Celso Rossi: FBrN é "extinta"

A FBrN é "extinta", "a entidade perde sua personalidade jurídica", e qualquer ato seu é "nulo de pleno direto", diz Celso Rossi semana passada, por meio da sua advogada, Ana Maria Fruth Velly.

Foi isso a resposta do Celso Rossi ao ação da FBrN pleitando o domínio das terras comprados sob o nome do núcleo gaúcho da FBrN, e posteriormente transferido para a CNCS.

Já examinamos o assunto das terras da Colina uma vez aqui, na matéria "A quem pertencem as terras da Colina do Sol?"

Mas na minha visita mais recente a Taquara, RS, encontrei novidades surpreendentes no Fórum de Taquarar:

• Celso Rossi não está fugindo mais de oficiais de justiça;
• Celso pediu uma reunião de reconciliação no caso da Sucessão de Gilberto;
• Esta nas mãos do Ministério Público um pedido de fazer denúncia contra Celso Rossi, Paula Andreazza, os atuais diretores da CNCS e até as advogados destas;
• Celso respondeu a ação da FBrN atacando não somente a ação da Federação, mas a própria existência desta.

Para explicar as negócios do sr. Celso Rossi, um postagem não serve. Nem um livro daria. O gênero literário adequada para por às claras sua carreira empresarial talvez seria aquele chamado de "inquérito".

Quem quer acompanhar por perto o final da sua carreira pode accompanhar www.calunia.com.br. Aqui e agora, vamos só dár uma olhada rápida nestes novidades.

Não dá mais para fugir da Lei

Por que Celso desistiu de sua estratégia de sempre, a de não ser encontrado pela Justiça? É sua prática faz muitos anos. Houve até quem ache que ele morava anos num barco pois na hora que um oficial da Justiça chegava, o barco já estaria num outro ancoradouro. A família de Gilberto, deixada desamparada quando ele morreu sem registro em carteira, estava tentando citar Celso no caso durante muitos anos, sem sucesso. Um oficial de Fórum de Trabalho estava a sua procura quando Celso foi para o Congresso Naturista em Tambaba setembro passado, onde ele se apresentava para desavisados como o Fundador de Naturismo Brasileira.

Um possível motivo é que não dava mais: o advogado da FBrN, num petição ao juiz neste caso, alertou que havia uma esquema em que quem procurava Celso fosse parado num porteiro, enquanto ele foi avisado da aproximação da Lei. E o juiz mandou a oficial ou citar Celso, ou explicar porque era impossível, em 24 horas.

E não é somente neste caso. Ele já foi encontrado pelos fiscais da Prefeitura de Taquara, que vierem certificar que seu hotel cumprisse as mesmas regras que todas as outros empreendimentos do gênero.

Ou talvez ele resolveu enfrentar as conseqüências dos seus atos passados. De repente corajoso, ou finalmente encurralado? Não tendo nada a esconder, ou não tendo mais aonde? Nas próximas meses devemos saber qual é o dele.

Reconciliação tardia

Celso pediu uma reunião de reconciliação no caso da Sucessão de Gilberto. Foi marcado para 06/07/2009, as 10:10.

Houve outro reunião de reconciliação, em 24 de fevereiro de 2003. Naquele ocasião, Celso ofereceu, para compensar a morte de um pai de família, a quantia nababesca de R$1.700,00, e uma suposta débito de parte de uma "carreta agrícola". A ser tirado da depósito já feito para apelar, para que Celso não tivesse despesa ou inconveniência adicional.

A advogada da família, dra. Carmen, diz:

Que a proposta apresentada pelo Recorrente em muito se distancia da condenação obtida em 1o Grau. Ademais tenta compensar um débito comprovadamente inexistente.

Ademais existe a previsão de uma prestação continuada, fato que em se renunciando tal direto traria sérios prejuízos aos filhos menores de cujis.

Assim não há interesse na transação.

Este penúltimo frase explica a encrenca. O valor ganhou pela família do Gilberto, no ano passado, ficou no valor de uns R$75 mil. Mais honorários advocatários, não passe de R$100 mil. Mas também a família ganhou um pensão. E isso eleva o valor, estou informado, para uns R$400 mil.

Do que ouvi falar, a Dra. Carmen acha que o valor justo é de R$2 milhões. Que talvez também seja fora de razão - mas pelo menos não é uma ofensa.

O que é o plano agora? Tem um comentário anônimo no blog www.calunia.com.br que, se for verdade, revele o plano:

Já que de alguma forma vc tem dado enfase aos crimes de Celso Rossi, gostaria de nominar mais um. Apesar de todo o impacto processual em que tenho me empanhado o REI DA COLINA Celso Rossi e sua gang voltaram a atuar em grande e desavergonhada escala. Desta feita mandou seus capangas a residencia de minha cliente, ameaçando-a para força-la a um acordo vil, e mais que isso, quando ele já tinha requerido uma audiência de conciliação junto ao Juizo Trabalhista. Na verdade o Rei da Colina se sente acima do bem e do mal. Agora sabedor que a ele a Colina não mais pertence, depois de havê-la vendido e "doado" a várias pessoas agora tenta recompra-la por uma barganha. Afinal nada mais comodo para o Rei da Colina já que a doação foi anulada, e a falência em vias de revogação. somando-se ao processo criminal que ele e as advogadas serão alvos. Celso ataca novamente.

Obviamente, estou tentando confirmar isso; se for verdade, realmente é um caso de polícia. Normalmente dou pouco caso para comentários anônimos, mas o gangue da Colina fez as denúncias falsas contra Fritz e André; denúncias falsas contra Silvio Levy; alguém plantou uma bomba incendiária na casa da Barbara, dentro da Colina; tenho aqui várias boletins policias das ameaças armadas feitos pelo Tuca, "diretor de disciplina" da Colina; e alguém matou Wayne Harbour lá dentro. Ameaças de capangas estão em perfeito acordo com este modus operandi.

O livro das atas do FBrN

Dr. André Herdy foi preso, sob acusações falsos feitos por membros da Colina do Sol, menos de três semanas depois que uma reunião da FBrN em Praia do Pinho encarregou ele de resolver a situação das terras da Colina. Enquanto ele estava preso, sua casa foi invadido duas vezes por pessoas que não levaram valores, mas remexeram todos os papeis. A polícia voltou para a casa do Fritz, preso no mesmo episódio, para vascular de novo - e somente olharam os estantes.

O que procuravam com tanto insistência? A resposta mais óbvio é o livro das atas do FBrN, que mostra a quem pertence as terras da Colina. O conteúdo de um livro destes é publico, e deve estar registrado em cartório.

Alguém quer, e muito, que o conteúdo deste livro não seja conhecido ao público. Vamos, então publicar-lo. Aos poucos, é claro, pois é entediante transcrever manuscrito.

[fls 1]
Federação Brasileira de Naturismo
Ata de Fundação

Aos quinze de janeiro de um mil novecentos e oitenta e oito, reunidos no restaurante da Praia do Pinho, no município de Balneário Camboriú, Estado de Santa Catarina, os abaixo firmados resolveram fundar a Federação Brasileira de Naturismo - FBN.

A FBN será a entidade maior do naturismo brasileiro, a ela sendo filiadas todas as Associações Estaduais de Naturismo do Brasil, bem como, Clubes e Associações locais enquanto não dispuserem da respectiva Associação Estadual.

Ficou indicado a Presidência o Celso Luis Rossi, presidente da Associação Amigos da Praia do Pinho -- AAPP, a cujo encargo ficou determinado a elaboração do estatuto da FBN.

Ficou indicado a Vice-Presidência a Hans Frillmann , representante da International Naturist Federation - INF.

Eu, Celso Luis Rossi, lavrei a presente ata que será lida e, apos aprovada, assinada por quem de direto. (Rubrica)

(assinado) (assinado)

Presidente Vice-Presidente

[fls 2]

Federação Brasileira de Naturismo

Ata de Assembleia Geral Extraordinária número um

Aos dois dias do mês de maio do ano de um mil novecentos e oitenta e oito, à Rua Maria Beatriz Rotta, nº 54, Curitiba, Estado de Paraná, foi realizada a primeira Assembleia Geral Extraordinária da Federação Brasileira de Naturismo, a qual estivessem presentes: Celso Luis Rossi - Presidente, Hans Frillmann - Vice-Presidente, Carlos Roberto Leão, pela Associação Paulista de Natursmo - SP-Nat e Luis Carlos Prestes, pela Associação Paranaense de Natursmo - APAN. Na ocasião foi eleito o Conselho Maior, composto dos seguintes membros: Hans Frillmann, representante da International Naturist Federation - INF, Luis Carlos Prestes, presidente da APAN, Carlos Roberto Leão, presidente da SP-Nat e Celso Luis Rossi, presidente da Associação Amigos da Praia do Pinho -AAPP. Ficou decidido que a Taxa de ingresso de Associações Estaduais, locais ou clubes sem fins lucrativos, será composta por uma jóia no valor de dez OTN, mais a mensalidade, pago antecipadamente, na importância equivalente a 10% da sua arrecadação mensal. Clubes e Associações com fins lucrativos pagarão uma jóia de 30 OTN, além de mensalidade, paga antecipadamente, de 10 OTN. Os sócios Honorários e Individuais não serão sujeitos à contri-

[fls 2v]

buição social. Ficou aprovado a primeira alteração de estatuto, que será levado a registro pelo Presidente. A presente ata foi lavrada por mim, Luiz Carlos Prestes, e segue assinada por quem de direto.

Presidente FBN (assinado)
Presidente SP-Nat (assinado)
Presidente APAN (assinado)
Representante INF (assinado)
Leia-se em vez de Carlos Roberto Leão, Carlos Roberto de Paula Leão

Cartório do registro de Títulos e Documentos
Data da apresentação 19/07/1988 Número do protocolo 4773 Folhas 130 livro A-02
REGISTRO: Número de ordem 6536 Folhas 36 livro “B” 125
Balneário Camboriu – SC 19 de07 de 1988

-- CIC 248.751.049-87 --

É interessante este o primeiro ato do FB(r)N: resolverem quanto cobrar dos outros. E uma bolada mesmo: de todas as organizações naturistas sem fins lucrativos do País, dez por cento das suas rendas, sem resolver nada fazer em troco!

Vem à mente o velho provérbio: "Conforme se torce a vara, assim cresce a árvore."