Chegou aqui que anos atrás, o celebrado Analista do Bagé concedeu entrevista ao Coojornal, antigo jornal da Cooperativa dos Jornalistas do Rio Grande do Sul. Ele tocou no sonho de naturismo:
Coojornal: Se um paciente sonha freqüentemente que está correndo nu, com guirlandas de flores nos cabelos, as faces rosadas e um relatório da Farsul debaixo do braço, qual é a terapia indicada?
Analista do Bagé: O sonho é fácil de interpretar. O índio velho obviamente se identifica com as classes produtoras gaúchas, que não param de levar. Enquanto for só sonho, está especial. No dia em que ele me aparecer assim no consultório, dou-lhe um tranco de virá cadeira.
Outra resposta na mesma entrevista, me lembra do que eu percebi na Praia de Tambaba, num empreendimento no Beco de Araújo que roubou muita da freguesia do Colina do Sol:
Coojornal: Qual a importância do barranco na formação do psiquismo do gaúcho?
Analista do Bagé: É importante barbaridade. Lá na fronteira se diz que nem toda mulher é vaca, mas toda vaca é mulher. Quando me vem paciente com histórias que o stress não deixa ele trepar, ou a mulher é dominadora ou ele acha sexo mais nojento que mocotó de ontem, eu diagnostico na paleta: "Esse não barranqueou." Não há coisa mais linda que uma barranqueada a céu aberto. Desenvolve o membro e o amor à natureza. E se o vivente me diz que na terra dele não tinha barranco, repico em cima: "E, não tinha formigueiro?" Não tem desculpa. Quando eu era guri, ia pro campo de banquinho.