quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Patriotismo, jornalismo, e ética

Walter Cronkite, "a pessoa mais confiável da América", teve um encontro com o Ministro de Defesa dos EUA, durante a guerra de Vietnam, em que o ministro falou da necessidade de patriotismo em todos os setores. Carlos Eduardo Lins da Silva, ombudsman da Folha de S.Paulo, conta a história na edição 18 de Politica Externa, e a reação de Cronkite:

"Não é trabalho do jornalista ser patriota. Alias, como é que se pode determinar o patriotismo? É patriotismo simplesmente aprovar sem discussões todos os atos do governo? Ou podemos definir-lo como ter a coragem de falar e agir com base nos princípios que consideramos os melhores para o país, que quer estejam com a vontade do governo, quer não?"

O jornalismo, e em especial Cronkite, foi um grande força para trazer ao fim a tragédia de Vietnam. Além de implorar patriotismo, o governo tentou impor censura, no caso famoso do Pentagon Papers, que eram classificados de sigilosos porque mostraram em detalhe os erros do governo, naquele conflito.

Caso Jornal Olho Nu

sugeri antes aqui uma ética peladista, que contrastei com a maneira que que se age no reino de naturismo brasileiro.

Uns dos nossos irmãos sul-americanos acham bastante estranho esta tentativa de censurar o único jornal de naturismo brasileiro (o público de "Brasil Naturista" lê com uma mão). E com razão.

Jabuticaba

O "Codigo de Ética" do FBrN não é baseado em nada semelhante da INF ou qualquer outra Federação nacional. Que nem a regra que restringe solteiros na praia, discriminação claramente contra a Constituição brasileira e que resultou da expulsão de naturismo organizado da Bahia durante anos, é uma coisa que somente há no Brasil.

"Tudo que só dá no Brasil, e não é jabuticaba, é bobagem," reza o velho ditado.

A regra de omerta, o silencio de terror imposto em qualquer área dominado por organização criminal, e a discriminação contra solteiros, é enraizado no naturismo brasileiro. A erva daninha de "somente casais" foi exterminado em algumas áreas, como na Praia de Abricó no Rio de Janeiro, onde o próprio Pedro Ribeiro, editor de Olho Nu, tem demonstrado que é possivel se despir sem desrespeitar a Constituição.

Código de "Ética"

A tentativa de intimidação do Jornal Olho Nu pela ilegítima (em todos os sentidos) "Conselho de Ética" da FBrN, deve ser visto pela ótica de ética universal, e não pela coisa pobre e maltrapilha que a FBrN chama de uma Código de Ética. Que não é. A censura não é etica.

Faz o que quiser, menos falar a verdade

A FBrN segue uma regra muito peculiar, de que qualquer desvio de conduto, tão sério que seja, pode ser tolerado, feito pelas pessoas "certas", e que não faz mal que ninguém fala.

O caso Colina do Sol

O caso mais notório data de 2007, quando as corja que domina a Colina do Sol fez acusações falsas contra quatro naturistas. As vítimas das falsas acusações, que amargaram 13 meses presos, incluiram Dr. André Herdy, o próprio Presidente da FBrN, e o americano Fritz Louderback. Os acusadores eram desafetos e devedores de Fritz.

Silvio Levy, maior dono da Colina do Sol, escreveu a favor dos acusados, Pedro Ribeiro abrindo espaço no Jornal Olho Nu.

A corja da Colina, inclusive seu presidente Etacir Manske, e o condenado por sequëstro e dono da camping Tuca, fizerem a denuncia infundada de que eles se sentiram ameaçados pelas cartas de Silvio, acusação do qual ele foi devidamente absolvido.

O que a FBrN fez sobre a falsa denúncia contra Silvio Levy? Levou Etacir Manske para Brasilia para falar com parlamentares, colocando em perigo anos de esforço a prol de uma Estatuto de Naturismo.

Fraude, seqüestro, ou assassinato? A escolha é sua!

Ainda mais, aprovou a realização da III Elan na Colina do Sol. Lá, nossos hermanos da América Latina tem opções de hospedagem. Podem ficar na camping de Tuca, condenado por seqüestro. Há ainda, o Hotel Ocara, penhorado devido ao dinheiro público pego emprestado e não investido. O maior investidor no hotel, Dana Wayne Harbour, foi assassinado na Colina do Sol quando investigou o paradeiro do seu dinheiro, e conforme relato de fonte confiável, evidências do fraude, e pistas aos mandantes do assasinato, foram extraidos da sua casa no dia seguinte por sr. Colin Collins, que é dono da outro opção de hospedagem, cabanas para alugar.

Conselho de Ética ilegítima

Sr. José Tannus foi eleito Presidente da FBrN duas vezes: uma vez por um eleição convocado e conduzido de forma irregular atrás de portas fechadas no Mirante de Paraiso em março de 2009; o outro convocado e conduzido conforme os estatutos e a lei em Praia do Pinho em 15 de novembro de 2009.

Os dois atos foram registrados no Cartório de Balneário Camboriu: de uma maneira ou outro, Tannus é o presidente.

Porém, as eleições divergem na composição do Conselho de Ética. Por exemplo, o conselho da eleição ilegítima inclua sr. Marcelo Pacheco, que agiu com um rapidez que sugere preparo para destituir Dr. André da presidência no mesmo dia da sua prisão fundado somente nas acusações da Colina, e que responde a vários processo por utilizar fotos de crianças nuas, sem permissão dos pais destes, para vender sua revista.

Sendo que um dos conselheiros legítimos me informa que não foi avisado deste processo contra Pedro Ribeiro, presumo que foram os ilegítimos.

Achei que eles não tiveram vocação para lidar com ética. Este processo confirma.

O perigo está na Colina

Este "código de ética" vem da época negra de naturismo brasileira, quando seu longo tradição, que vem da Luz del Fuego e antes, que levou a bandeira nacional para a fundação da INF, que mantive e a chama acesa durante a ditadura militar, foi apropriado por um "fundador". Na realidade, nada fundou além do estilionaturismo, que usa naturismo primeiro para atrair "investidores", e depois para abafar qualquer examinação dos seus métodos empresarias, fora do comum, e fora da lei.

Os que visitam Colina para o III Elan devem evitar qualquer tipo de "compra" ou "investimento". É muito esperar que todos voltassem para seus países com seu dinheiro, mas reza que esta vez pelo menos, vão escapar com suas vidas.

O Marquês de Abricó

Pedro Ribeiro é editor do Jornal Olho Nu, que segue os melhores tradições de jornalismo, não somente em sua longa e consistente divulgação de naturismo, mas em seu comportamento de ética e coragem no caso Colina do Sol.

A Praia de Abricó é a resultado do trabalho de muitos, mas não há nenhuma dúvida de que a estabelecimento e o sucesso contínua da praia devem mais ao Pedro Ribeiro.

Pedro mostrou com Abricó que a velha regra contra solteiros era entulho do autoritarismo da época negra. Com a defesa do Dr. André e os outros falsamente acusados, desafio os "poderes" de naturismo.

A tentativa de censurar Olho Nu é retaliação contra seu rectitude e coragem. É para ser um aviso para outros, do perigo de divergir das idéias antiquadas e autocratas que tentam voltar do seu túmulo na Colina do Sol.