Acho pertinente debater essa questão porque, como eu disse em e-mail anterior, comentando o texto da Florência, seria interessante entendermos o motivo do baixo interesse da mulher pelo naturismo.
Antes de acrescentar mais alguns pontos de vista sobre o tema, talvez o faça num outro momento, gostaria de comentar sobre a pertinente leitura que o senhor Delmonte fez a respeito do meu comentário sobre o texto da Florência. Só para esclarecer, o primeiro parágrafo do meu texto anterior é uma interpretação que eu faço do texto da autora Florência, que espero tê-lo interpretado corretamente. No primeiro parágrafo eu não concordo e nem discordo de nada, eu não apresento minha opinião. Minha opinião aparece a partir do segundo parágrafo.
Bem, mas vamos lá. Acho extremamente válido que o autor disse, acho legal que exemplos sejam trazidos à tona para ilustrar pontos de vistas, mas talvez eu tenha deixado de acrescentar uma ou outra palavra no texto que fizesse com esse fosse lido como um texto que tem a solução para os problemas da baixa freqüência de mulheres em eventos naturistas. Jamais apresentaria a fórmula para resolver o problema, jamais apresentaria a solução para esse problema até porque sou mulher e estou tentando entender esse fenômeno.
Ao comentar o texto da Florência sobre a mulher estar engatinhando, quando se trata de representatividade e poder na sociedade, eu disse que a mulher está engatinhando sim, mas que tem nas mãos o poder para mudar isso; pois a mulher tem a chance de estar mais tempo com as crianças. Logo, ela poderia ajudar essas crianças, tratando-as como pessoas de modo a lhes mostrar que homens e mulheres são diferentes em suas estruturas físicas, mentais, fisiológicas, que sejam; mas que devem ser respeitadas e tratadas sempre como seres humanos, para que valores culturais limitadores e inúteis não venham reduzir a ação dessas pessoas na sociedade a ponto de elas deixarem de fazer coisas simples (e benéficas pra elas) por medo ou preconceito bobo.
Nesse sentido, falei de modo geral, mas mencionei mais a questão da mulher; dei exemplos sobre brincadeiras e modos como as mulheres são tratadas desde pequenas que poderiam interferir negativamente na questão da presença da mulher no naturismo. Também abordei a questão da pouca reflexão sobre a educação que as mulheres repassam às pequenas, pois se elas querem mudar e ficam repetindo ações que reprovam, fica difícil mudar algo. E sugeri ações para começar a mudar isso, não que não existam milhares de mulheres revendo e agindo de maneira mais flexível para alterar esse cenário. Eu sei que os homens sofrem tanto quanto as mulheres nesse sentido. No entanto, como o texto da Florência tratava de questões ligadas à mulher, e eu parti do texto dela para traçar comentários, , tentei delimitar meu comentário, falando da mulher e não dos homens.
Ariana Boss
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