quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
COPENHAGUE E NATURISMO
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Construindo a Cidadania Planetária em 2010
Sabemos hoje que cientificamente tudo que existe no universo é feito da mesma matéria química. Seja mineral, vegetal ou animal a sua totalidade é constituída de elementos presentes e comuns a todos. Interligados, sabemos também que somos parte do cosmos e o “bater das asas de uma borboleta aqui pode provocar um furação do outro lado do mundo”. Obviamente tratando-se de uma alegoria, o conceito sintetiza a importância das ações coletivas e a responsabilidade que temos sobre o chão que pisamos.
A noção de cidadania planetária surge a partir de uma concepção onde se afirma que, independente da nacionalidade, habitamos o mesmo planeta ao qual devemos cuidar e compartilharmos princípios e valores éticos próprios de uma comunidade humana que atualmente vive o desafio de contradições como é o caso da alta tecnologia convivendo com a pobreza endêmica. E a pergunta que não quer calar é: se somos capazes de chegar a Lua e construirmos computadores infinitamente potentes, porque não conseguimos resolver os problemas sociais comuns a todos os povos? A melhor resposta está na falta de uma consciência planetária. Razão racional e lógica que entenda que todas as raças são irmãs comprovadas cientificamente e que não existem diferenças a não ser as criadas pelo próprio homem.
Um ser que compartilha e que cuida. Esse é o resultado ideal da educação voltada para a cidadania planetária. Portanto, o desvelar, a ética e o cuidado com o meio ambiente se apresentam como norteadoras destes novos rumos, das transformações profundas que necessáriamente operarão os caminhos da espécie humana.
Devemos estar conscientes de que a edificação de uma sociedade mais justa depende da transformação individual de cada ser humano, transformação esta comprometida com o amor, a inteligência e a solidariedade direcionadas para a construção de uma sociedade livre, igualitária, fraterna, buscando proteger a vida planetária e construindo uma organização social transformadora e digna, reconhecendo que minha família é a humanidade e que estamos igualmente irmanado com todos os seres viventes.
O ano de 2010 pode ser o início de um novo paradigma para a humanidade. Desejamos a todos e a todas uma nova e profunda reflexão, sendo o ano vindouro repleto de idéias e ações por um mundo melhor que sabemos ser possível.
“Haverá lugar para os pecadores desesperados que vêm para ferir a humanidade pelas suas próprias crenças? Um só amor! Um só coração! Vamos seguir juntos para ficarmos bem...” (One Love – Bob Marley).
Um feliz 2010 ecologicamente sustentável para todos!
sábado, 26 de dezembro de 2009
A Copenhague que queríamos
Por Laércio Júlio da Silva
O Presidente dos EUA, Barak Obama, cinicamente expressou, sem meias palavras, a síntese do fracasso da Conferência. Disse arrogantemente: “A América já apresentou seu compromisso (...). Já decidiu o seu rumo. Esperamos que os outros também façam a sua parte”. E completou dizendo que os EUA aceitam participar do “sacrifício” de reduzir a poluição e ajudar os pobres desde que esse prejuízo seja globalmente socializado e especialmente distribuído entre os emergentes (Brasil, China, Índia, etc.) e não apenas auferido aos ricos “sujões”. Prisioneiro do poderoso “lobby” das grandes corporações americanas, foi incapaz de se contrapor a pressão de empresas, principalmente à de combustíveis fósseis, que viram seus interesses ameaçados por um acordo que atrapalharia os lucros.
Na nossa participação, se por um lado, Lula deu um “pito” geral nos países ricos, destacando a oportunidade que todos estavam deixando passar de efetivamente fazerem alguma coisa real pela redução do aquecimento global, por outro lado deixou escapar a oportunidade de assumir uma posição de liderança mundial com uma proposta unificada em vez das famosas “cabeçadas” entre ministros na ocasião que expuseram ao mundo divergências internos no governo.
Aos olhos do mundo dois fatos ficaram provados: a de que resultado da conferência não foi o ideal, salientando a péssima organização que credenciou três vezes mais participantes causando tumulto e manifestações violentas felizmente não ocorridas na Conferência do Rio em 92, muito melhor organizada.
O outro fato notório foi à pressão da opinião publicada representada pelas ONGs que cada vez mais valoriza gestores que efetivamente praticam e defendem uma postura mais concreta em relação à redução de emissões de gazes. Pressão que pode tirar ou dar votos, e os governos democráticos se curva a essa evidência.
O sucesso seria se saíssemos de Copenhague com um novo protocolo de metas para redução dos países desenvolvidos, outras metas de redução para alguns países emergentes como o Brasil, a China e a Índia, e que esse novo protocolo excluísse dessas obrigações os países mais pobres que deveriam ser ajudados por um pacote financeiro com o objetivo de enfrentar as conseqüências do aquecimento global.
Lamentavelmente isso não aconteceu, e resoluções importantes foram proteladas para 2010. O relógio da vida não espera e o mundo aguarda posições urgentemente mais claras.
sábado, 19 de dezembro de 2009
O direito dos animais
Por Laércio Júlio da Silva
19/12/2009
Um dos maiores problemas do sistema democrático brasileiro é a influência do chamado “lobby” corporativo que muitas vezes subverte o princípio do governo pelo povo e para o povo. A força do “lobby” sobre os políticos faz com que importantes questões sejam tratadas sob a ótica de uma minoria interessada na aprovação de leis que favoreçam um ou outro segmento da sociedade em detrimento da maioria da população. Para alcançar seus objetivos, essas forças organizadas utilizam desde a simples manifestação até a corrupção e favorecimentos ilícitos para a aprovação de leis que alcancem seus objetivos pessoais afastados do interesse da maioria do nosso povo.
Muitas vezes o político brasileiro cede a determinado segmento da sociedade por interesses meramente eleitorais, financiamento de campanha e outros motivos que enchem de vergonha a política como é tratada nesse País. O resultado disso é a infinidade de “brechas” contestadas em processos que se arrastam na justiça pela total discrepância entre decretos aprovados e leis que não “colam” formando um quebra-cabeça que nunca há de ser devidamente montado.
Fiz todo esse prólogo para que o leitor possa entender a seu modo o Projeto de Lei nº. 4.548 de 1998, que pretende modificar o art. 32 da Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), tramitando no Congresso Nacional com o objetivo de retirar a expressão “domésticos ou domesticados”, sob o argumento de que a realização de rodeios e vaquejadas tem sido prejudicada. Diz o texto que justifica a alteração da lei: “os rodeios atraem milhares e milhares de pessoas e já se constituem em verdadeira indústria de diversões. Estimulam, outrossim, todo um universo de produtos e serviços atrelados às práticas esportivas e são internacionalmente conhecidos. As festas de Barretos em São Paulo, de Uberaba em Minas, de Livramento no Rio Grande do Sul dentre outros exemplos de mega eventos e as dezenas de milhares de pequenas festas de fim de semana que geram emprego e renda em todo o território nacional, não podem ser ameaçadas”.
A atual redação da Lei de Crimes Ambientais diz:
“Art. 32. Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção de três meses a um ano, e multa.
§ 1º. Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.”
Se este projeto for aprovado, abrirá caminho para as mais variadas interpretações jurídicas e será consumado o maior retrocesso da história da proteção animal em nosso País. Por exemplo, o combate às condenáveis rinhas de galo e cães, além da cruel Farra do Boi, seria dificultado ao extremo sob outro entendimento da Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) que poderia assim ser contestada.
Os defensores dos animais têm o direito garantido pela constituição de se manifestarem contra essa tentativa que pretende, na prática, liberar no Brasil os maus tratos aos animais domésticos e domesticados.
Está na internet um abaixo-assinado virtual: http://www.petitiononline.com/9605x32/petition.html que subscreve contra a alteração do artigo 32 da lei 9605/98, defendendo que seja mantido em sua íntegra o texto atual que tipifica como crime o ato de maus tratos a animais domésticos e domesticados, o qual já vigora há 11 anos e está em plena coerência com as normas basilares ambientais expressas em nossa Constituição Federal em seu artigo 225, § 1º, VII, o qual veda práticas cruéis contra animais não humanos.
Muitos animais nesse momento estão submetidos a condições de extrema crueldade motivadas pela interferência do homem na Terra. O caso mais famoso divulgado pela mídia é a situação dos ursos polares que com o degelo perdem sua moradia e as queimadas que acontecem todos os dias no Brasil. Animais domésticos são diariamente abandonados por seus donos que não percebem a diferença entre uma coisa inanimada e um ser vivo que precisa de cuidados especiais. Na semana em que se realiza a Conferência de Genebra sobre as alterações no clima, há de se lembrar o direito ao habitat natural dos animais que compartilham o planeta com a raça humana.
O indiano Mahatma Gandhi, humilde militante da paz, que fez uma revolução através da política de não violência, marcou a visão de mundo dizendo: “Tudo que vive é o teu próximo”.
Laércio Júlio da Silva diretor da Federação Brasileira de Naturismo (FBrN) e presidente da Associação Goiana de Naturismo – Goiasnat
Diretoria do Goiasnat
tel. 62 9909 1242
secgoiasnat@gmail.com
Visite o sitio www.goiasnat.com.br
O nosso MSN é goiasnat@hotmail.com
"Naturismo é um modo de vida em harmonia com a natureza, caracterizado pela prática da nudez social, que tem por intenção encorajar o auto respeito, o respeito pelo próximo e o cuidado com o meio ambiente"
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
A urgente pauta de Copenhague
Como todo o “calo” só pode ser sentido quando dói, as mudanças climáticas estão aí no nosso dia-a-dia, provando as consequências da intervenção do homem na mãe Terra.
Mesmo assim existem forças poderosas tentando desmoralizar os estudos recentes sobre o assunto: nos últimos dias, uma polêmica agitou o meio científico internacional. As pesquisas que comprovam o aquecimento global foram colocadas sob suspeita coincidentemente às vésperas da Conferência mais importante dos últimos tempos. A enorme repercussão dada propositalmente ao assunto pelas maiores agências de notícia internacionais atingiu supostamente cientistas que teriam fraudado pesquisas para reforçar a tese de que o planeta está esquentando.
Polêmicas a parte, desde o dia 7 de dezembro, 192 países estão em Copenhague para discutir o futuro do planeta: se efetivamente estão todos dispostos a agir evitando que as mudanças climáticas sejam catastróficas ou somente fazer "jogo de cena", voltando para casa convencidos que fizeram algo sério, e o que é pior, passando ao resto do mundo a falsa sensação de que foram tomadas providências reais.
Parte do que a grande imprensa internacional não publica com o mesmo destaque, além dos tais e-mails trocados entre cientistas, que foi divulgado recentemente pelas Nações Unidas em um relatório dramático que bate a porta da Conferência de Copenhage:
– As emissões de dióxido de carbono relativas a 2008 já superam em 40% as emissões dos anos 90. A este ritmo, dentro de 20 anos a temperatura média do planeta poderá aumentar mais de 2°C com uma probabilidade de chegar a 25%, atingindo assim o limiar de não retorno, a partir do qual se considera que o ciclo de produção de dióxido de carbono perderá a capacidade de se reciclar,
– A evolução da temperatura média dos últimos 25 anos reforça a tese do aquecimento provocado pelas atividades humanas. O aumento médio de 0,19°C por década confirma os atuais modelos teóricos de avaliação que explicam os efeitos causados pelos gases de efeito de estufa. Apesar de uma diminuição da parcela do aquecimento global causada pelo Sol – a nossa estrela passou por um mínimo do seu ciclo de 11 anos – a tendência do aquecimento médio manteve-se,
– As atuais redes de satélites de observação do clima mostram inequivocamente que as calotas do Ártico diminuem a um ritmo mais acelerado do que o previsto, a área que desapareceu nos últimos três anos superou em 40% a área prevista. Como já foi diversas vezes constatado o Ártico é muito mais sensível às alterações do clima do que o Antártico por causa da extensão da sua placa terrestre e da massa oceânica que rodeia o Polo Sul,
– As observações de satélite mostram também que o nível do mar subiu em média cerca de 3,4 mm por ano, ou seja 80% acima do valor previsto pelo PIAC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas) das Nações Unidas, sendo este valor consistente com a contribuição causada pelo degelo acelerado dos polos. O aumento do nível do mar em 2100 poderá atingir um metro acima do valor inicialmente previsto pelo PIAC, que era cerca de 2 metros no cenário mais pessimista,
– O ano de emissão máxima de gases de efeito de estufa deverá ocorrer muito em breve, entre 2015 e 2020, se quisermos realmente limitar o aumento médio da temperatura do planeta a 2°C. Para estabilizar a temperatura do planeta será obrigatório estabelecer um modelo de sociedade pouco dependente das emissões de gases de efeito de estufa no final do século XXI, reduzindo em cerca de 80 a 90% as emissões per capita das nações mais desenvolvidas correspondentes ao ano 2000 (fonte: "O diagnóstico de Copenhage” - PIAC da ONU).
A humanidade espera bom senso dos governos envolvidos, principalmente os países do hemisfério norte responsáveis pela maioria do estrago. Isso não isenta o Brasil e o cidadão comum de fazer a sua parte por um mundo melhor. Os olhos da humanidade estão voltados para Copenhage na Dinamarca. E o nosso deve estar voltado para nossa família e o futuro dos que herdarão a Terra.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Você sofre de “normose”?
A normose significa assistir a guerras, violências, escândalos políticos como corrupção e desvios de recursos de uma maneira normal, aceitando-os como se fossem fatores oriundos da hipocrisia humana sem que ao menos haja a chance da busca de uma solução aparente. Embora reivindicações por mudanças sejam constantes, ficamos somente no discurso impelidos por uma mídia que valoriza o rápido e o digerível, sem tempo para o raciocínio lógico que preconiza a ação. Formamos assim uma maioria muitas vezes calada e acomodada. Ao invés de curar o mal lutando efetivamente por uma sociedade mais justa, somos tentados a simplesmente desviar do problema e a passar a cuidar somente do nosso próprio umbigo. Algumas vezes os naturistas são taxados de maníacos, diferentes, exóticos, evoluídos e toda a sorte de adjetivos para conceituar uma atitude anormal e fora dos padrões definidos pela “sociedade têxtil”.
Um amigo uma vez me confidenciou que não iria a um local naturista por considerar-se um ser primitivo, incapaz de chegar à iluminação dos que praticavam o naturismo. O pensamento dele se baseia na tese de que os naturistas são seres muito evoluídos em relação aos padrões “normais”!
Existe na maioria da população uma crença bastante enraizada, segundo a qual tudo o que a maioria das pessoas pensa, sente, acredita ou faz deve ser considerado como normal e, por conseguinte, servir de guia para o comportamento de tudo ao seu redor.
O fato de estar nu significa um grande prazer para algumas pessoas, no entanto valores provocados pela normose impedem a felicidade de muitos que gostariam de ser naturistas. Esses indivíduos invejam o modo despojado com que os naturistas se relacionam com o mundo a sua volta e lutam dia-a-dia contra preconceitos encerrados em seu íntimo. Ao travarem contato com o naturismo, as pessoas se convencem que a maior barreira está nelas mesmas e tentam vencer a sua própria normose.
É interessante notar como o conceito de beleza corporal pode ser banalizado pela sociedade dita normal. O fato recente de uma estudante em trajes expondo parte do seu corpo fez com que uma multidão de estudantes a seguisse pelo campus. Pode-se observar pela TV que as pessoas iam atrás de algo sem sentido, com a normalidade típica de bois indo para o matadouro. O “anormal” seria se ela estivesse ao natural e completamente nua: a expulsão não seria revogada, ela seria matéria jornalística no mundo todo que noticiaria imagens com uma ridícula tarja na genitália. Com certeza as pessoas não a seguiriam por tratar-se de uma pessoa que evidentemente foge à normalidade!
No entanto o fetiche da sexualidade estava exatamente na pouca roupa ou no muito que poderia ser mostrado. No meio naturista costuma-se dizer que uma mulher com “fio dental” ou um homem com a sunga apertada torna-se muito mais sexualmente apelativo do que a nudez que não encerra qualquer mistério! Quem se “normaliza” acaba adoecendo com bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de enquadramento. Portanto, deixe o normal de lado e seja original: o naturismo ajuda as pessoas a sair da mesmice e a se autoconhecerem em sua plenitude.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
TIRAR A ROUPA NÃO É NATURAL
Sabe, povo, andei pensando um pouco mais sobre essa história de naturismo, de ficar pelado, de tirar a roupa. É claro que sou peladista convicta, mas andei descobrindo mais umas coisinhas sobre o assunto.
Bem, tirar a roupa, é tirar algo que está fora de si, é algo que está na superfície, logo os olhos vêem. É como se descascássemos uma laranja, como se pelássemos um ovo cozido, é como se raspássemos a cabeça. Legal essa visão, né??? Pois bem, ao fazermos isso o que vemos é algo pelado, algo sem roupa, sem casca. Uma superfície lisa, um corpo sem cobertura, sua superfície. Sua parte externa. É fácil então não encontrar sentido para a coisa. Porque a vestimenta está tão introjetada nos seres humanos, por causa da cultura, tão internalizado que é como se fosse natural estar vestido. É como se estar sem roupa não fosse natural. Ou seja, é como se fosse natural usar roupa e não o contrário. Então, tirar a roupa é como se fosse antinatural. E o que não é um processo natural, além de ser mais difícil dá abertura para que o orgulho e a vaidade entrem em cena e ocupem cada vez mais espaço para defender o indivíduo de possíveis ameaças. É como se ao estar realizando uma ação não natural, os mecanismos de defesa agissem para defender a criatura de ameaças. Aí o orgulho, a vaidade, ou objetivos tortos entram em cena para amparar o cidadão que se sente “vazio”, “desprotegido”, “ameaçado”.
Filosófico né??? Continuo com meu raciocínio.
Se tirar a roupa é um processo antinatural, o corpo precisa se defender. Logo, os naturistas inconscientes dessa inversão motivada pela cultura, ficam buscando justificativas para tirar a roupa; e não preenchendo o vazio criado, colocam o sexo em primeiro plano, associando a nudez ao sexo, já que culturalmente fomos ensinados que só se tira a roupa para práticas sexuais. Aprendemos que se tira a roupa para seduzir, para ter prazer no momento dedicado à realização do sexo, para excitar o parceiro ou a parceira e revelar seus desejos sexuais, enfim.
Caro indivíduo que tira a roupa, você já pensou por esse ângulo? Já pensou que você, usar roupa é natural, e tirar a roupa é antinatural? É como o processo de “falar” e “ler-compreender”. A “fala” é algo particular, que vem do interior para o exterior do indivíduo um processo natural (sei que você pensou em outras coisas que vem do interior para o exterior!!!!); já “ler-compreender” é algo do exterior para o interior. É um processo não natural e por isso exige certas habilidades. Exige mais do indivíduo, assim como tirar a roupa.
E, para mim, essa coisa de tirar a roupa, gera tanta confusão, tanta polêmica, inventa-se tanta história, criam-se tantas palhaçadas porque as criaturas que o fazem pensam culturalmente, ou seja, pensam que tirar a roupa não é natural. Se pensassem naturalmente, como alguns poucos naturistas e peladistas que conheço, a coisa seria menos dolorosa e causaria menos confusão.
Então, convido aos chamados naturistas a, por uns poucos segundos, deixar de pensar como naturistas, e olhar a coisa por esse ângulo de visão que estou apontando.
E até o próximo churrasco!!!
domingo, 29 de novembro de 2009
AMPLITUDE DO SER NATURISTA
Mesmo do conhecimento de todos, faço questão de repetir a definição de naturismo:
"Naturismo é um modo de vida em harmonia com a natureza, caracterizado pela prática da nudez social, que tem por intenção encorajar o auto-respeito, o respeito pelo próximo e o cuidado com o meio ambiente"
Por essa definição já podemos sentir o tamanho da responsabilidade de ser naturista, somente pelo “cuidado com o meio ambiente” por si só, nos faz carregar uma bagagem superior da capacidade do carro que temos à nossa disposição.
Na Rede TV NEWS em 27/11/09 foi publicada a seguinte reportagem: “Milhões de animais são mortos de forma cruel para servir de vestuário a uma minoria. Nas ruas da França é fácil encontrar pessoas que usam casacos de pele”.
E ainda, “Raposas, linces, focas, coelhos quase sempre são mortos de forma cruel. Para não estragar os pelos, os caçadores matam os animais com pauladas na cabeça, afogamento ou utilizam armadilhas que provocam dores intensas e prolongadas. Em alguns casos a pele é retirada com o bicho ainda vivo.”
Eles são mortos para alimentar a vaidade humana. Se são caçados é porque têm quem compre.
Voltando à nossa definição, podemos afirmar que a “harmonia e respeito” criam um clima de paz em nossos relacionamentos. No entanto, é preciso despertar a consciência de que esses relacionamentos não resumem somente entre seres humanos. No artigo de Nuno Michael em “A Consciência da Massa”, ele cita que vivemos em diferentes níveis de consciência e evoluir para outro nível implica questionar e pensar por si mesmo, implica conviver com as conversas ocas, mecânicas de quem nos rodeia, implica ser livre.
Liberdade é o que sempre defendemos dentro do naturismo, mas ela tem um preço, a responsabilidade é maior. O raio de ação não pode ficar limitado à nudez, outras bandeiras têm que ser abraçadas, e uma delas, sem sombra de dúvidas, é a proteção com os nossos animais.
Para que possamos entender melhor a grave situação que nos encontramos, cito abaixo parte do artigo de Nina Rosa em “Escolher a Paz”.
Nós que vivemos na época atual estamos tendo a oportunidade de participar de uma dessas grandes mudanças. A mudança que prioriza os valores morais, os princípios, a ética. A mudança que nos fará também sentir a dor ou a alegria de um irmão nosso do reino mineral, vegetal ou animal, como se fosse a nossa própria dor ou nossa própria alegria.
Não é tão estranho assim olhar um rio de águas poluídas e fétidas e sentir sua dor… Não é difícil sentirmos a alegria de um riacho de águas claras e límpidas, correndo e cantando em seu caminho. Certamente podemos sentir sua alegria. Eles não precisam falar a nossa linguagem, aliás, bem limitada.
Nem precisamos ir até a Amazônia para assistir a espetáculos degradantes de desflorestamento e de negligência com o reino vegetal. É só sairmos às ruas, nas cidades e olharmos para nossas irmãs, cimentadas até o tronco, sem ter como armazenar água, sem consideração, muitas vezes usadas como lixeiras em sua base. Falta amor e gratidão pela beleza, pela sombra, pela purificação do ar, pela energia positiva, por nada, apenas por existirem, como direito que têm.
Por outro lado, quando estamos num bosque preservado, com árvores nativas, exuberantes, sentimo-nos parte de sua harmonia. Mesmo quando observamos uma só árvore na calçada, bem cuidada, sentimos sua harmonia, e somos envolvidos por ela.
E o que estamos fazendo ao reino animal? Exploração, exploração e mais exploração. E dor, e sofrimento. Desrespeito ao direito à vida, desrespeito a todos os seus direitos.
– Estamos degolando-os vivos, queimando e mastigando sua carne.
– Estamos arrancando sua pele e vestindo-a sobre nossa pele.
– Estamos confinando-os em pequenos espaços só para quando, e se tivermos vontade, olharmos para eles e satisfazermos nossa curiosidade.
– Estamos aprisionando os alados, por inveja ou vaidade, para que cantem só para nós, quando têm o céu por direito.
– Estamos confinando seres aquáticos a pequenos ou grandes aquários, para olhar ou nadar com eles por breves momentos, submetendo-os a toda uma vida de submissão, quando eles têm por direito a imensidão das águas.
– Estamos apoiando a ridicularização de grandes animais, rindo da sua dor e do roubo de sua dignidade em espetáculos circenses, como se fazia no passado com anões e mulheres barbadas e ensinamos nossas crianças a rirem também.
– Estamos jogando-os em arenas com os genitais fortemente amarrados, para que pulem de aflição e de dor, enquanto gritamos e rimos, alheios ao seu sofrimento.
– Estamos comprando-os como objetos, e descartando-os como objetos, na primeira dificuldade.
Todas essas barbaridades somos nós que fazemos quando apoiamos o consumo da exploração. Somos nós que patrocinamos e mantemos esses horrores acontecendo; e depois, com a barriga cheia de cadáveres, com a nossa aura manchada de dor e desamor, com indiferença pelo destino dos irmãos dos outros reinos, queremos para nós mesmos a paz?
“Desde que chega a esta Terra, o viajante toma, toma e não dá quase nada em troca.”
Se não queremos fazer parte disso, temos que mudar nosso paradigma; temos que passar e ver nossos irmãos dos outros reinos com o mesmo interesse que vemos a nós mesmos. Temos que colocar o interesse deles de não sofrer, paralelo ao nosso igual interesse. Temos que conhecer e respeitar seus direitos e sermos exemplo disso na prática
.
Os princípios do Naturismo são verdadeiramente belos e harmoniosos, mas as nossas ações deverão ser ampliadas, pelo motivo do aumento da nossa consciência que a natureza não está para servir somente ao ser humano.
É hora de pararmos com as críticas e agirmos. É hora de conscientizar também do peso da nossa responsabilidade.
Evandro Telles
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
"VERDADES QUE AS ROUPAS ESCONDEM - Uma Coletânea de Artigos Naturistas", de Evandro Telles.
domingo, 22 de novembro de 2009
Perigo Aviário
Sexta-feira CENIPA lançou a Conexão SIPAER que pelo subtítulo é uma "Revista Científica de Segurança de Vôo".
A ciência procura conclusões sustentados pelos fatos, uma contraste ao hábito humano de procurar fatos que sustentam conclusões já alcançados. A segurança aérea focaliza não em fixar culpa para os acidentes que já aconteceram, mas de tirar deles lições para evitar que os mesmos fatores provocam outros acidentes.
A dinâmica é bastaste diferente daquele de pequenos grupinhos movidos por interesses fisiológicos e brigas antigas. Porém, o lançamento da revista me lembrou de uma "causa" de segurança aérea tem muito a ver com reclamações recentes do mundinho de naturismo brasileiro.
Duas matérias me provocaram a comentar a revista aqui:
O LIMITE DE AUTORIZAÇÃO NAS OPERAÇÕES AÉREAS: O CASO GOL 1907
GERENCIAMENTO DO PERIGO AVIÁRIO EM AEROPORTOS
Meu interesse na primeira é pois eu sou o correspondente local e tradutor do Joe Sharkey, o colunista do New York Times que estava aborda do Legacy, como creio que é de conhecimento geral. Devido aquilo, serviu como consultor e tradutor para um equipe canadense que fez um episódio de Air Crash Investigation para o National Geographic Channel.
O envolvimento não terminou ainda. Traduzi muito, inclusive o relatório da CPI da Câmera, escrevi no Observatório da Imprensa (duas vezes). Vou ter que traduzir esta matéria também, pois o compromisso assumido ainda não terminou.
Palestra em Fortaleza
O perigo aviário é um assunto em alta depois do que aves apagaram as duas turbinas daquele avião que então pousar no rio Hudson. Ouvi disso em outubro de 2007, em Fortaleza, numa palestra sobre segurança aérea.
Tinha terminado o trabalhou que me levou a Fortaleza, e meus planos foram de ir para a praia descansar. Mas precisei procurar no site da CENIPA o filme que a Aeronáutica fez sobre o resgate dos corpos, para enviar para a produtora da National Geographic, para esvaziar as falsas acusações que um pequeno grupo de parentes fizeram contra os militares que se enfiaram no mato, para que não chegassem a tela.
No site, encontrei o filme, e encontrei esta palestra sobre segurança aérea sexta-feira e sábado. Diz adéus aos meus planos de uma fim de semana relaxante entre as dunas e o mar, e foi aprender mais sobre os assuntos sobre quais escrevo, como é meu dever.
Matadouro ilegal
Memoravelmente, foi mostrado um vídeo curto sobre uma problema de urubus que estavam atormentando um dos aeroportos do nordeste. A causa tinha sido identificado, um matadouro clandestino que operava na cabeceira da pista.
Numa entrevista com o dono do matadouro, um homem simples do interior, ele contava com toda naturalidade como uma vez por semana ele jogava todos os ossos, tripas, sobras, etc. naquela área vazia, aberta, onde os urubus acabaram com a carniça. A câmera mostrava estes lá aguardando.
O homem claramente não tinha o menor idéia do perigo em que ele estava colocando a vida dos outros, ou como seu pequeno negócio a margem da lei estava emperrando o investimento enorme que sociedade tinha feito no aeroporto, ou como sua carne a três reais o quilo estava ameaçando turbinas que custam um milhão a unidade.
Explicando o perigo
O filme de SERIPA IV não mostrou a tentativa de explicar para este homem simples, de capacidade limitada, o perigo que seu matadouro representava, e de que ali não poderia continuar. Imagino que sua resposta foi mais ou menos assim:
Nós não torcemos contra o [aeroporto], pelo contrário, preferimos que ele recupere todas as perdas que teve, mas também gostaríamos que ele não tumultuasse e envolvesse todo mundo numa situação que não nos diz respeito. Já estamos todos cansados de ver o nome dele envolvendo o [matadouro clandestino]. Só isto!
A mente mesquinha e fechada é assim: veja o mundo inteiro somente em termos dos seus pequenos e isolados interesses.
Na cabeceira da pista
O dono do matadouro não entende que um amigo ou parente dele poderia estar abordo de um avião derrubado por um urubu na turbina ou na para-brisa. Entende menos ainda que quem está na cabeceira da pista corre mais risco de ser atingido por uma queda de avião.
Por acusações como aqueles contra Dr. André, naturistas estão todos na cabeceira da pista. Para polícia, promotoria, e imprensa: crianças e adultos pelados juntos é suspeita, numa maneira em que crianças e adultos juntos de bombacha, ou juntos de bicicleta, ou juntos em qualquer outra atividade familiar, não é suspeita.
Naturistas sabem que famílias inteiras nuas, ou crianças nuas, não é sinal de abuso. A FBrN sabe, também. Mas deixou claro, quando Dr. André foi preso, que a FBrN não vai testemunhar que naturismo familiar é inocente, nem para salvar seu presidente.
Acusação, falsa testemunha e julgamento na imprensa são terrores de nossos tempos, e ninguém sabe quem será a próxima vítima. Mas naturistas sabem que estão na cabeceira da pista, com mais chance se ser vitimizadas pelo próximo desastre do que qualquer outro.
Fatos simples
O que não entre em cabeça dura duas vezes, não entraria na terceira, mas mais uma vez:
- A repudiação imediata de Dr. André pela FBrN não foi "nada contra";
- Os acusações contra os quatro partiram tal-somente de sócios e conselheiros da Colina do Sol;
- Os acusadores foram acolhidos pelo FBrN, estes urubus votando e sendo votados na eleição irregular no Mirante.
Não sei porque um pequeno grupo tenha tanto interesse em manter a FBrN como refúgio para estelionatários. Não sei porque a FBrN, que prestou apoio nenhum ao Dr. André, é tão prestativo em apoiar os autores das falsas acusações.
Não sei, e não me interessa.
O que eu quero, nesta hora, é que o FBrN não colocasse seus urubus no meu caminho. E só.
Interesse
Digo de novo que a problema desta senhora não é a incapacidade de entender qualquer coisa fora do seu mundinho. Não é somente falta de cabeça, mas falta de coração. Ela reduze os outros ao tamanho dela:
Então eu pergunto:- O que eles e mais alguns gatos pingados querem fazer do naturismo?
Qual é o interesse pessoal e econômico que eles tem?
"Pessoal e econômico"? Há coisas que não se faz por dinheiro (ainda que uns do FBrN acham diferente). Meu interesse na situação de Dr. André, Fritz Louderback, Cleci e Barbara é de ordem ética e moral:
"Nenhum homem é uma ilha, inteiro e completo em si mesmo; cada homem é uma parte do continente, uma parte do todo. Se um torrão for levado pelo mar, a Europa ficará menor e incompleta, tanto quanto se um promontório o tivesse sido, da mesma forma como se a propriedade de um amigo ou a sua própria tivesse sido. A morte de qualquer homem diminui-me a mim, pois eu sou parte da humanidade, e por isso digo-lhe: nunca procure saber por quem o sino dobra; ele dobra por ti."
(John Donne [1572-1631], Meditação XVII)
Carta: JORGE BANDEIRA: ESCLARECIMENTO URGENTE!
ou em http://peladista.blogspot.com/2009/11/carta-jorge-bandeira-esclarecimento.html
Bom dia a todos....
Re-afirmo minhas declarações, ou seja, realmente foi contra decisões da Federação contra o grupo OXENTENAT, e realmente mandei representação ao conselho maior, tecendo comentários contra atitudes do presidente da Federação à epoca, André Herdy. O caso não foi discutido, nem me responderam absolutamente nada. Depois o grupo Oxentenat disse que entrou em conversa com a Federação, e decidiram se retirar da Federação.....
Mas vou igualmente tecer alguns comentários:
O nome de André foi SUGERIDO e ele já chegou em Abricó com ares de eleito para assumir o cargo, como ele mesmo escreveu uns dias antes daquele congresso, ao se despedir da presidência da YNAI porque iria "assumir novos compromissos na FBrN" (carta despedida da YNAI retirada do site olho nu).
O André só assim declarou, pois deve ter tido dos membros da Federação a certeza de sua eleição, feito os devidos conchavos politicos inerente ao processo democrático. Se alguem se considera membro de uma associação, e não concordando com as regras democráticas de uma eleição, deve sem sombra de dúvida, mandar na reunião da assembleia da convocação eleitoral, solicitar a devida impugnação do associado "sugerido", bem como tambem montar a devida chapa e candidatura para o cargo pretendido. A ausencia ou o voto nulo sómente colabora com o erro sugerido, ou seja o mesmo que conivente ao que pretende agora dizer errado.
Porém, o André sabe que também esteve ILEGAL por todo aquele período, e agora exige tudo dentro da legalidade, mas não conta os fatos quando diz respeito a ele."
Ninguem pode ser declarado ILEGAL, se existe ata de eleição devidamente registrada em cartório proprio, atestando sua legalidade e idoneidade. Se alguem acredita que o presidente esteja ilegal, e não queira ser chamado de conivente com a ilegalidade, deve mover no MP da cidade de registro da ata e associação, a devida reclamação bem como chamar a instituição para uma possivel intervenção do MP. Mas havendo o registro, e não tendo nenhuma ata registrada dizendo contrário a esta eleição, entendo ser LEGAL sua eleição, posse COM TOTAL DIREITO DE LEI.
De acordo com a lei, somente as atas que conste admissão e demissão de associado precisa ser registrada em cartório, bem como venda e aquisição de bens moveis e imoveis, e eleição para troca de diretoria precisa necessáriamente estar registrada no cartório de registro da associação. Toda mudança na diretoria tambem carece do devido registro no cartório. O que o André registrou foi a convocação para a ELEIÇÃO DA DIRETORIA DA FEDERAÇÃO, a ser realizada na praia do pinho, em 15 de novembro de 2009. Esta convocação não precisa ser registrada, mas pode ser para titulo de não poder os associados alegar ignorancia do fato. O registro é válido, de direito de quem esta na presidencia da Federação. nenhuma ata não foi registrada no cartório de registro no ano de 2007, por em tese não ter havido mudança de associado, expulsão ou remoção e eleição convocada pela presidencia da Federação. A ninguem é dado o direito de desconhecer a lei, e estando associado a uma associação, vc por força de lei declara estar ciente das leis e estatutos da associação, bem como declara estar "de acordo".
O André teve muitas passagens negativas dentro do Naturismo quando inventou a tal Polícia Naturista, quando jogou o nome do Oxentenat numa briga, e depois quando foi preso. E agora com o NuBrasil ainda julga e joga com o nome das pessoas atacando-as dizendo estar "limpando" o Naturismo brasileiro.
Se o André dirigiu "sozinho" a Federação no ano de 2007, nota baixa para sua diretoria e associados..... Mas se o fez com a meta de tornar o naturismo Brasileiro mais conhecido e respeitado, parabéns a ele. O caso "Policia Naturista", que começou com uma brincadeira entre amigos e formou uma teia de intrigas e acusações dentro do naturismo organizado, começou como acabou, ou seja, na verdade de fato e direito inexistiu. O caso do afastamento do grupo Oxentenat foi um erro da diretoria da Federação, que contextei com severidade na época dos fatos. A Nubrasil é algo novo, foi montado em 2009, e estão acusando as pessoas, sem as devidas provas, o que considero errado. A Nubrasil não é filiada a Federação Brasileira de Naturismo, nem dela faz parte e não diz no seu site que pretende ser associada a FBrN. A livre declaração de ponto de vista, opinião e a liberdade de expressão, é devidamente acolhida na Constituição Brasilieira. Quem se julgar ofendido, pode utilizar da lei, processando quem de direito, exigindo sua retratação...... Se alguem "pedófilo" é "encontrado", como cidadão é dever denuncia-lo. Deve-se tomar o cuidado da denuncia vazia, ou faze-lo por perseguição, podendo igualmente ser processado o denunciante por uso irregular e sabedor de inocencia acusa-lo culpado.
O André agora tem brigas pessoais dentro do Naturismo, ainda precisa provar sua inocência naquele processo que ainda não terminou e que ainda respondem, estando em liberdade por liminar. Se ele quizesse, realmente, contribuir com o Naturismo brasileiro ele teria mesmo se afastado como ele nos escreveu quatro dias após ter sua liberdade condicional, dia 23 de janeiro de 2009. Leiam abaixo parte dos dois emails que ele enviou para uma pequena lista de 6 pessoas:
Toda pessoa é considerada INOCENTE até provas ao contrario. O deputado federal Paulo Salim Maluf responde por diversos processos na justiça publica de São paulo e federal, já foi preso e posteriomente solto, tem bens bloqueados, e exige-se a devolução da pequena quantia de R$ 300.000.000,00 aos cofres publicos. Foi eleito deputado por ser INOCENTE até provas ao contrario. Ser processado não significa ser CULPADO. O André Herdy não foi solto por liminar, e sim foi solto devido a justiça julgar que nada desabona sua liberdade, estando hoje respondendo em LIBERDADE ao processo, que inclusive tem erros grotescos desde a prisão até o processo em si. Em nenhum momento dentro do processo existe alguma prova de envolvimento com PEDOFILIA ou coisa similar, do casal Herdy e do casal Fritz. Nada encontrado nos computadores, CD´s e DVD´s conforme laudo da Policia Federal enviado pelo senador Eduardo Suplicy a minha pessoa, sobre o caso de Taquara-RS. O mesmo laudo é confirmado pelo FBI, tambem solicitado pela CPI da Pedofilia, enviado a Taquara, pelo pedido do senador Suplicy, que tambem não emitiu nenhum comunicado dizendo ter encontrado algo no processo que justifique tipificar alguem de pedófilo. Creio na inocencia do André Herdy e esposa e do Fritz e esposa no processo aberto, por integrantes da Colina do Sol. Realmente eu tambem iria mandar emails querendo me afastar de tudo que diz respeito ao naturismo, quando a associação que presido (Federação) se omite, fica mais de um ano sem manifestação nenhuma num processo que responde seu presidente, eleito em conformidade aos estatutos vigentes, considerado CULPADO sem a devida chance de defesa, ao contraditório, ferindo a constituição brasileira e a lei 9.096/95 que diz textualmente não ser possivel afastar qualquer associado sem o devido processo e dado a ele a "ampla defesa e ao contraditório".
Mas acredito que o André Herdy teve o dissernimento que o cargo exige, chamado para tomar as medidas necessárias de acordo com lei. Ele teve a ombridade e o carater de convocar a eleição, formar chapa, compor a nova diretoria.
Se alguem novamente acredita que deveria ser formada outra chapa que não aquela do edital de convocação, teve o prazo para registro, e teve na eleição oportunidade de apresentar naquele momento sua chapa ou qualquer documento que solicitasse impugnação de direito a qualquer cargo e pessoa. Não o fazendo, se omite quanto ao direito do associado, e deve em tese, declarar ciente e não desejar participar, mas não pode declarar que a reunião convocada dentro dos termos legais, e tempo estar sob suspeição. O que vale na lei, é os documentos registrados, e a ninguem repito é dado o direito de desconhecer a lei.
Infelizmente não pude apertar os ossos da Maria Luzia e do José Tannus na reunião do Pinho. Minha esposa adorou o local, e devemos lá retornar em meados do ano de 2010......, apesar do atendimento do resort.
De resto, acredito que tudo foi acertado, e o nova diretoria eleita, após o devido registro no cartório de Camburiu, deverá tomar as medidas que julgar necessária. Não é preciso "limpar o naturismo" mas é necessário o respeito a lei brasiliera, ao codigo de ética naturista, bem como o respeito ao cidadão. Se alguem dono de uma revista é autorizada a entregar passaporte naturista a todo aquele que assina sua revista, acredito que devemos sentar, e re-pensar a Federação......
Um forte abraço a todos. Naturalmente
Cesar Fleury
Carta: JORGE BANDEIRA: ESCLARECIMENTO URGENTE!
Estamos reproduzindo para facilitar a referencia e o entendimento dos argumentos e ponto de vistas apresentados.
De Maria Luzia
Para a Lista Naturismo Capixaba (http://groups.google.com.br/group/naturismo-capixaba/browse_thread/thread/90d4373ad49adcbc#
Data: Fri, 20 Nov 2009 10:52:23 -0200
ssunto: Fw: JORGE BANDEIRA: ESCLARECIMENTO URGENTE!
Infelizmente ou felizmente o pessoal acredita que não é necessário formalidades, que todo mundo "respeita" etc.... mas na realidade é muito diferente. O que vale é o que está registrado no cartório de registro da associação, que no caso é Camburiu... enfim acho que é necessário tentar legalizar a diretoria da federação. Tambem lembro de como foi feita a eleição do André, alçado a presidencia de maneira nada democrático. Mas a ata que dá a ele a presidencia, está registrada no cartório de camburiu...... aliaá a ultima ata registrada. Para vc ter ideia, até o estatuto da federação não está valido, somente o ultimo datado de 1988.....Além do mais, lembro que tentei sem sucesso mandar o André para o conselho de ética, quando ele atacou o pessoal do Oxentenat. Mas tudo foi colocado panos quentes"
Registrado no Cartório de Balneário Camboriú, 01 de Outubro de 2009:
No X CONGRENAT realizado na praia do Abricó em 2006 foi eleita a diretoria da FBrN da qual o Presidente eleito fui eu, André Ricardo Lisbôa Herdy, brasileiro, cirurgião dentista, nascido no estado do Rio de Janeiro em Novembro de 1972, como vice Presidente foi eleito o Sr. Elias Pereira, brasileiro, empresário e natural do estado de Minas Gerais, e para o cargo de 1ª Secretária a Sra. Kelli França Steffens, brasileira, autônoma, nascida no estado de Santa Catarina.
Segundo os Estatutos da FBrN temos o seguintes artigos:
Art. 9º § 2º _ A Assembléia Geral somente poderá deliberar sobre os assuntos constantes dos respectivos editais de convocação, não sendo válidas resoluções tomadas em contrário a este dispositivo.
Art. 12 _ A Assembléia Geral reunir-se-á, em caráter extraordinário, sempre que convocada, a ela competindo:
a) aprovar alterações neste estatuto e nas “Normas Éticas do Naturismo Brasileiro”;
b) aprovar indicações para Sócios Honorários;
c) destituir o Presidente ou o Vice-Presidente;
d) destituir membros do Conselho Maior.
§ 1° _ A convocação dar-se-á pelo Presidente, pelo Conselho Maior ou por um terçode seus sócios votantes;
§ 2° _ Para as deliberações referentes às alíneas “b” e “d” supra, é necessário quorum mínimo de metade mais um dos sócios votantes, deliberando com maioria simples;
§ 3° _ Para as deliberações referentes às alíneas “a” e “c” supra, é necessário quorum mínimo de três quartos de sócios votantes, deliberando por maioria simples, ou metade mais um, por unanimidade.
Art. 14 _ A Presidência é o órgão executivo da FBrN, composto pelo Presidente, Vice-Presidente e Diretorias que o Presidente julgar necessárias.
§ único _ Compete ao Presidente:
a) administrar a entidade, visando atender aos objetivos da FBrN, além de representá-la, judicial e extrajudicialmente, pessoalmente ou por intermédio de procurador legalmente constituído;
b) nomear, demitir ou suspender funcionários da Federação;
c) firmar, em nome da Federação, e quando devidamente autorizado pelos poderes competentes, contratos ou quaisquer documentos de responsabilidade;
d) executar, delegar ou deliberar sobre atos ou funções necessárias ao desempenho de suas atribuições, que não sejam da competência exclusiva da Assembléia Geral ou do Conselho Maior.
Art. 15 _ Ao Vice-Presidênte compete substituir o Presidente quando for, pelo próprio, solicitado ou pelo Conselho Maior em caso de vacância.
Art. 20 _ A FBrN realizará, anualmente, uma Convenção Nacional, aberta a todos interessados, dirigida pelo Presidente da entidade ou por pessoa por ele designada, oportunidade em que serão realizadas palestras e debates visando à definição da verdadeira filosofia naturista.
Considerando que no dia 11 de Dezembro de 2007 foi realizada uma Assembléia não convocada segundo o prévio aviso de 30 dias, onde não estiveram presentes fisicamente 30% dos associados à FBrN torna-se NULA tal reunião;
Considerando que todas as resoluções de reuniões seguintes também foram convocadas de forma irregular e realizadas de forma virtual (que não é prevista nos nossos estatutos) tornam-se NULAS também;
Tendo em vista que a ata onde supostamente fui substituído da presidência, quando um infortúnio me impediu de presidir a Entidade não foi registrada, tornando-a nula de direito, sou o Presidente de fato e de direito da Federação, e como tal não convoquei nenhuma Assembléia Geral e portanto o evento realizado no Mirante do Paraíso em Março de 2009 não pode ser considerado oficial torna-se esta auto-intitulada diretoria NULA;
Levando ainda em consideração que o evento realizado em Março de 2009 foi contrário ao Artigo 20 de nossos estatutos ao ser realizado de portas fechadas impedindo que interessados estivessem presentes, não sendo dirigida pelo Presidente da Entidade e nem pela pessoa por ele designado tornando-se portanto NULO.
Assim sendo venho por meio desta comunicar que nenhuma atividade realizada desde 11 de Dezembro de 2007 está validada, nenhum documento tem valor legal, nenhuma eleição tem aceitação pública e também que nenhuma atividade marcada para os próximos dias terá qualquer validade legal tendo em vista que não foi convocada pelo Presidente da FBrN, nem divulgada pela Secretária da FBrN.
Como primeiro Ato de caráter urgente suspendo em caráter emergencial todos os Passaportes Naturistas emitidos pelas entidades Brasil Naturista e Colina do Sol, sendo, portanto também indisponíveis os votos relativos a tais entidades até uma decisão final do Novo Conselho Maior após a Nova Eleição convocada por meio deste Comunicado Oficial. Esta decisão se dá em consonância com o Art 6º inciso B e Art 7º incisos B, D, E e F de nosso Estatuto. Esta decisão não é uma exclusão, apenas uma suspensão em caráter emergencial que dará livre direito ao contraditório e a defesa das entidades supracitadas quando da realização desta nova Assembléia Geral.
Cancelo então a Assembléia Geral marcada para a praia de Tambaba no próximo dia 2 e seguintes e convoco uma Assembléia Geral para ser realizada na sede da FBrN na Praia do Pinho em Balneário Camboriú, às 10:00 da manhã do dia 15 de Novembro de 2009 em primeira convocação ou as 10:30 em segunda e última convocação com qualquer número de presentes para novas eleições e deliberações sobre os seguintes temas:
1. Eleição Geral da FBrN: Cargos de Presidente, Vice-Presidente, Secretário, Conselho Maior e Conselho de Ética. Como Presidente da FBrN já apresento os seguintes nomes para compor a Chapa:
- José Antônio Tannús – Presidente
- Jorge Bandeira do Amaral – Vice-Presidente
- Tiago Tannús – Secretário
- Pedro Ricardo Ribeiro – Presidente do Conselho Maior
- Arnaldo Soares – Conselho Maior
- Miriam Lúcia Zorzella Di Dio– Conselho Maior
- João Carlos Lima de Souza– Conselho Maior
- José Mariano da Silva – Conselho Maior
- Valdir Ney Hardtke de Melo – Presidente do Conselho de Ética
- Cesar Fleury de Moraes – Conselho de Ética
- Carlos Sena – Conselho de Ética
3. Após a Eleição Geral e a Posse da nova diretoria, serão apresentadas à Nova Diretoria e ao Novo Conselho Maior bem como ao Novo Conselho de Ética todos os argumentos de acusação e de defesa relativos as duas entidades suspensas da FBrN – Brasil Naturista e Colina do Sol. Quando será definido então pelo Novo Conselho Maior, ouvindo a opinião do Novo Conselho de Ética, segundo as disposições do Art 13 § 4° inciso G sobre a exclusão em caráter definitivo destas duas entidades.
Está dado o prazo de 10 dias a contar da data de hoje para que qualquer outra chapa venha a se apresentar como candidata na eleição, respeitando o fato de não ser aceita candidaturas ou indicações de entidades suspensas da FBrN. Em 10 dias serão apresentados todas as Chapas inscritas não havendo mais nenhuma possibilidade de novos nomes serem apresentados após tal data.
Sem mais para o momento,
Despeço-me com as melhores saudações Naturistas
Dr. André Herdy
Presidente da FBrN