normal.

Bill Peckenpaugh

Tradução: Sérgio Costa


domingo, 7 de agosto de 2011

Davi e Golias. Texto de Fernando Henrique Cardoso.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,davi-e-golias,755196,0.htm

Os governantes do regime militar diziam que vivíamos numa ilha de paz e prosperidade de um mundo conturbado. Os governantes atuais dizem coisas semelhantes. Naquela época não estávamos em nenhuma ilha, mas num descampado e com o traseiro à mostra. O “predestinado” reconstrói as imagens e começamos a sentir estarmos de volta ao descampado e de traseiro à mostra. MCh

Davi e Golias

07 de agosto de 2011 | 0h 00

Fernando Henrique Cardoso - O Estado de S.Paulo

A propósito do atual dilema americano, a secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que pela primeira vez em muito tempo não havia um abismo tão grande entre poder, economia e sociedade. Pode parecer banal, mas não é: nos Estados Unidos, o "ideal americano" dava solidez a um caminho em comum para o país. Havia tensões, tendências mais progressistas chocavam-se com outras mais conservadoras, o grande business sempre quis controlar mais de perto o governo, os governos ora se inclinavam para atender aos reclamos das maiorias, ora assumiam a cara mais circunspecta de quem ouve as ponderações da ordem, da econômica em primeiro lugar. Mas, bem ou mal, liberdade, democracia, prosperidade e ação pública caminhavam mais ou menos em conjunto.

E agora?, poderia perguntar, perplexa, a secretária de Estado. Agora, digo eu, parece que as classes médias e os mais pobres querem gasto público maior e emprego mais abundante, os conservadores querem ortodoxia fiscal sem aumento de impostos, os muito ricos pouco se incomodam com o gasto social reduzido, desde que a propriedade de cada um continue intocável. No meio de tudo isso, a crise provocada pelo cassino financeiro surgiu como um terremoto. Logo depois veio o marasmo da semiestagnação e, pior ainda, se desenha o que há pouco era impensável, a moratória do país mais rico do mundo! Por trás da peleja econômica corre a outra, mais profunda, a do poder: o Tea Party - os ultrarreacionários do Partido Republicano - levou o governo Obama às cordas. A agenda política, mesmo depois de "resolvida" a questão do endividamento, passou a ser ditada por eles: onde e quanto cortar mais no orçamento de um país que clama por muletas para reavivar a economia.

Na Europa as coisas não andam melhores. Cada solavanco da economia americana aumenta o contágio, essa doença internética: as taxas de juros cobrados dos países ultraendividados vão às nuvens. A rua agita-se, não faltam movimentos dos "Indignados" que veem o povo sofrer as agruras do desemprego e da desesperança e ainda ser cobrado para que as contas se ajustem. E, naturalmente, como nos Estados Unidos, os que mais têm e os que mais especularam ou esbanjaram (inclusive governantes imprevidentes) balançam a poeira e querem dar a volta por cima. Esperam que mais aperto, mais rigidez no gasto público e menos salários resolvam o impasse. Não se estão dando conta de que a cada xis meses uma nova tormenta balança os equilíbrios instáveis alcançados. É como se daqui a 30 anos os historiadores olhassem para trás e dissessem: ah, bom, a Grande Crise dos Derivativos começou em 2007/2008, foi mudando de cara, mas prosseguiu até que novas formas de produzir e de distribuir o poder começaram a dar sinais de vida lá por 2015/2020...

E nós aqui, nesta periferia gloriosa, a quantas andamos? Longe do olho do furacão, cantamos glória pelo que fizemos, pelo que de errado os outros fizeram e pelo que não fizemos, mas, pensamos, pouco importa, o vendaval do mundo varreu a riqueza de uma parte do globo para outra e nos beneficiou. Será que é assim mesmo? Será que a proeza de evitar as ondas do tsunami impede que a malignidade do resto do mundo nos alcance? Tenho minhas dúvidas. Falta-nos, como impuseram os reacionários americanos a Obama, uma agenda, mas que seja nova, e não a desgastada do "clube do chá" americano. A nova agenda existe, está exposta cotidianamente pela mídia e não é propriedade de um partido ou de um governo. Mas onde está a argamassa, como o antigo ideal americano, para conter as divergências, o choque de interesses, e guiar-nos para um patamar mais seguro, mais próspero e mais coeso como nação?

Mal comparando, a presidenta Dilma está aprisionada num dilema do gênero daquele que agarrou Obama. Só que, se no caso americano a crise apareceu como econômica para depois se tornar política, em nosso caso ela surgiu como política, mas poderá tornar-se econômica. Explico-me: a presidenta é herdeira de um Sistema, como dizíamos no período do autoritarismo militar. Este funciona solidificando interesses do grande capital, das estatais, dos fundos de pensão, dos sindicatos e de um conjunto desordenado de atores políticos que passaram a se legitimar como se expressassem um presidencialismo de coalizão no qual se troca governabilidade por favores, cargos e tudo o mais que se junta a isso.

Essa tendência não é nova. Ela se foi constituindo à medida que o capitalismo burocrático (ou de Estado, ou como se queira qualificá-lo) amealhou apoios amplos entre sindicalistas, funcionários e empresários sedentos por contratos e passou a conviver com o capitalismo de mercado, mais competitivo. Na onda do crescimento econômico as acomodações foram-se tornando mais fáceis, tanto entre interesses econômicos quanto políticos (incluindo-se neles os "fisiológicos" e a corrupção). No início parecia fenômeno normal das épocas de prosperidade capitalista, que seria passageiro. Pouco a pouco se foi vendo que era mais do que isso: cada parte do Sistema precisa da outra para funcionar e o próprio Sistema necessita da anuência dos cooptáveis pelas bolsas e por empregos de baixo salários e precisa de símbolos e de voz. Esta veio com o "predestinado": o lulismo anestesiou qualquer crítica não só ao Sistema, mas a suas partes constitutivas.

É neste ponto que o bicho pega. A presidenta é menos leniente com certas práticas condenáveis do Sistema. Entretanto, quando começa a fazer uma faxina, quebram-se as peças da engrenagem toda. Sem leniências e cumplicidades entre as várias partes, como obter apoios para a agenda necessária à modernização do País? E sem ela, como fazer frente à concorrência da China, à relativa desindustrialização, ou melhor, "desprodutividade" da economia, e como arbitrar entre interesses legítimos ou não dos que precisam de mais apoio do governo, advenham eles de setores populares ou empresariais? É cedo para prever o curso dessa história, que apenas começa. Mas não há dúvidas de que para se desfazer da herança recebida será preciso não só "vontade política", como, o que é tão difícil quanto, refazer os sistemas de alianças. É luta para Davis e, no caso, Golias é pai de Davi.

SOCIÓLOGO, FOI PRESIDENTE DA REPÚBLICA

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

NATURISMO E O PODER DO TOQUE

Estudos recentes demonstram que o toque é muito mais importante do que se imagina. Ele é fundamental, por exemplo, na comunicação humana, no estreitamento de relações e na saúde. “É a primeira linguagem que aprendemos e nosso mais rico meio de expressão emocional através da vida”, diz o norte-americano Dacher Keltner, professor de psicologia da Universidade da Califórnia, Berkeley, um dos mais renomados pesquisadores da área. (1)


Tudo faz crer que o toque também tenha um lado biológico, do Conforto. Os braços não atingem algumas regiões do corpo satisfatoriamente e a solução para isso é a instituição de um sistema amigável de socorros mútuos. O desenvolvimento de muitas profissões se deu em função dessa necessidade humana. A medicina, a odontologia, a simples ida à esteticista ou ao cabeleireiro são exemplos típicos de um outro da espécie olhar e tocar. (2)

Segundo a Drª Tiffany Fiel, diretora do Instituto de Pesquisas do Toque da Universidade de Miami, não há uma única condição de saúde que temos observado – incluindo o câncer – que não tenha respondido positivamente à massagem.

Enfim, são muitos estudos dedicados sobre o assunto entre eles estão os toques nos bebês prematuros, em equipes de esportes tipo voley e basquete, em povos de diferentes nacionalidades, na área educacional. Todos eles apontam dados favoráveis ao estabelecimento dos toques.

No trabalho desenvolvido por Edson Medeiros “Naturismo e Novas Vivências”, em 1990, já chamava atenção sobre essa questão, merece uma análise mais cuidadosa. Diz ele que um amigo seu fez a observação que nas áreas naturistas as pessoas são mais livres, descontraídas e alegres, mas distantes. Ele conclui que “é a velha sociedade, com suas roupagens invisíveis ainda residindo em nós”. Persiste o tabu do corpo. Ver pode tocar não! (3)

Na verdade, reprimir instintos biológicos e cada vez mais que esses se acumulam tornam perigosos para a sobrevivência da nossa própria espécie. Por esse motivo faço a sugestão para que todas as áreas naturistas trabalhem mais sobre importância do tato instituindo a dança, massagem corporal ou atividades esportivas que estimulem esse contato físico.

Numa das declarações do Buda diz: “Olhe para o seu coração, siga a sua natureza”. Ele não diz para segui-lo, ao contrário, ele diz para fluir a sua natureza. O perigo de não se deixar fluir é que ficamos prisioneiros de um sistema econômico, político e social. Passamos a lidar melhor com os bens materiais do que com as pessoas. Não nos abrimos o suficiente para mostrar o que somos e assim perpetuamos a insegurança e as nossas frustrações porque o objetivo primeiro é o sucesso financeiro. Por isso existe tanta dificuldade de entender e aceitar o Naturismo, os sistemas acima citados lhe negam o direito de serem naturais por uma questão de domínio.

Muitas pessoas ainda me diz que não têm nenhum problema em ir a uma área naturista, não tem dificuldade alguma de aceitar a nudez, desde que não seja a deles mesmos. Mas isso todos os “voyeres” também não têm. O objetivo do Naturismo é fazer as mudanças a partir de si mesmo, uma mudança de perspectiva em relação ao seu próprio corpo e que a sua natureza seja integrada com toda a existência. Por isso, tudo que diz respeito à Natureza, também tem implicações com o Naturismo e o instinto do Tato não pode ser negligenciado.

Evandro Telles
01/08/2011
http://www.evandrotelles.blogspot.com/


(1) Revista Planeta, Edição 466, Julho/2011, Matéria escrita por Eduardo Araia.
(2) Morris; Desmond, O Maçado Nu – um estudo do animal humano, editora Record.
(3) Medeiros; Edson, Naturismo e Novas Vivências, 1990