O TEXTO ABAIXO FOI ESCRITO NO DIA 18/02/09, QUE EU IRIA POSTAR APÓS MINHA VIAGEM A SÃO PAULO. VENDO NA TV O DESFILE DAS ESCOLAS DE SAMBA DESTA CIDADE, A PRIMEIRA A ENTRAR NO SAMBÓDROMO QUE FOI ROSAS DE OURO COM O TÍTULO "FÁBRICA DE SONHOS", E LOGO DE INÍCIO ALGUMAS PESSOAS COM AS BANDEIRAS DE TODAS AS ESCOLAS DE SAMBA. SERIA UMA HOMENAGEM OU O SONHO DA UNIÃO? PROVAVELMENTE OS DOIS, AÍ RESOLVI DIVULGAR DAQUI MESMO ONDE ESTOU O TEXTO "DE VOLTA PARA O FUTURO", QUE ESPERO QUE SEJA ÚTIL PARA ALGUÉM.
ABRAÇO A TODOS.
EVANDRO TELLES
DE VOLTA PARA O FUTURO
Recordando o tempo da minha infância, lembro perfeitamente que existia uma Igreja Batista em frente à minha casa, nos alto falantes eram dados os seus sermões, os críticos também existiam na época, reclamando do volume do som, mas que na verdade era rixa que tinham entre crentes x católicos. Cada qual defendendo o seu lado, sempre um querendo sobrepor o outro nos argumentos religiosos. Quando começaram a aparecer os seguidores do Kardecismo, nossa, era o fim do mundo.
Com o passar do tempo, estas religiões passaram a aprender a conviverem e vemos que hoje existem excelentes trabalhos de solidariedade e caridades por parte de todas elas junto às comunidades em que atuam. As ofensas acabaram? Ainda não, de vez em quando surgem alguns agressores que em nada contribuem em termos espirituais, só serve para criar desentendimentos. Alguns casos são publicados pela imprensa de agressões ao menor por parte de alguns religiosos e nem por isso a religião perdeu o sentido maior de Amor e Caridade.
Da mesma forma tenho visto grupos naturistas fazendo críticas à Federação Brasileira e aos seus dirigentes e aqui faço uma observação importante: Naturismo não é a Federação e seus erros, quando os tem, não podem influenciar o objetivo maior do ser naturista.
Os mais importantes objetivos, julgo eu, estão nos campos social, psicológico e uma nova visão da nossa matéria, isto sim poderá mudar a história e criar uma geração mais espiritualizada.
Aprendi que quando eu aponto um dedo para outras pessoas, existem três apontados para mim, aprendi também que quando meu carro estiver atolado, eu sei que sairei dali colocando alguns paus em baixo da roda, irei empurrar um pouco, irei acelerar e depois de um bom tempo sairei. Mas se eu estiver com mais pessoas do meu lado, sairei muito mais rapidamente do buraco em que me encontro. Em outras palavras, FORÇAS NÃO SE MEDEM, SE UNEM.
Parece que o ser humano tem a tendência de colocar paredes, dividir, homens para um lado mulheres para o outro, religião x separada da religião y, políticos de esquerda x políticos de direita, e assim por diante. Os naturistas não devem criar divisões tais como naturistas, nudistas ou peladista. É uma divisão de um grupo já minoritário pela dificuldade que as pessoas tem de assimilar e aceitar como um estilo de vida harmonioso com a natureza, e mesmo porque já foi amplamente e muito bem exposto por Paulo Pereira em seu livro Corpos Nus e em seu artigo publicado no jornal olho nu em dezembro/2003 que nudistas e naturistas são sinônimos. Não há motivos para separar quando se tem muito para realizar, tipo palestras para universitários, conscientização da família para os benefícios da nudez, informações através da mídia do que pode representar o naturismo na vida das pessoas,etc. Cada proposta com o seu grau de dificuldade que, separados em seus argumentos, irá dificultar muito o desenvolvimento e a compreensão pelos não praticantes e também existirá a possibilidade da saída de pessoas que muito poderiam contribuir para o Naturismo.
Se seguirmos neste raciocínio e nos voltarmos para o futuro veremos que o naturismo pode contribuir muito para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos indivíduos, para o respeito das nossas diferenças, e se quisermos transformar o mundo, temos que iniciar por nós mesmos.
“SE QUER TRANSFORMAR O MUNDO, MEXA PRIMEIRO EM SEU INTERIOR” (Dalai Lama).
Tem que existir um esforço de superar as diferenças em benefício das novas gerações, é olhar para o futuro superando o passado e melhorando o presente. É voltar para o futuro e ver que o que foi feito no presente foi o que de melhor nós tínhamos para dar. Não se perde tempo em querer que todos pensem de formas idênticas, isto é utopia.
De volta para o futuro é ter condições de exigir das gerações futuras o que fomos capazes de dar no presente, que é o respeito pelas nossas diferenças e por todos os seres viventes neste planeta.
Evandro Telles
18/02/09
Passando dos limites?
Há 4 dias
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