Fevereiro em chamas
As dolorosas consequências dos efeitos do aquecimento global são um fato irrefutável somente negado pelos imbecis e por grandes corporações capitalistas que estão pouco se importando com a alta das temperaturas, mas que são capazes de produzir guerras quando o assunto é a queda nos lucros.
Mesmo que isso cause a destruição do planeta, o capitalismo em sua essência é movido por sentimentos gananciosos, adjetivo que costuma causar cegueira entre os homens. Os fracassos das Conferências Climáticas de Genebra e Copenhague estão ai para provar a que ponto chega a insanidade humana.
Em nosso país o fato é que o mês de Fevereiro já está batendo recordes na média histórica de chuvas no sul e calor no centro-oeste, sendo antecipadamente considerado o mais quente dos últimos seis anos. Se as previsões se concretizarem o futuro nos aguarda em forma de secas prolongadas e chuvas torrenciais. Esse novo quadro climático mundial está já há algum tempo produzindo um novo fenômeno de migrações em forma de hordas de miseráveis que não tem mais em sua terra natal a possibilidade de sustentar suas famílias. O surgimento do refugiado climático é a nova mazela que bate as portas do mundo atual. Algo importante a se pensar é que todo migrante sonha poder um dia voltar a sua terra, mas esses refugiados climáticos terão obrigatóriamente que se adaptar a uma nova realidade, porque não existirá mais condições sobrevivência em seu próprio país de origem.
Esse fenômeno já está sendo presenciado no Brasil pelas vítimas das enchentes em Santa Catarina, Maranhão e São Paulo onde em alguns locais inundados simplesmente a água não evadiu mais. Especialistas da ONU estimam que de 200 a 250 milhões de pessoas serão forçadas a sair de suas terras até o meio do século.
Está em nossas mãos o futuro do planeta. Pequenas atitudes podem efetivamente ajudar. Acredito que não seja necessário dizer quais são.
Laércio Júlio da Silva é diretor da Federação Brasileira de Naturismo (FBrN) e presidente da Associação Goiana de Naturismo, o Goiasnat.
Um comentário:
Parar de comer carne, ou seja, parar com os "deliciosos" churrascos já ajuda muito.
Estamos errando com os animais, assim como já erramos com os negros, judeus e mulheres.
E com os animais as conseqüências ambientais são mais dramáticas, que abarcam o desmatamento da amazônia.
Comendo-os, torturando-os em laboratórios, se divertindo com seu sofrimento (zoo, rodeios, circos), vestindo suas peles, não ganhamos nada.
Documentários interessantes:
Mais político: http://www.youtube.com/watch?v=EheDz4UvoEg&feature=player_embedded#
Um de imagens fortes (se não suportar, sugiro que veja a introdução): http://video.google.com/videoplay?docid=6361872964130308142#
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