Ao ver o comentário citando a Bíblia de "tacar pérolas ao porcos", um amigo falou-me sobre o provérbio Zen da "Ponte de Joshu" e o texto da Rev. Shundo Aoyama Roshi que segue mais abaixo. O provérbio diz que "pela ponte passam pessoas boas como Budas, como também ladrões, assassinos, gente perversa e louca. A todos permite atravessar, sem pedir nada em troca, sem selecionar. Nela passa burro, passa cavalo" e também porcos.
Este blog é uma "ponte" para trocar informações, para mostrar a outra margem do rio, porém cada um decide o que fazer, se atravessa a ponte e usa as informação e a transforma em conhecimento ou ignora por completo. "Talvez sejam muitos os que não saibam que há uma Outra Margem", assim devemos mostrar que há uma outra margem, uma outra possibilidade. Como é dito no Kalama Sutta "após a sua própria análise, acredite apenas no que você experimentar e reconhecer como correto, no que for bom para você e para todos os outros seres.
Lembro de um debate interessante, numa lista de discussão, em que um amigo disse:
“Trago um conhecimento que me parece muito valioso, mas sujeito à polêmica, pois aparentemente contraria os princípios que regem o debate virtual.
Encontra-se este ensinamento num livro de Suleyman Raphael (pseudônimo de um grupo de estudos sobre os ensinamentos do sábio caucasiano Gurdjieff, em São Paulo).
Às vezes, quando leio pérolas de sabedoria veiculadas nesta lista, me bate a dúvida de que talvez seja realmente inócuo e até mesmo nocivo discutir a frio sobre idéias esotéricas que condensam grande quantidade de sabedoria em palavras simples e enigmáticas. E estes ensinamentos falam sobre isso.
Como dizem... quem tem ouvidos para ouvir, que ouça, mas mesmo assim, podemos discutir. O conteúdo é polêmico, pois contraria (pelo menos aparentemente) inclusive a sua própria difusão. Portanto peço: quem tiver algo a dizer, por gentileza, diga, mesmo que os preceitos recomendem o contrário. Afinal, estamos na Era de Aquário. Enfim, aí vai:
O Homem de Atenção pauta sua vida pelos Quatro Preceitos da Esfinge:
saber
ousar
querer
silenciar
e sabe ousar, sabe querer e sabe silenciar;
ousa saber, ousa querer e ousa silenciar;
quer saber, quer ousar e quer silenciar;
e silencia sobre seu saber, sobre os objetivos de sua audácia e sobre sua vontade.
Cada leitor desse blog tem uma experiência, uma informação, uma vivência a trocar. O ensino da Esfinge é muito sábio, e difícil... Vamos discutir qual é nosso momento? Que Tempo é esse?. Acho que é o Tempo de trocar informação. O tempo se torna cada vez mais dialético, e dentro deste grande balanço, já se delineiam os contornos na qual todos são iluminados e na qual a mentira não cola.
Por que esse temor sobre os fatos, mesmo negativos, que acontecem? Por que chamam isso de “semear a discórdia”? O Naturista não vive num mundo de conto de fadas, não é uma “poliana deslumbrada”. O que aprendemos com o Naturismo e podemos passar aos outros? No que uma vivência naturista pode ser útil? O que se vive nos encontros naturistas é "mera brincadeira inútil" ou existe algo de verdadeiro... uma verdade humana? Não aprendemos na vivencia naturista algo útil e importante? A verdade não é simbolizada nas artes pela nudez? Se não tememos a nudez por que tememos a verdade?
Mas é claro que se não vivenciarmos, eles ficam "incompreensíveis e tornam-se, para olhos leigos, assustadoras, ou ridículas, ou banais" e é exatamente aí que devemos Ousar em ser ridículo e enfrentar.