Ao ler o texto PASSAPORTE NATURISTA USO OBRIGATÓRIO de André Luiz Campos, o grande Roberto Soares, um dos responsáveis pela criação da praia de Massarandupió, fez o comentário abaixo. Roberto Soares deu seu sangue "literalmente" pelo Naturismo e foi hospitalizado por uma invasão violenta de têxteis em Massarandupió há 10 anos. Os invasores bateram, mas saíram perdendo na justiça e na opinião pública.
Chamo a atenção para o fato de que se algum clube privado naturista exigir a apresentação de "passaporte naturista" para admissão estará dentro de seu direito; mas em praias e outros locais públicos onde haja a prática da nudez social não se pode exigir coisa alguma de ninguém para estar presente, a não ser o cumprimento dos códigos civil e penal brasileiros, ou seja, não cometer nenhum delito ou crime. Ser ou estar solteiro, assim como não portar tal "passaporte", não podem ser motivos de exclusão. Nem mesmo poderia tecnicamente ser exigida a nudez dos presentes, uma vez que o texto da Lei Gabeira não foi sancionado, mas como estar vestido num local onde o uso e costume é estar nu poderia constituir forma de constrangimento aos demais, tornando-se um atentado ao pudor, pode-se recomendar e pedir a colaboração do visitante neste sentido.
Não há o que discutir, é a lei e se gostamos de viver numa democracia, respeitando a ética, devemos segui-la.
Espero que neste verão ninguém venha me exigir tal "passaporte" em praia alguma, nem excluir-me por estar sozinho, pois assim como defendi até com meu sangue o naturismo no Brasil, iria sem dó aos tribunais exigir meus direitos de cidadão.
Naturalmente,
Roberto Soares
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