Quebra de Tabus.
Quebra das hipocrisias.
A liberdade desassociada de regras. A única regra é a segurança de ser maduro e poder ser livre. Liberdade sem libertinagem. O bom-senso do tempo.
A roupa é apenas mais uma opção de se apresentar e não a capa da moralidade judaico-cristã.
Tudo começou com Dionisíacas em dezembro de 2010. Jhonas me apresentou o mundo dos deuses de Zé Celso. E que deuses!!! Nus como os gregos, entrei nele sem vacilar. Descobri que existem locais onde estar nu é a regra e não, portanto, a maldita exceção.
Aí veio a Macumba. Forte! Índios, Oswald, o ato de se comer para ser real! Roupas? Já foram comidas pela antropofagia. Vamos macumbar? Sim, mas era caro. Luciana dos ingressos então numa atitute de muita generosidade, forneceu aos PELADISTAS a meia-entrada em troca na total nudez.
Dia 24 de setembro. Vinte e quatro...Tinha que ser esse número mesmo! Lá estávamos sentados do lado em que os índios mais se agolemeravam no célebre Teatro tombado Oficina. Eu e Jhonas em meia hora, já nus, para o espanto e alegria de muitos, inclusive dos atores. Sim amigos...para nós dois foram 5 horas de nudez, incluindo no restaurante Troca-Troca.
Nus diante de vestidos. mas em determinado momento, diate de poucos vestidos... Nus pois éramos os que estávamos corretamente "existindo". Peladismo como parte integrante da realidade, defendendo de forma simples um hábito que pode sim, e deve, ser desassociado do contato com a natureza.
Nus como parte integrante da mágica visceral e reinante do ar impregnado de elementos fitomórficos de liberdade. Nus somos iguais, somos gente e assim que todos desejam ser.
O desejo de antropofgar e destruir a hipocrisia que fecha os olhos e incentiva as surras dadas em homens que se amam, está cada vez mais presente quando todos, no momento em que são convidados a se despir, não só o fazem, mas se tocam, se conhecem, se aplaudem, se tornam um só. Esse desejo de destruir essa falsidade está no ato simples e puro de despir-se com a segurança de não ter medo de ser o que cada tem o direito de ser.
E praticamente todos se desnudam. Tiram seus demônios impregnados nas roupas que escondem seu corpo, esse sim a real essência da vida. Desnudam-se para terem, pelo menos por meia hora, tempo em que um sentimento de ser o que realmente são: seres livre humanos. Homens não se preocuparam com sua provável ereção. Casais não tiveram ciúmes de seus pares. Todas as formas de cores, tipos e tamanhoss se tocam.
Agora esse momento mágico retorna com temporada popular. O movimento de autofagia não pode parar. Vamos ingerir a nós mesmos, depurando somente o que temos de mais verdadeiro: nosso corpo, seja como ele for feito.
Agradeço a todos os PELADISTAS que nesse dia mágico lá estiverem no Teatro Oficina! Parabéns pelados, parabéns!!!
Agradeço ao Joaquim e ao Jhonas pelao apoio!
Agradeço a Luciana da produção pela promoção dos ingressos!
E vamos nos organizar para a nova temporada popular!!!
Com felicidade,
Cláudio
(Moderador dos Naturistas Gays)