segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Chegando ao fim?
"Saliente-se que o feito tramita há bastante tempo e deve se dirigir ao fim o mais breve possível ..."
Num depoimento na processo que Cristiano Fedrigo move contra RBS, o editor de jornalismo explicou a metodologia jornalista: não verificam nada que a polícia fala, simplesmente colocam no ar - pois há muitas materias para cobrir.
Bem, isso explica muita coisa. Sempre disse que o caso Colina do Sol não teria aguentado uma examinação mínima. Mas ainda assim, me confesso um pouco surpresa, ouvir que não recebeu examinação nenhum.
Também, o editor explicou que a imprensa está lá para a prisão porque foi chamada pela polícia, e entrou na casa do Fritz porque a polícia franqueou a entrada.
O que isso significa?
A fim da paciência é um bom sinal. Esta última pedido de laudo está pendente desde junho de 2010, e foram feitos pedidos semelhantes desde 2008. Para quem é inocente e alvo de um processo, a demora - que parece em Brasil tanto a defesa quanto a promotoria conseguem esticar quase que eternamente - é uma tortura lenta.
Não há evidência no processo que sustenta qualquer das acusaões feitas pela corja da Colina do Sol.
O que acontece, então, com um veredito de inocente?
Felizmente, o crime de denúncia calunioso, está bastante longe de caducar. O caso está, de longe, o pior crime de imprensa na história no Brasil, e haverá clamor público para uma punição exemplar para os resposáveis, para que estes crimes, tão comuns, parassem de acontecer.
Os provas são tão claras das motivações mesquinhas da corja da Colina - vingança, escapar de pequenas dívidas, o medo de ter as fraudes de terras expostas - que, junto com o histórico de se reunir para expulsar sócios sobre infrações imaginárias - que é de esperar que esta gentalha desuda, trocará a Colina do Sol pelo banho de sol.
Tambaba: os futuros que não haverá
Houve muitas promessas do futuro no Congrenat na Praia do Pinho.
Mas antes, olharemos os futuros que não haverá: as palestras na escolas, o advogado naturista, e o partrocînio grande.
Palestras vivencias nas escolas publicas
Quando José Wagner era presidente da Sontata, ele conta que sua prioridade era educação. O Secretário de educação de Conde tinha concordado num ciclo de palestras vivenciais sobre cultura naturista, nas escolas de Conde.
"Desenhei roupa de naturista, professora." |
O que seria isso? "Levaria alguns para a praia, para vivenciar o naturismo. Poderiam estar vestidos, mas ainda assim estariam intrometidos no naturismo. A proposta estava sem limite de idade, e incluia funcionários da escola e professores também."
A proposta é interssantes, inusitada, e com certeza a freqência da praia aumentaria e rejuvenesceria. E é algo que com certeza atrairaria mídia favorável, e não somente humorística.
O advogado naturista de direitos humanos
Foi Wagner que organizou o cíclo de palestras no Congresso da INF em 2008. Lamento que uma troca de horários me fez perder a palestra sobre Direitos Humanos. Foi dado pelo Dr. Alexandre Guedes, presidente regional da Comissão dos Direitos Humanos, que é naturista.
Teria sido muito bom saber que havia um profissional deste perfil na região (ou em qualquer lugar do Brasil!) na hora que Nelci Rones foi preso.
Se eu tivesse assistido a palestra, teria lembrado. Mas também este tipo de conhecimento deve ser de alguma maneira institucionalizado, e não dependente da memória de um ou outro.
Registrado em ata
José Wagner informou também que tinha uma audiência pública em 05/10/1009, com todos os vereadores de Conde, sobre reservando aquela área atrás da praia - aquela que tem o empreendimento enorme planejado - para algum fim relacionado a naturismo. Foi acertado que nada seria homologado na área. Isso consta em ata da Câmera de Vereadores. Dr. Alexandre Guedes estava presente na reunião. A Ata poderia ser importante para a defesa da praia, e é algo que deveria estar não somente nas mãos, mas no site, de Sonata. Mas no site não está. Que Wagner aconselhou ir atrás, sugere que não esta em mãos.
Porém, pela fala de João Olavo no Congrenat, ele já escolheu a "assistência jurídica permanente" para a FBrN, as duas que servem a Colina, sobre quais foi pedido que seja investigada sua participação no concilium fraudis:
Postula a parte demandante, que se tome as providências cabíveis e, tendo em vista a ocorrência de concilium fraudis perpetrado pela reclamada e CNCS, para garantir a continuidade do clube, ambos se protegendo da execução trabalhista, acrescentando que os procuradores do CNCS são os mesmos em ambos os Juízos (trabalhista e Falimentar), não poderão justificar o desconhecimento da matéria alegada. Requer, ainda, se digne encaminhar a noticia-crime ao DD. Representante do Ministério Público Federal, sobre o concilium fraudis demonstrado entre as partes (reclamada, CNCS e procuradores).Sendo que já tem advogadas que compartilham sua visão do mundo e seus métodos, João Olavo difíclmente vão descer do salto alto para falar com um advogado local que conhece melhor a situação.
O patrocínio grande
Sr. João Olavo falou no Congrenat que pretende buscar patrocínio grande, por exemplo de uma companhia de aviação. "O logo apareceria em evento naturista", ele envisionou.
Mas patrocíno de companhia de aviação, geralmente vem na forma de passagens aéreas. Celso Rossi viajava para o exterior em eventos naturistas quando VASP, ou o Ministério de Turismo, ou outra estava disposta a pagar a conta, e não ele. Só que, a mamata foi cortada de uma forma geral. Ainda que não fosse, o logotipo de TAM poderia aparecer num evento naturista - mas a bunda na poltrona do avião seria de João Olavo, e não de algum naturista comun. Beneficiaria os "donos" da FBrN, não beneficiaria o naturismo.
Dr. André Herdy tinha conseguido o patrocínio de Petrobrás para o Congresso Internacional, e era para ser o começo de uma parceria. Mas ele foi preso devido aos esquemas mesquinhos da corja da Colina do Sol, e não haveria mais possibilidade de dinheiro de Petrobras.
Tschau, patrocinio! |
Além disso, pense como um marqueteiro. "Puxa, naturista não para de ser preso acusado de pedofilia! Eu vou expor minha marca neste ramo?" O marqueteiro nem quer saber que o presidente da FBrN era inocente, e que o ex-presidente da Sonata era inocente. (E nem vai saber que que Kelly que era Secretária da FBrN realmente se mandou para a Praia do Pinho com Douglas quando ele tinha 16 anos.)
Porque eu, marqueteiro, deveria me importar com a inocência dos acusados, quando você, FBrN, não está nem ai com isso? Aconteceu duas vezes, vai acontecer mais vezes, e quem sabe um dia vai ser verdadeiro? Podem me garantir que não existe mesmo ninguém que tira foto de criança sem permissão dos pais, vende pelo Internet, e disfarça dizendo, "É naturismo!"?
Três futuros perdidos
Vimos aqui três futuros perdidos. Wagner se afastou da Sonata, ele me disse, em parte porque suas despesas saíram do próprio bolso, que não era tão fundo assim, e em parte porque não se sentiu a vontade dirigindo um entidade, que o discriminava por ser desquitado.
A mania, que vem de Celso Rossi, do naturismo brasileiro de fundar um grupo e ter como primeiro item da agenda, "Quem vamos excluir?", tinha como vítima o programa de aulas vivenciais. Agora que o Rones foi preso - ainda que ele está solto, ainda que ele será absolvido - não haveria mais espaço para um programa com menores. E haverá menos futuros naturistas.
A existência de um advogado naturista que já se imersou no assunto da preservação de Tambaba; que já contribuiu com uma palestra no Congresso Mundial, que é da região, será descartada. Afina, há esta duas que já defenderem o indefensível em prol da corja da Colina, e se dinheiro da Federação que pode ser direcionado para elas, porque dar este dinheiro para um advogado com mais chance de preservar a praia de Tambaba? Amigos são amigos, negocios vem em segundo lugar. E Tamaba é concorrente da Colina.
E o sonho de patrocínio. Dr. André Herdy já tinha este ideia, e trabalhou nela, e estava para começar com a abre-alas do Congresso Mundial, uma pareceria com condições de levar a FBrN e o naturismo brasileiro para um futuro melhor. Mas Tuca tinha uma desavença com Dr. André, e Tuca é parte da turma, então Dr. André foi para a cadeia e o patrocînio de Petrobrás e o chance de qualquer outro patrocínio, foram para o lato de lixo.
Já avisamos sr. João Olavo que o chapéu não faz o homem. Avisamos ainda, que tentando calçar as botas de Dr. André Herdy, ele vai descobrir que são vários tamanhos grandes demais para ele.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Uma colher de chá, uma pá de cal
Normalmente aqui, relatamos fatos, obtidos em entrevistas ou pelo estudo de documentos. É chamado jornalismo, e o repórter que se acha notícia não entende o seu ofício.
Ainda assim, houve tantas referências ao blog (nunca por nome) durante as sessões oficiais, e tantos boatos e questionamentos sobre o que eu faria, ou com quem eu falei, que talvez seria melhor esclarecer estes assuntos já.
Era esperado por uns (e temido por outros) que eu falasse na assembléia. Houve quem estava a favor, e quem - sr Tannus sendo um - que estava contra.
Mas eu costumo me expressar pelo blog, onde posso comprovar com documentos. Também, assistir a eleição de srs. João Olavo Paz Roses, Etacir Manske e Marcelo Pacheco tinha o mesmo fascínio de assistir um desastre ferroviária. Se a FBrN está disposta a cometer suicídio institucional, o que eu tenho contra isso? Nunca me ajudou, e fez o que puder para me atrapalhar. Não fiz questão de falar. Se tivesse imprensa lá, teria falado.
A elevação destes três aos altos cargos da FBrN não os enaltece. Em vez disso, sela o destino da FBrN. Quando Sr. João Olavo começou sua ascendência no CNCS, tinha 60 residentes permanentes, ano passado a administração dele (Etacir é fantoche) tinha reduzido este total para menos de 10. Vai repetir o feito no FBrN.
Dos outros boatos:
"Que eu me reuni para uma conversa com Etacir Manske e Marcelo Pacheco sábado a noite". Isso é falso. Eles estavam no bar Capop ao mesmo tempo que eu, mas é o único bar do local. Não falei com eles; não tinha nem tenho interesse em falar com eles.
Eu tenho, realmente, duas perguntas para Marcelo Pacheco:
- Você tem ou tinha participação financeira na Colina dos Ventos?
- No que endereço um oficial de Justiça pode lhe citar?
"Que eu tenho uma desavença pessoal com Marcelo Pacheco". Isso parece é corrente faz uns tempo, sem eu saber. Eu tenho pouco interesse em Marcelo Pacheco e sua revista de gente pelada. A revista não é uma fonte de informação. O novo formato menor mira o público alvo: assim fica mais fácil de ler com uma mão, e de esconder debaixo da colchão. Jornalismo não é.
"Que tenho coragem de peitar este pessoal".
Como? Minha área é crimes de imprensa; pela natureza a tendência é lidar com gente de peso, ou da pesada. Senador Magno Malta me conhece pela cara e pelo prenome - e não me gosta. A última vez que me levantei para falar numa reunião pública, peitei o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo em frente de duas equipes de televisão, e o deixei amarelado. Como vou ter medo desta gentalha desnuda?
Vamos passar para os outros assuntos que tocam diretamente o blog. Temos outras items de maior interesse - o que mais José Wagner falou de educação e Tambaba, e o plano - hiláriamente mal-concebido - de Tannus e João Olavo de lidar com a ameaça à praia.
Um destaque do apresentação de contas de Sr. José Tannus, foi enfatizar que certos elementos no Internet "interpretaram muito mal" o reconhecimento pela sua administração de uma dívida de acima de R$100 mil com Elias Perreirai. Não é nada disso, ele afirmou: ele pediu o que gastou para poder fazer um planejamento financeira, que "passou uma linha por baixo", ficando o balanço o saldo em caixa, de R$21,60.
O esclarecimento é útil, mas fica nossa afirmação de que um reconhecimento de uma dívida não pago, pode ser aproveitado calculando impostos.
Sr. João Olavo Roses fez duas referência interessantes, no final da sua oração eleitoral, em que ele afirmou que "no Brasil há promotores e juízes", para quem fala mal dos outros. Era uma atentado contra a liberdade de imprensa, como nem o episódio da censura de Jornal Olho Nu. Ouvimos que quando sua candidatura para o conselho de Colina do Sol foi impugnado, ele também ameaçou chamara a Justiça. Reflexo? Hábito? Birra?
Também, sobre a prisão de Nelci Rones, sr. João Olavo informou que tinha poucos fontes de informações, como "um blog pouco confiável".
Fascinantes, este colocação. Fui aconselhado a comprar meu passagem de ônibus com antecedência, pois a Praia do Pinho avisou que haveria 2.000 pessoas no evento. O pessoal da recepção, porém, me avisou que o movimento era abaixo do normal. Mas aposto que www.pelados.com.br vai continuar falando em 2.000.
Sobre os passaporte INF, que sr. Pacheco disse no Congrenat é "para angariar fundos", sua revista fala que "O Passaporte INF pode ser considerado a "carteira de indentidade" do naturista ..." (há mais abobrinhas para quem quer pagar).
Numa certa hora alguém da mesa - Etacir Manske, que não me engano - falou que o evento Elan era "para ajudar nossos irmãos latino-americanos". O evento trouxe dois chilenos e um uruguaio, ou vice-versa. Ninguém piscou com a afirmação.
E aqui somos "pouco confiáveis?"
Passaport INF é para angariar fundos
Os solteiros e os selos da INF
A conversa dos selos da INF - para que servem? - pelo atitude dos participantes, já foi encenada vários vezes. O assunto no Brasil é sempre ligado à questão de solteiros.
José Wagner me falou, depois do reunião, que um dos motivos que ele se desligou do grupo Sonata é exatamente este questão, a "... falta de respeito aos solteiros, desquitados, viúvos, ou qualquer outro tipo. "Sou desquitado. Como posso dirigir um entidade que me discrimina?"
Franco, o viúvo de Miriam, observou que aqui no Brasil o solteiro é muito discriminado no naturismo, e perguntou, "Minha esposa morreu - eu não sou mais naturista?"
A debate foi um pouco difícil seguir no começo, até lembrar que a FBrN não representa a ponta de vista do naturista, mas das associações e empresas do qual é uma federação. Veja por exemplo a questão sobre se o selo deve ser obrigatório ou não. Fiquei um pouco perdido, tentando entender se era obrigatório um naturistas apresentar passaporte com o selo do ano para entrar numa área naturista, ou se era obrigatório uma área federada admitir um naturista com passaporte e selo em dia.
Não era nem um nem outra. Era questão financeira. As associações devem obrigar suas associados a comprar selos? Foi montando um grupo de trabalho, com representantes de todos as pontas de vistas - de entidades. Nenhuma, com o ponto de vista do naturista comum, que talvez pretende viajar pelo país, e quer que chegando numa área naturista que não seja seu habitual, que seja aceito como naturista.
O selo era vista como uma maneira de tirar dinheiro da manada, e só. Seria um imposto. E o que o naturista leva em troca? Pelo jeito, nada.
A Renata Freira da NIP teve uma outra perspectiva; "é preciso saber quantos que somos". Os números, ela creia, daria mais força política.
Nisso, duvido. Se juntava todos os naturistas do país que estariam dispostos a comprara um passaporte - ou até receber grátis - não encheria um culto de um grande templo evangélico. O abaixo-assinado online que atraiu miseráveis mil assinaturas em apoio de Tambaba mostra não a força, mas a fraqueza.
Áreas privadas
A obrigatoriedade de áreas privadas aceitar o passaporte naturista foi negado por vários. Foi Tannus, se não me engano, que diz que "Não é nenhum despropósito exigir que alguém liga antes. É como alguém chega na minha casa, com carteira dizendo que é deputado ou juiz. Eu não precisa o admitir por isso."
É uma mostra da natureza bastante artesanal do naturismo brasileiro. Um grupo de uma dúzia que se reúne nas casas dos membros, é uma situação. Um área como Praia do Pinho ou Colina do Sol, que tem uma certa tamanho (ainda que no caso da Colina muito do lugar pertence ao alheio, o o restante é penhorado) deveria seguir a regra de qualquer outra acomodação pública. A idéia de que porque é propriedade particular, pode discriminar, é errado.
Praia pública, é pública
Marcelo Pacheco, do portal www.pelados.com.br, apontou que é ilegal barrar a entrada de qualquer um numa praia pública. Não se pode exigir que portasse passaporte naturista, nem que tirasse a roupa. A barreira na praia do Pinho, ele disse, é ilegal; a lei municipal que proíbe solteiros em Tambaba, é inconstitucional.
Atestado?
A questão do passaporte como "atestado de bons antecedentes" teve pessoas nos dois lados. Sr. Arnaldo Soares do Mirante do Paraiso, aparente entende que é: então não emite, para não ser responsabilizado pelo comportamento posterior. Sr. Tannus disse que quer dizer que não é atestado, não quer dizer que não é critéria.
Sr. Franco deu o ponto de visto europeu. "Passaporte é garantia de naturista, conforme a INF. No mundo, é."
"É para ganhar dinheiro"
Sr. Marcelo Pacheco, que disse que vende 300 selos por ano, disse que , "O passaporte não é atestado de antecendentes. É para angariar fundos. Todos tem o direito de ter."
Deu depois a analogia que, "Todos podem tira um passaporte, mas isso não quer dizer que podem exigir entrar nos Estados Unidos. É preciso um visto."
"Brasil Naturista vendeu 300 passaports. Eu represento aqui 300 pessoas que contribuíram".
Há pouco que se pode admirar no Marcelo Pacheco, mas pelo menos ele foi direto e sem complicações. Para ele, o passaporte naturista é simplesmente algo que se vende por dinheiro, e pronto.
As alternativas do INF
Aqui, se veja como que o FBrN se distanciou da realidade. Ela encara o passaporte INF como algo que ela tem, sobre qual ela pode dispor como quiser.
Não é. É um documento mundial, que tem um valor, que se deriva do fato que é há critérios para sua emissão no mundo inteiro. Com o passaporte INF, o naturista pode viajar, sabendo que será reconhecido como naturista pelos seus irmãos de outros países.
A FBrN, elevando Marcelo Pacheco à vice-presidência, desvalorizou o passaporte.
Como que a INF pode proteger a integridade do passaporte INF? Eu vejo três alternativas:
José Tannus disse que fabricou adesivos para o verso do Passaporte INF, identificando eles como sendo emitidos no Brasil. Isso já oferece uma solução para a INF, que pode notificar as associações naturistas européus, que o passaporte emitido no Brasil deixou de ser um atestado de qualquer coisa, e que daqui em diante podem tratar os portadores do passporte brasileiro, como muitos lojas no Japão tratava os dekassegui: como prováveis ladrões.
A outra alternativa, é para o INF encontrar alguma outra organização para cuidar dos passaportes INF no Brasil. Alguma que reúne não somente os naturistas, mas as requisitos mínimos, não somente da confiança financeira, mas da visão de naturismo como um recreação para todos, e não um fonte de renda para um pequeno grupo.
A FBrN se sento o "dono" da INF no Brasil, como ela se sente o "dono" de naturismo e dos naturistas. Não é nem um nem outro - e não são somente os naturistas que já perderem paciência e esperança e procuram um rumo melhor para o futuro.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Candidatos Desqualificados
Mas talvez não curioso assim. Nem João Olavo nem Celso Rossi reunem as minimas condições para ser eleito ao conselho do condomínio. Já detalhamos as múltiplos crimes de Celso Rossi no outro blog. Os motivos exatos que levaram seus vizinhos a repudiar João Olavo, espero que nós vamos ouvir antes da eleição da FBrN na Praia do Pinho.
Um motivo, pelos boatos que ouvi, é que ele perderá a concessão do restaurante. O motivo, não foi me contado. Talves ele explicaria no Pinho.
Mais suppreendente, é que Etacir Manske consta como candidato - e para o Conselho Fiscal. Talvez neste papel, ele pode investigar o que ele fez com o dinheiro do corte das árvores no pedaço da Colina que se estica para o norte. Para a caixa comun, nunca entrou.
Também, ele poderia explicar a Concessão de Construção. A Concessão é entre os bens de Colina que Celso Rossi vendeu para Silvio Levy, supostamente dando para Silvio o direito de receber 10% sobre qualquer quantia cobrado por construir na Colina.
Durante três anos, Etacir não pagou, nem deu satisfações. Seu uso de concessão foi revogado - mas ele continua a construir (ou pelo menos fazer manuntenção, as cabanas construido conforme o padrão da Colina são uma porcaria) e continua, não pagando.
E quando Fritz Louderback e André Herdy e suas esposas foram presos devido as denuncias falsas de Etacir e outros, Etacir deixou de pagar sua dívida com Fritz na mesma semana.
Isso é candidato para Conselho Fiscal? Isso é candidato por Conselho Maior da Federação?
(http://pieces-of-eight.tripod.com/Pirates%20page.htm)
As roupas fazem o homem?
Respondi umas perguntas de jornalistas, também. Um diálogo padrão era:
Repórter: Você é naturista ...As roupas não fazem o homem. Tirar as calças não faz um naturista; vestir um terno não faz um executivo.
Eu: Não, não sou naturista.
Repórter Mas ...
Eu: Você foi enganada por meu disfarce barato.
Fritz Louderback vendeu sua casa na Colina do Sol, e levou sua família para os Estados Unidos. Foi Fritz que adequou a infraestrutura da Colina, colocando outra rede elétrica e outra caixa de água.
João Olavo furou um novo poço para a Colina.
Afinal, Fritz fazia isso, porque João Olavo não pode?
Recebi notícias ontem, de que o novo poço, em frente à casa da Glacy, chegou a 80 metros - sem encontrar água. Se for verdade, é muita coisa - afinal, aquele morro é nem 200 metros acima do mar, e Maurício longe em frente na Chacara da Pedra, para onde migraram todos os fregueses do camping do Tuca, encontrou água a 60 metros.
Fritz Louderback é um engenheiro - não aquele tipo específico, mais ainda assim, um engenheiro. E João Olavo, pelo jeito, não é. Ter o 'poder' não é o mesmo que ter o 'pode fazer'.
Ouvi também que estão fazendo reuniões na antiga casa do Fritz, que nem ele fazia.
Mas a roupa não faz o homem, o castelo não faz o rei.
Recebi ontem, pela lista Peladistas Unidos, postagem do "blog da Glacy", com fotos do "casal João Olavo e Rayssa". Glacy não fala da Astrid, a mulher anterior de João Olavo. Nem fala do poço, mas também o blog esta hospedado pelo Brasil Naturista, que somente noticiaria se desse água - e neste caso, provavelmente diria que deu vinho.
Mas vendo o foto acima, pensei, "Coitado!"
Sr. João Olavo, as roupas não fazem o homem.
Nem o chapéu.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Eleições locais e nacionais
Sr. Joaquim Salles, escreveu para a Comissão Eleitoral da FBrN, pedindo a impugnação de candidatura dos Sr. Etacir Manske, Sr. João Olavo Paz Roses e Sr. Marcelo Pacheco, que estão concorrendo tanto nas eleições de Colina do Sol, quando da FBrN. Sr. Joaquim não recebeu nenhuma resposta oficial - evidentemente, a comunidade naturista brasileira é tão grande, e ele é tão pouco conhecido dentro dela, que não mereceu uma resposta.
Porém, veio uma resposta, dos anfitriões:
Joaquim está com serviço urgente, mas meu trabalho, mais portátil, permite que viajo. Se a sessão formal não quer me ouvir - resta o informal. E resta a imprensa.Quero nesta oportunidade solicitar a presença do acusador a presença no XII Congrenat, pois zelo pela verdade, e não aceito nenhum tipo de falcatruas de quem quer que seja, peço que venha ao ato e traga as provas correspondentes as acusações que seria implacavel na minha decisão..SaudaçõesValdir Nei Hardtke de MeloONG NATURISTA E ECOLÓGICA PRAIA DO PINHO
Sonata
A eleição de Sonata parece meio sem sentido. A prefeitura de Conde tirou a administração da praia da Sonata, e parece que até mudou o concessionário do bar e pousada. Mas assembléia teve no Dom Quinzote, e eleição haverá.
A situação em Tambaba é crítica. O Ministério Público está atrás de um TAC proibindo crianças na praia; a prefeitura reduziu o tamanho da praia em mais de dois terços; um grande construtora está querendo instalar um condomínio exatamente atrás da praia des-naturalizada, que tenderia para a privatização efetiva da praia.
Quem vai defender a praia de Tambaba? Bem, Nelci Rones Perreira de Sousa sempre defendeu a praia, mas quando ele mesmo precisava de defesa, descobriu que os naturistas são menos bronzeados, do que amarelos.
Para ser o rei da praia, sempre há candidatos. Para ser o rei João Sem-Terra, terá menos pretendentes. E sabendo quanto estrago faz uma acusação leviana, e quanto pouco apoio receberiam dos seus pares, é difícil imaginar que vai querer se opor ao empreendimento planejado para engolir Tambaba.
Colina do Sol
Se a eleição de Sonata é sem sentido, a da Colina do Sol está na surdina. Sem que houve nenhuma notícia na imprensa naturista, ou nenhuma email para os sócios, já encerrou-se o prazo para candidaturas.
Publiquei a lista de candidatos, no blog www.calunia.com.br. E publico aqui uma notícia que acabei de receber:
Na Colina do Sol, conhecem João Olavo. Conhecem, e não querem mais. Conhecem algo que o fez retirar sua candidatura de madrugada.EXTRA EXTRA EXTRA!João Olavo retirou em definitiva sua candidatura ao conselho às 12:25 de madrugada depois da reunião extraordinária em que ficou sabendo que ...
Noticia Extraordinária!
Minhas informação são inexatas, algo sobre um documento roubado, e um queixa criminal.
Porém, os eleitores da FBrN devem verificar o motivo que apareceu nas altas horas da noite para que João Olava retirasse sua candidatura. Algo que o desqualificou para "Conselho Disciplinar" de um pequeno condomínio, não o desqualificaria para a presidência da Federação Nacional, também?
O morte de Wayne Harbour
Menos de três semanas antes da prisão de Dr. André Herdy, o americano Dana Wayne Harbour, de 79 anos, morreu sufocado em sua casa na Colina do Sol, durante um "assalto".
Wayne era sócio de Celso Rossi no Hotel Ocara. Ele colocou R$250 mil; Celso e sua esposa Paula Andreazza entraram com um terreno que diziam era onde ficava o hotel, mas na verdade era outro, quase sem valor. Com seus R$250 mil, Wayne ganhou 20% do hotel; com seu terreno de uns R$5 mil, Celso e Paula ficaram com 80%.
Percebendo que foi enganado, Wayne juntou provas. No dia seguinte da sua morte, um vizinho viu que Colin Collins tirou os papeis de Wayne da sua cabana.
Foi mesmo um assalto? Bem, depois de beber uma dúzia de cervejas na cabana de Wayne - aguardando seu morte, talvez? - assaltaram a cabana de outro casal. Como nem Wayne, foram amarrados com fita, a mulher ameaçada de estupro, e os 13º salário dos seus funcionários, roubado.
E assaltaram a casa de João Olavo. Um homem de sorte, João Olavo. Tinha acabado a fita, então ele e sua família não foram amarrados. Levaram somente o carro dele, que foi encontrado o dia seguinte, sem nenhuma arranhão.
Um homem de grande sorte, João Olavo. E dizem que pessoas fazem a própria sorte!
Bombardeio
O boletim que recebi com os nomes dos candidatos, lista três nomes como "em análise e Validação", que quer dizer que foram impugnados. Dois são da corja, João Olavo Paz Rosés, e a eterna capitão da corja, Celso Rossi.
Mas o que ouvi, é que estes não foram as únicas impugnações. Recebi um recado, um pedido de que os natuistas do Brasil sejam informados
Estão perdendo. Os sócios da Colina finalmente pegar a coragem nas mãos, e resolverem que não vão aguentar mais. Os tentativas da corja de barrar quem que for, foram negadas. Barradas foram a corja.
Um fim comum?
Vou repetir algo que passei pelo email ontem. A propaganda eleitoral da chapa única, oferecendo João Olavo, Etacir Manske e Marcelo Pacheco para a Federaçaõ, oferece um "plano de ação" Escrevi ontem:
Depois, há o "Conceito da Federação: Associação de entidades para um fim comum."Duvido que seria isso, se foram mesmo eleitos João Olava, Marcelo Pacheco, e Etacir Manske.
Um "fim comum"? Isso sugere uma cova rasa.
Creio que a eleição deste trio levaria a Federação, e as entidades associadas, para um fim no estilo do Hindenberg ou Titanic. Não comum, mas espetacular!
Lí que Congrenat terá festas, mas ninguém divulgou se seriam temáticas. Se não for tarde demais, aqui minha sugestão para a tema da festa, "O Baile da Ilha Fiscal". E para a bebida, Kool-Aid.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Luz x TAC
O TAC extrapola o lei, impondo restrições que o legislatura nunca estabeleceu. Porque, então assinar um despropósito destas?
Enquanto o cidadão pode estar amparado pela lei, ele tem que enfiar a mão na própria bolsa para defender seu direto. A promotoria é financiada pelo Estado. O cidadão tem que deixar seus negócios de lado para luta para seus direitos; o promotor deixe de lado crimes reais, e chatos, para ir atrás daquele que ele escolher como de maior interesse. E é pago por isso.
É uma luta desigual. Ainda, o TAC permite trocar o problema aguda de hoje, para restrições no futuro. No caso do TAC da Colina do Sol, o boato (a promotoria se recusou de mostrar os documentos) é que o TAC livrou a barra de uma das "pessoas importantes" sustentadas pela Colina, e o peso do TAC fica mais nos sócios comuns, cujo lugar na esquema é de pagar as contas das pessoas que importam - e se manter calados. .
O que Luz del Fuego faria?
Domingo, a Folha de São Paulo disponibilizou seu acervo de 90 anos de jornais. Procurei o nome de Luz del Fuego - e encontrei como ela lidou com um TAC, em 10/10/1964, reproduzido acima, e embaixo:
SEGURANÇA PARA DANÇAR NUA -- Luz Del Fuego, bailarina do teatro burlesco, impetrou mandado de segurança contra o titular da Delegacia Auxiliar da 2ª Divisão Policial da Secretaria de Segurança, que suspendeu seu espetáculo, apresentado no Teatro Lider, obrigando-a a assinar termo de responsabilidade garantindo que não mais dançará nua no palco. Caso não obtenha tal mandado Luz del Fuego voltará ao Rio.
Forçada a assinar, procurou a Justiça para anular, e anunciou a alternativa: voltaria para Rio de Janeiro. O espetáculo sem a nudez, não seria o espetáculo; a praia de Tambaba, sem crianças, não seria mais uma praia naturista familiar. E assim seria mais fácil fechar.
Coreografia
Luz del Fuego respondia por Luz de Fuego, e poderia muito bem pegar suas cobras e seu espetáculo e voltar para Rio. A resposta de naturistas ao assalto à praia de Tambaba foi dificultado pelo fato que uma praia não é portátil, e que por coincidência como a de Luz com suas cobras - deixando suspeitar de tudo mais nunca mostrando o principal - não tinha quem respondia.
Em 7 de setembro de 2010, a Sonata se retirou da FBrN e do INF. Um ou outro membro da ONG - acho que o próprio Nelci Rones foi um - falou que somente a Sonata entendia e enfrentava os problemas da praia, e que dai em diante, livre de interferências e exigência externas, gerenciaria a praia para o bem ... dos membros de Sonata.
Em Novembro, sem que isso chegasse às listas naturistas, a cidade de Conde tirou da Sonata a gerenciamento da praia, e promulgou decreto reduzindo o tamanho da praia, tirando o parte maior, a extensão de areia das pedras até o foz do rio. Onde a sacanagem corria solto, não é mais praia naturista. Será empurrados para onde são as familias ...ah, não há mais famílias.
Quando Rones foi preso, a reação da FBrN era exatamente o previsível: dizia que sendo que Sonata tinha deixado a FBrN, a federação nacional lavou as mãos de Rones. Quando a ataque direto à praia foi feito - a FBrN já tinha posição público que Tambaba não era sua praia. Se calou, e descobriu que não tinha mais como falar.
Sonata estava descredenciada; a FBrN tirou a própria credibilidade, e a outra organização local, o Movimento Nu, não tem falado nada. Talvez está aguardando o momento.
Ou, talvez, aprendeu a lição de Rones. Ele foi preso, e continua preso, sem evidência e sem vítimas. No caso Colina do Sol, nada menos que cinco pessoas que apoiaram os acusados, foram eles mesmos denunciados. A beleza de uma teoria conspriatório - o que faz ele tão atraente para louco ou para promotor - é que qualquer um que discorda, pode ser acrescentado à conspiração. A "rede" não fica abalada - fica maior.
A acusação de pedofilia não exige provas, e não admite defesa.
Rones é um defensor ferrenho da praia, e foi preso - e o recado é, que isso pode acontecer com qualquer um.
Dividir e conquistar
A praia de Tambaba é preservada pela Area de Proteção Ambiental, e pela sua condição de praia naturista mais famosa do nordeste. Para construir o empreendimento de 2.000 apartamentos, é preciso tirar a condição de APA ou violar a preservação. Para enfraquecer a APA, um primeiro passo seria tirar a praia naturista. Para tirar as naturistas, banindo as familias e deixando os "swingers" toma a praia para sexo ao ar livre (a areia não é uma problema?) é um bom preliminar. A prisão de um defensor ferrenho da praia manda um recado: qualquer indivíduo é vulnerável. A desunião das organizações naturistas - que até poderia ter sido provocado, pois é fácil provocar - veta a possibilidade de uma resposta de uma organização, deixando somente indivíduos. E a prisão de Rones mostrou o que acontece com indivíduos.
Dança com cobras
Vencer os naturistas em Tambaba não foi nenhuma operação militar.O presidente da FBrN não é um general que comanda um exército em defesa de naturismo e naturistas. O papel desempenhado por José Tannus é mais para rainha de bateria.
A FBrN não defende, ela encobre, e o que encobre é as pequenas negociatas de certos naturistas. Foi criado para fazer isso, e para expulsar desafetos sob o manto da "código de ética". Assim, afastou os bons, que poderiam ter agido numa hora destas.
É pilantra. E pior, mesquinha.
Não tem as mínimas condições de enfrentar um empreendimento imobiliária que pretende lotear um dos últimos redutos da beleza natural do litoral paraibano.
A luta do naturismo contra o "desenvolvimento" do APA de Tamaba, não é Davi contra Golias. É a picareta - contra o escavadeira.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Nelci Rones ganha hábeas corpus
22 de february de 2011
Câmara Criminal do TJ concede hábeas corpus a naturalista acusado de suposta prática de pedofilia
Gerência de Comunicação
Por unanimidade, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba concedeu a ordem no pedido de habeas corpus, que tem como paciente o ex-presidente da Sociedade Naturista de Tambaba, Nelci Rones Pereira de Sousa. Ele é acusado, em tese, pela prática de pedofilia. A decisão veio na sessão desta terça-feira (22), com o voto do autor do pedido de vista, desembargador Joás de Brito Pereira Filho, e do também desembargador Arnóbio Alves Teodósio. A Presidência da Câmara já determinou a imediata expedição de alvará de soltura em favor de Nelci Rones.
“Não tem sentido este cidadão está preso desde o dia 10 de dezembro do ano passado por suposto caso de pedofilia. Não vejo motivo nos autos para que o paciente responda o processo preso, já que não foi formulada a denúncia. Ele não atrapalhou o andamento das investigações e nem tentou fugir. Na minha opinião, o paciente está sofrendo constrangimento ilegal”, comentou o autor do pedido de vista.
Com esse posicionamento, os magistrados da Câmara Criminal acompanharam o voto do relator do habeas corpus, desembargador Leôncio Teixeira Câmara, que no dia15 deste mês já havia concedido a ordem, pelo excesso de lapso de tempo para o início da formação do sumário de culpa, sem justificativa plausível, além da demora para o oferecimento de denúncia. “Em harmonia parcial com o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça “denego a ordem quanto aos fundamentos elencados pelo impetrante e, de ofício, nos termos do artigo 654, § 2º, do Código de Processo Penal (CPP), concedo a ordem”
“Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal”, diz o § 2º do artigo 654 do CPP. Dentre os fundamentos levantados pela defesa do acusado estão decreto de prisão desfundamentado, indícios insuficientes, residência fixa e profissão definida e inocorrência do crime de pedofilia.
Por Fernando Patriota http://www.tjpb.jus.br/portal/page/portal/tj/midia/midia_conteiner?p_cod=6161
Naturismo e Pornografia
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
A pornografia como justificativa
Sobre pornografia Fabiano Di Girolano já falou (http://www.revistapsicologia.com.br/materias/pontoDeVista/erotismo_porno.htm). Das inconstitucionalidades do ECA não existe mais nada a acrescentar ao texto de Victor Hugo Pereira Gonçalves (http://www.juristas.com.br/informacao/revista-juristas/da-inconstitucionalidade-da-lei-da-pedofilia-infantil-na-internet/24/).
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Fotos, crianças, e a próxima naturista
"Precisamos proteger as crianças" são as palavras de ordem em qualquer linchamento. Os homossexuais "precisam recrutar nossos filhos"; comunista come criancinha; judeus usam o sangue de nenês cristãos. Hoje, as características supérfluas são dispensadas: o vilão é "o pedófilo".
A notícia de hoje de que o Ministério Publico de Paraíba esta preparando um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para formalizar a proibição de menores na praia de Tambaba, mostra quanto é irresistível esta ladainha. As fotos de Rones não são pornográficas; não foram comercializadas; e não foram feitas na praia de Tambaba: mas para "proteger as crianças", vão proibir que freqüentassem a praia. Não há evidência que crianças sofreram abuso, muito menos que o que não aconteceu tinha a ver com a praia.
Porque tanto afinco para resolver uma problema que, ao que tudo indica, nem existe?
A "demanda" excede a quantidade real
A dificuldade que o naturista (e o dono de escola infantil, e o técnico de time mirim, e qualquer outro que lida com crianças) enfrenta, é que o abuso sexual de menores quase sempre acontece em familia. O estranho que oferece balas é muito raro; a "rede de pedofilia", quase não existente. Não é que o padastro que abusa não seja do mal; é que a imprensa é maniqueista, e procura o "outro" para o papel de vilão, e o homem estranho é mais "outro" do que o pai de familia que fez algo de que se arrependeu logo depois.
Há poucas oportunidades de posar de paladino, "defendendo as crianças", então a saída para quem busca os holofotes que acompanham esta "luta" (é uma luta quando todos estão no mesmo lado?) é de atacar perigos inexistentes, moinhos de vento que podem ser apresentados como gigantes.
Um exemplo, é que há 50 mil sequestros de crianças por ano nos EUA - e 49.900 são disputas de guarda dos filhos. Uns 100 são por estranhos - mas são estes que o FBI refere como "seqüestros esterotípicas", e que atraiam a atenção da mídia -especialmente quando a sumida seja uma menina branca e bonita.
Os números financeiras para "redes de pedofilia" são sempre absurdos. Alguém que ganhou $250 mil por ano com pornografia de todos os tipos, "domina o mercado milionário de pornografia infantil". Um livro que na véspera do lançamento estimava o número de prostitutos juvenis americanos como 30 mil, é publicado afirmando 300 mil, e uma "protetor de crianças" logo multiplica para mais de um milhão. Para a imprensa, o número mais atual e confiável, é sempre o número maior.
No Brasil, o Ministério Publico Federal de São Paulo rompeu seu convênio com o ONG Safernet, predileto do senador Magno Malta, porque o ONG estava falsificando números para exagerar sua eficácia. A imprensa pouco ligou; deu o "outro lado" do Safernet sem desconfiar, e o ONG ganhou uma elogia de duas páginas na Folha de S. Paulo de domingo passado - com se nada tivesse acontecido.
A favor de Safernet, e a favor de qualquer acusador, há três fraquezas da imprensa brasileira: o hábito de rapidamente escolher quem é herói e quem é bandido, e nunca mais mudar os personagens de papel; a sede para acusações, tanto mais cabeludas melhor (e a "rede de pedofilia" se encaixa nisso); e a preguiça Procrustiano de encaixar qualquer caso novo num padrão antiga, cortando fora detalhes que não se encaixam, ou adicionando as que faltam.
Nota por exemplo que Nelci Rones era para ser tarado por meninas, então as fotos do seu filho Júnior não foram mostradas para a imprensa; Fritz Louderback na Colina do Sol era para ser gay, então escondeu-se as provas de que seu ONG beneficiava também meninas.
Fotos de crianças, e crianças mesmo
Já falamos aqui da questão da Justiça e a criança no naturismo, e também dos possíveis efeitos de expor crianças ao naturismo. Nossa conclusão foi de que nada na lei ou jurisprudência impede - mas o naturista que confia que está com a razão, quando vem um Conselheiro Tutelar ou promotor contra, está na mesma posição de que um pedestre que está na faixa quando vem um caminhão. Estar correto não adianta muito contra a força superior.
As maneiras dos outros são nojentos
Conheço pessoas de Paraíba que lá constumavam comer um tipo específico de formiga, e no interior de São Paulo há quem come também. Juro que para classe média norte-americano, coração de galinha é uma coisa nojento. Aprendi a gostar, rapidinho - mas recusei na primeira churrascaria.
Para naturista, foto de gente pelado, ou de criança pelada, não é nada de fazer tremer o céu e a terra. O naturismo parece impossível para quem nunca experimentou, mas a novidade passa em uns vinte minutos.
Mas promotor e juíz não experimentam naturismo durante vinte minutos. Eles vejam "fotos de crianças peladas", e reagem com gringo enfrentanto "entranhas de galinha" pela primeira vez. Com nojo.
Há saída?
A experiência própria com naturismo já muda preconceitos. Na hora de prisão de um naturista, e a acusação de que ele tem fotos de crianças peladas, não há muito a fazer. Já vimos no caso Colina do Sol de que não tinha mesmo foto de criança pelada (a não ser na capa de uma edição de Brasil Naturista para qual Marcelo Pacheco enfrenta processo civil), mas isso não é obstáculo nem para a polícia nem a imprensa - eles inventam.
Não podemos esperar que juiz ou promotor vai fazer experiência própria de naturismo. O que eles fariam, é ler um parecer, de um jurista de renome, que aponta que não há crime em simples nudez de menores.
Porém, juristas famosas cobram caro para fazer um parecer. Uma coisa destas não pode ser feito com pressa, é preciso examinar a lei e a jurisprudência. Havendo algo que o advogado de um naturista poderia já apresentar para o juiz (e para a mídia, também) haveria um chance muito melhor de o acusado seria solto, e talvez nem denunciado.
O que podemos fazer aqui, é citar quanto é comum, e aceito, a publicação de fotos de crianças peladas, até na primeira página de jornal. E fizemos isso, com exemplos. Podemos notar os absurdos lógicos, na argumentação feito. E fizemos isso.
Mas o que o próximo Nelci-Rones precisaria - e podem confiar que haveria um próximo, e alguém que confia que seria outro, será enganado - seria um parecer jurídico.
A hora de prepara é agora, e não quando a polícia e a imprensa estão na porta, buscando fama e IBOPE ao custo dos outros. Naturistas já se mostraram um alvo fácil, que pode pegar um e os outros fogem, ou como no caso Colina do Sol, até participariam, contando mentiras sobre inocentes.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Naturista, nudista ou peladista?
Quando recebi o convite para participar do grupo Nati Brasil foi-me sugerido fazer uma apresentação. O que deveria dizer nesta apresentação? Por que eu estava ali. Ou melhor, o que me levou a integrar com naturistas. Comecei a falar da nudez e quando se fala do nu fala-se em oposição ao vestido. E também se fala do esconder o corpo; de se envergonhar do corpo que tem. Tem que se vencer o medo terrível, que venha a se mostrar aquilo que faz parte do que entendemos a ser as “nossas vergonhas”.
A relação da nudez com orgia, malfeitos sexuais, pecado, sempre me incomodou. Sempre fui criticado ao admirar o nu fora dos seus aspectos estéticos e sensuais. Nós somos o corpo e é o corpo que nos dá vida. A vestimenta é uma resposta às necessidades básicas de cada um de nós para nos proteger das intempéries e não para “esconder as nossas vergonhas”. Que contradição! Nós resultamos das relações entre “duas vergonhas”.
Pequeno ainda eu ia ao sítio de meu avô, onde passava temporadas para ficar nu. Sofria muito com furúnculos e ao me despir vinha-me a sentimento de prazer porque as dores do contato do furúnculo com a roupa desapareciam.
Cresci, fui trabalhar e depois que me formei voltei o foco do meu trabalho atividades de pesquisas fora das áreas urbanas. Aliás, entrei na faculdade num curso com este objetivo. Quando estamos em áreas em que não dispomos da intimidade da nossa casa e das áreas urbanas às quais estamos acostumados, aprendemos que cobrir o corpo não significava “esconder vergonhas”, mas de se proteger, e que tirar as roupas também significava proteger o corpo para exercitar os cuidados que temos por ele.
E foi quando aprendi da necessidade de desnudar o corpo para que ele pudesse respirar.
A relação nudez e sexo se dá num outro momento a partir da empatia entre duas pessoas. O sexo, neste sentido, é a coisa mais bela, pois significa a entrega entre duas pessoas. É um momento sublime da intimidade entre pessoas. Inicie-se esta relação com roupa ou sem roupa.
E foi nesta vida longe das áreas urbanas, em contato com a natureza, que também comecei a viver o ambientalismo. Não no sentido ideológico e militante de onde se deseja alijar o ser humano, mas do ser humano como parte dele.
A nossa tentativa de transformar o meio aos nossos desejos, muitas vezes preparando um futuro perverso para as nossa sobrevivência, perdemos a consciência que somos parte bioma, que nós também somos parte da fauna.
A ingressar no Paulinat e nos papos na lista “Papo Naturista” comecei a verificar que muitas pessoas – muitas delas sem as experiências de vida que tive – pensavam de forma semelhante e que tudo isto se chamava naturismo.
Eu era naturista sem saber...
Quem me conhece e já leu as minhas participações conhece as minhas críticas a esta visão moral para com o corpo. As “verdades morais” são como se fosse verdades, e se tornam “mais verdades” quando associadas a prescrições jurídicas. Uma atitude corpofóbica. Talvez seja uma voz no deserto. Mas que permanecerá enquanto houver garganta para bradar.
Isto sou eu. Ou que penso ser. Triste com o encerramento do Paulinat, mas satisfeito porque o ideal continua. Mas onde houver gente, as discussões, haverá discussões, dissensões, acordos e, no nosso caso, o naturismo continuará.
Conversando com Joaquim Salles, ele me falou o seguinte: “os ‘peladistas’ estão certos: estão nus e isso basta, não precisam de mais argumentos e teses para defender isso”. E lendo um texto de ArianeB (http://peladista.blogspot.com/2008/11/deixei-de-ser-naturista-acho-que-vou.html), ela comenta que a natureza é uma desculpa para se ficar pelado. De fato! Eu não escrevi acima que tirar a roupa, para mim, era um prazer porque retrocedia à minha pré-adolescência? E acrescento a este prazer um sentimento de liberdade talvez porque a roupa é uma exigência social, algo que vem de cima para baixo. Serei, então, como ela, Ariane, um peladista?
Tirar a roupa é o desejo de busca de liberdade. E de prazer. Desejo é o que nos falta; é o que buscamos. Buscamos liberdade e buscamos prazer. O desejo é satisfeito quando tiramos a roupa. Para que, então, usar a natureza como bengala para ficar nu? O meu desejo não é o suficiente?
Quanto à busca da liberdade, esta é incessante e me parece cada vez mais distante. Isto é assunto para mais tarde.
O prazer é um interdito para a bem-aventurança. O céu é para os sofredores. Há um quadro evangélico, o quadro dos “Dois Caminhos”, onde há um caminho largo onde se encontram todos os prazeres da vida e um caminho estreito, de difícil trânsito, com vários pastores pregando. Este é o caminho pelo qual se alcança a bem aventurança e o destino no outro caminho é o fogo eterno.
A nudez é associada à orgia, ao pecado e por isto o nosso prazer é um desejo que deve ser interditado. Ao contrário do que Joaquim me falou, o naturista tem que justificar a sua nudez. O peladista não precisa. E a justificativa é institucionalizada com códigos, interdições, hierarquias de poder, etc.