quinta-feira, 30 de julho de 2009

NATURALIDADE DA VIDA

NATURALIDADE DA VIDA

Por que não desfrutar da naturalidade da vida?

Quando fazemos algo para não sermos criticados ou para que não dêem risada da gente, isto é artificial. O que é natural? É algo que não é criado pelo homem e sim pela própria vida. O ser humano quando altera o que há de natural, sempre provoca distorções, principalmente a si próprio.
Em nossas vidas não deveriam existir artificialidades. Deveríamos ser nós mesmos, indescritíveis e não conceitualizados. Poderíamos estar vivendo com a naturalidade de nossos corpos sem as aberrações de mentes doentias que só conseguem enxergar o sexo como se só isso fosse constituída a nossa matéria.
Esta doença mental ocorre numa grande parte de nossa sociedade educada em valores medíocres que impedem o indivíduo de se libertar das artificialidades. Este comportamento provoca angústia, ansiedade e medo. Causadores de muitos males físicos.
Vencer os desafios de viver sem roupas é uma das formas que existe para que se possa ter a consciência da unificação entre eu e natureza, como se fôssemos únicos e que realmente somos. É o encontro desta unificação sem artifícios que nos faz melhor, sem prepotência, arrogância, preconceitos. É o encontro da igualdade nas nossas diferenças, porque afinal, apesar de sermos indivíduos únicos, ainda assim, a essência é a mesma.
É vivendo na simplicidade e na pureza de nossas mentes que se pode encontrar a naturalidade da vida, e esta naturalidade somente é obtida através do respeito para com as pessoas e com a natureza, pois cria uma atmosfera melhor; RESPEITO AJUDA A CRIAR PAZ NO MUNDO como disse Sensei Gyomay Kubose em “O Centro Dentro de Nós”.
Numa palestra no interior de São Paulo, Joseane nos diz: “Naturismo pra mim é Vida, é Nudez permitida, é movimento sustentável”. Já que é vida, naturismo não se pratica, se vivencia através do pensamento naturalmente natural, e não há porque ser diferente. As agressões que partem dos “vestidos” são cheios de argumentos que a vida não sustenta, são artificiais e apoiados numa falsa moralidade existente nas mentes doentias e contrárias ao que é natural.
Não há nada mais decadente do que a pessoa que nega a vida, o nosso corpo deve ser visto de forma holística e não se tenta separar o indivisível, são artifícios maliciosos e nocivos à saúde, ocasionando muitas das vezes a doença do século: O estresse.
Alguns jogos de palavras maliciosas existentes principalmente entre os homens do tipo “você quer que coloque na sua ou na dele?” pode significar colocar na gaveta, na prateleira, na sua conta corrente, enfim variados significados. São somente para demonstrar o nosso rico português e são brincadeiras sem nenhum propósito, não há nada de errado nisso, devemos brincar sempre com o nosso corpo agindo como crianças e vivendo com alegria. Buscar motivos para rir faz bem para a saúde e se estamos nesta dimensão é porque existe a sexualidade humana. Tudo muito natural.
Viver com naturalidade é estarmos conscientes da vida como ela se apresenta. A água que corre em seu leito segue naturalmente sem nenhum esforço. Assim é viver naturalmente, é deixar a vida se manifestar, fazendo de nós simples observadores agraciados com presença Divina em todas as coisas e em todos os seres. Quem sabe ainda veremos um Naturista ganhando o prêmio Nobel da Paz?

Evandro Telles
30/07/2009

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A empresa nua por Laércio Júlio da Silva

Publicado no Jornal "Diário da Manhã"




Recentemente as emissoras de TV mostraram uma empresa que resolveu aplicar uma terapia inusitada para os padrões da sociedade vestida. Passou uma sexta-feira trabalhando nua. Além de uma grande jogada de marketing para o consultor e a empresa, já que ambos viraram notícia mundial, e com certeza irão alavancar a rentabilidade da empresa peladona, a experiência encerra grandes conjeturas. O “evento”, batizado de “Naked Friday” (Sexta-feira Nua), que substituiu o uso de roupas às sextas-feiras, agora se transformou em um programa de TV com sucesso garantido dada a repercussão do fato, enchendo a carteira de clientes do consultor Davis Taylor, autor da ação.


O que importa para nós naturistas não é o fato sensacionalista, mas uma análise crua, ou se preferir nua, das relações humanas no trabalho e a desmistificação da nudez. A ideia do agora famoso psicólogo David Taylor pretende melhorar a relação entre funcionários provocando uma onda de desinibições em que as pessoas poderiam falar mais abertamente sobre sua relação com a empresa e os colegas de trabalho gerando melhor entrosamento e consequentemente melhorar o desempenho da empresa. Segundo o testemunho da gerente de equipe que trabalhou totalmente nua durante o expediente: “Foi sensacional. Agora que nós já sabemos como parecemos sem roupa, não há mais barreiras entre nós. Não houve qualquer pressão. Quem quisesse, poderia trabalhar de roupas normais ou de roupa de baixo. Mas eu amo meu corpo e não fiquei com vergonha. Somos todos lindos, não importa se somos magros ou gordos. Nós descobrimos que era muito mais fácil falarmos abertamente uns com os outros – e isso continuou mesmo depois do experimento. A companhia melhorou muito”, disse Sam, que afirma ter esquecido que estava nua depois que se acostumou com a situação de autoconhecimento (fonte: Portal Terra).


Em 2007, um marceneiro americano ganhou na Justiça o direito de trabalhar nu. A corte do condado de Alameda, no Estado da Califórnia, declarou que Percy Honniball pode continuar a trabalhar como veio ao mundo. O marceneiro disse que gosta de trabalhar nu porque é mais confortável e ajuda a manter suas roupas limpas. Honniball enfrentou dois processos em 2003 após ser pego três vezes trabalhando nu em Berkeley, que proíbe nudez em público.


Uma pesquisa do portal Trend Hunter avaliou que 1 a cada 8 homens que trabalham em casa, trabalha sem roupa alguma. Entre mulheres a taxa é de 1 a cada 14.


Ainda no mundo do trabalho existe uma campanha mundial liderada por ambientalistas no sentido de se trabalhar com menos roupa, principalmente terno e gravata. O objetivo seria economizar no dispendioso uso do ar-condicionado. Aqui a medida se aplicaria com sucesso, já que na qualidade de país culturalmente neocolonizado, o Brasil tropical e quente utiliza as mesmas roupas usadas no hemisfério norte de clima bem mais frio sem qualquer necessidade prática e somente por valores estéticos. Bastaria usar roupas mais leves e adaptadas à temperatura ambiente.


O naturismo ou nudismo provoca relações mais abertas e fraternas compatíveis com o bom andamento de uma empresa que necessita de profissionais criativos e com abertura para inovações em um mercado cada vez mais competitivo, nesse sentido o experimento não é novidade para os frequentadores desse estilo de vida.


Entretanto, apesar de estarmos em um país que constitucionalmente assegura a liberdade individual, mesmo com o consentimento de todos, no Brasil a empresa correria o risco de ver aberto vários processos por assédio moral e constrangimento enquanto a legislação brasileira não desmistificar a prática da nudez. Afirma o consultor Max Gheringer: “Eu não acredito que nós vamos encontrar em empresas brasileiras grupos dispostos a tirar a roupa só para descontrair o ambiente” (fonte: Portal G1). Todavia, eu pessoalmente não duvidaria nem apostaria nisso!


Laércio Júlio da Silva é diretor da Federação Brasileira de Naturismo (FBrN) e presidente da Associação Goiana de Naturismo, o Goiasnat (www.goiasnat.com.br)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Saúde física e mental no naturismo

15/07/2009 por Laércio Júlio da Silva


A prática do naturismo proporciona várias experiências pessoais dificilmente relatadas por escrito. Como para cada um existe uma forma de encarar o mundo, também no naturismo as pessoas vivenciam diferentemente cada momento de vida proporcionado pela nudez social.

O primeiro sentimento é o profundo sentido de liberdade em estar em contato direto com a natureza, aguçando experiências como o inigualável prazer em sentir o vento batendo em todo o corpo e o contato direto dos raios de sol. A nudez acarreta autoestima corporal e psíquica, sendo uma terapia para a depressão e outros males da alma. A melhora pode ser constatada no testemunho de frequentadores que mudaram sua vida com a partir da prática do naturismo.

A segunda particularidade é escancarar a vida para uma relação social mais fraterna, livrando-se de rótulos e armadilhas da sociedade moderna que aprisionam a alma na hipocrisia dos homens. Deixar sua patente, classe social ou título em casa ou no carro faz com que a vida seja mais leve e objetiva. A nudez proporciona uma ação direta sobre a mente, resgatando valores adormecidos de igualdade perante cada ser vivo e sua relação com o cosmos.

A terceira constatação é física. A prática do naturismo revitaliza e aumenta a resistência do corpo a doenças. A nudez induz a proteção de intempéries que o corpo havia já se desacostumado. Cobrir e abafar as partes íntimas é o principal motivo causador de doenças na pele pela falta de exposição aos raios solares. Microorganismos proliferam rapidamente nos pés e orgãos genitais causando doenças que se originam pela falta de oxigenação.

Assim como a exposição excessiva ao sol pode causar o câncer de pele, uma outra variedade da doença talvez mais devastadora, se manifesta objetivamente pela falta de ação dos raios solares. Especialistas sempre alertaram as pessoas a se proteger do sol para evitar o câncer de pele. Uma carta publicada pela revista científica British Medical Journal afirma que esse conselho não deve ser levado ao extremo. O professor Cedric Garland, da Universidade da Califórnia, afirma que a falta de sol reduz os níveis de vitamina D no organismo, o que aumentaria os riscos de desenvolver câncer, entre eles, o de mama e o de próstata (fonte: "BBC on-line").

Não há estatísticas, mas posso afirmar que a maioria da população brasileira é nudista pelo simples fato de as pessoas cultivarem o hábito de estar parte do tempo nuas dentro de suas casas. É o que se constata conversando com simpatizantes do naturismo que justificam assim sua opção. Explicando melhor: não é extremamente agradável depois de um dia de trabalho exaustivo, tomar um banho e tirar a roupa em uma espécie de terapia de descanso e liberdade?

A diferença no naturismo é que fazemos isso socialmente com total respeito ao próximo e ao meio ambiente em paz e fraternidade entre homens e mulheres vivendo nossa utopia possível, exatamente como viemos ao mundo e como também um dia vamos deixá-lo.


Laércio Júlio da Silva é diretor da Federação Brasileira de Naturismo (FBrN) e presidente da Associação Goiana de Naturismo – Goiasnat

www.goiasnat.com.br


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Um novo paradigma ambiental

Por Laércio Júlio da Silva

09/07/2009


Há aproximadamente três anos, James Lovelock lançou um livro intitulado A vingança de Gaia que se transformaria na sequência de previsões catastróficas do autor para o mundo em que vivemos. Mentor intelectual da Teoria de Gaia que afirma que a Terra é um sistema vivo capaz de gerar, manter e regular suas próprias condições ambientais, o cientista prevê que já passamos literalmente da hora. A humanidade, como a conhecemos hoje, está entrando em uma nova era irreversível de mudanças principalmente na biosfera, consequência direta da interferência do homem na natureza. Segundo Lovelock, o que estamos assistindo atualmente em termos de mudanças climáticas já está se traduzindo no surgimento de um novo tipo de refugiado que não é nem político e nem motivado por conflitos armados, mas um ser humano errante, consequência principalmente da desertificação, à procura de novas terras que lhe propiciem sobrevivência.

Sem alarmismo, é lamentável que todos os esforços perpetrados no sentido da proteção e preservação do meio ambiente foram até agora em vão. Nunca se destruiu tanto e em tão pouco tempo. Nos últimos 50 anos o ser humano tem conseguido mudar o meio ambiente para pior, apesar de todas as campanhas preservacionistas.

Qual seria então a solução?

A resposta está na mudança do ser humano em relação ao seu papel no universo. O surgimento de uma consciência pessoal inexoravelmente bela, capaz de ceder lugar a um novo paradigma ambiental. O naturismo tem proporcionado experiências individuais no sentido de mudar o homem em sua essência. O contato direto com a natureza proporciona a sensibilização necessária para a harmonia com a criação. A reabilitação dos sentidos faz com que homens e mulheres, através da nudez social, se sintam em contato direto com Gaia (Deusa Grega que significa o elemento Terra).

Somente a nudez social pela prática do naturismo transforma as pessoas, resgatando as suas origens como filhos da mãe natureza. Essa reaproximação do homem não significa que devemos voltar à vivência dos homens das cavernas. Como exemplo, em relação ao uso da boa tecnologia, o quanto sem tem poupado em papel e outros recursos naturais com advento de arquivos informatizados? Quantas árvores deixaram de ser mortas? E as novas descobertas em substituição à queima de combustíveis fósseis? Com certeza, é esse o tipo de tecnologia científica que queremos focada no conjunto da humanidade. Humanidade que poderá reacender a vivência natural e salvar Gaia para nossos filhos e netos.

O naturismo proporciona uma experiência ímpar de contato com a natureza. Essa relação é fundamental para que o homem não se destrua e não acabe definitivamente com o "Jardim do Éden".

Somos feitos de todos os elementos presentes no universo. Nossa constituição física e química é a mesma de qualquer ser vivo. Somos parte do cosmos, portanto no presente momento incoerentemente praticando o suicídio diário, desfigurando o nosso próprio habitat.

Esperamos chegar ao entendimento proporcionado pela prática do naturismo ao reconhecer que somos parte fundamental da "Arca de Noé" que salvará o mundo. Nesse dia obviamente não se fará mais necessário campanhas e esclarecimentos, porque as pessoas terão ouvido o recado gritado vindo do seu próprio interior.


Laércio Júlio da Silva é diretor da Federação Brasileira de Naturismo (FBrN) e presidente da Associação Goiana de Naturismo, o Goiasnat (www.goiasnat.com.br)


"Não ande na minha frente, eu posso não te seguir. Não ande atrás de mim, pode ser que eu não te guie. Caminhe junto a mim e seja meu amigo." Albert Camus

sábado, 4 de julho de 2009

Naturismo: qual o tamanho da sua curiosidade?

Por Laércio Júlio da Silva

04/07/2009

Sabemos que existe muita curiosidade sobre o nosso modo ou estilo de vida. Por definição clássica, a curiosidade é a capacidade natural e inata de questionamento, evidentemente presente na observação de muitas espécies animais e inerente à espécie humana. Portanto, com o que mais nos deparamos no movimento naturista é a curiosidade das pessoas que vivem na sociedade "têxtil". Portanto, qual o tamanho da sua curiosidade?

"Um nudista é uma pessoa que acredita que a indumentária não é necessária à moralidade do corpo humano. Não concebe que o corpo humano tenha partes indecentes que se precisem esconder." Já dizia Luz Del Fuego (1917-1967), madrinha do naturismo brasileiro.

Nesse pequeno artigo vamos tentar responder as perguntas mais frequentes. O naturismo é uma forma de vida que se propõe a aproximar a humanidade moderna, frequentemente apartada do meio ambiente, aos valores naturais abandonados ao longo dos séculos em benefício de um propagado progresso. Diante desse paradigma dominador, a natureza seria um inimigo a ser transposto e dominado pelos avanços tecnológicos, e o principal beneficiário disso seria todo o conjunto da humanidade.

Ao não se sentir parte dela, o homem tem justificado crimes ambientais até os dias de hoje com o intuito de extrair da natureza o máximo que ela possa dar sem se preocupar com o esgotamento desses recursos e as futuras gerações, simplesmente por se achar superior às outras espécies vivas. Não somos contra a tecnologia, apenas observamos que muitas das neuroses e estigmas existentes na sociedade são fruto do distanciamento de um meio ambiente mais saudável.

Passando por vários períodos, o movimento naturista mundial chegou à sua maturidade ideológica em 1974, no congresso da Federação Internacional de Naturismo (INF-FNI), com a definição: "Naturismo é um modo de vida em harmonia com a natureza, caracterizado pela prática da nudez social, que tem por intenção encorajar o autorrespeito, o respeito pelo próximo e o cuidado com o meio ambiente." Aqui está a principal polêmica: somos nudistas. Nós, que nos intitulamos naturistas, nos utilizamos da nudez como elo de ligação entre o homem e a natureza e somos contra a instrumentalização da nudez pela sociedade de consumo. À luz desta definição, o Código de Ética Naturista, seguido pelas afiliadas à Federação Brasileira de Naturismo (FBrN), em seu primeiro artigo proíbe terminantemente o " comportamento sexualmente ostensivo e/ou praticar atos de caráter sexual ou obscenos nas áreas públicas". Para os menos avisados vale a pena ressaltar que não temos nenhuma relação com sexo e objetivamente combatemos toda a forma de exploração do mesmo. Os naturistas não enxergam a nudez sobre o ponto de vista de normas estéticas, ou seja, não objetivamos traçar valores sobre os corpos nus. Somos todos iguais na nudez, naturalmente imperfeitos e diferentes e por isso mesmo bonitos e originais! Os valores sociais e matériais são deixados fora do espaço naturista e a partir daí a pessoa entra em um campo livre de imposições individuais que sufocam o ser humano. A prática do naturismo proporciona saúde física e mental. É um movimento solidamente constituído, principalmente na Europa, onde alcançou sua maior popularidade também em seu viés turístico. Em terras brasileiras, a Federação Brasileira de Naturismo (FBrN) possui hoje 30 entidades filiadas, sendo 19 associações, entre elas a Associação Goiana de Naturismo, o Goiasnat, três comunidades naturistas (Associação Amigos da Praia do Pinho em Santa Catarina, Colina do Sol no Rio Grande do Sul e a Comunidade Naturista Encanto de Minas), cinco pousadas e recantos (Mirante do Paraíso, Complexo Praia do Pinho, Recanto Paraíso, Rincão e o Centro Ecológico Hélio Marinho Jurubá).

No litoral existem oito praias oficiais em que a prática do naturismo é regulamentada por decreto municipal, haja vista que o reconhecimento de um fato já existente, conhecido como Lei do Naturismo ou Lei Gabeira, está em fase final de aprovação, esperando a qualquer momento entrar em pauta no Senado Federal. A maioria destas praias tem uma ou mais associações que "administram" o local, orientando os turistas sobre práticas ambientais de preservação e cuidado com o meio ambiente.

Para se manterem filiadas à FBrN, todas são obrigadas a seguir o Código de Ética Naturista e zelar pela segurança dos turistas.

Como testemunha, um morador do Clube Naturista Colina do Sol: "Se você curte a natureza, em plena liberdade, e a vida ao ar livre de maneira saudável, sem malícia ou preconceitos, então o naturismo é a sua opção ideal."

Em Goiás nos reunimos na Chácara Paraíso Goiasnat, localizada no município de Bela Vista, à 40 km de Goiânia. Lá praticamos esporte, realizamos palestras, confraternizações e estamos sempre abertos a novos adeptos. Formamos uma comunidade que se reúne também em casa de amigos e parentes em espírito de amizade e companheirismo.

O naturismo constitui-se em uma grande união de povos, desfrutando de uma vida familiar saudável, em estreita comunhão com a natureza e distante das mazelas da sociedade atual.

Laércio Júlio da Silva é diretor da Federação Brasileira de Naturismo (FBrN) e presidente da Associação Goiana de Naturismo, o Goiasnat (www.goiasnat.com.br)



Laércio Júlio da Silva

"Não ande na minha frente, eu posso não te seguir. Não ande atrás de mim, pode ser que eu não te guie. Caminhe junto a mim e seja meu amigo." Albert Camus

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Lendas urbanas de um trevo de quatro folhas


Faz muito tempo recebi um email com uma cópia de uma ata de uma reunião do Paulinat que, por várias razões, nunca foi registrada em cartório. Nossa quem me enviou essa ata? Já nem me lembro mais!!! Estava organizando meus arquivos e me deparei com ela. Existiu muito zum-zum-zum na época. Como conseqüência, se não estou enganado, dos 7 membros da diretoria original apenas a presidência e mais um membro permanecem. Várias pessoas saíram do grupo. Apesar desse percalço, o grupo continua organizado e com vários eventos muito bem realizados. Continuam ativos e atuantes.

Outra característica desde seus primórdios é a censura ou moderação de mensagens e textos tanto no grupo virtual no Yahoo quanto no Orkut. Claro, naturismo é lazer, descanso, um momento de esfriar a cabeça e essas notícias e mensagens, com coisas ruins, só perturbam e geram confusão e brigas. Evita-se assim esse problema. Quem está lá está para curtir e viver um momento de harmonia; quem quer se preocupar com gastos, balancetes, discussões, análise filosóficas? Ora bolas o naturismo é para ser vivenciado, não é mesmo?

Agora, passado o tempo, publico como uma memória dos conflitos que já ocorrem no naturismo. Não somos perfeitos, somos humanos, e espero que possamos aprender com os erros e acertos do passado, aprender com o trabalho desse grupo e como diz a FBrN que é um dos únicos grupos "corretos com a documentação".



ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DA ASSOCIAÇÃO DOS


NATURISTAS PAULISTANOS – PAULINAT




Na noite do dia 06 de outubro de 2008, às 19h00, teve início a reunião ordinária do grupo Paulinat, na Praça de Alimentação do Shopping Frei Caneca, bairro da Consolação, em São Paulo, com a presença dos seguintes membros da Diretoria: Claudia Alexandra Ferreira (presidente), Douglas Abril Herrera (vice-presidente), Ylton Amaral (2º secretário), Piero Amalfi Conte (1º conselheiro), Ricardo Gomes da Silva (3º conselheiro) e Arlindo Moreno (2º conselheiro).


Após a prestação de contas do evento de Mairiporã pelo Sr. Arlindo Morenos, Piero Amalfi Conte pediu a palavra para demonstrar seu descontentamento quanto à falta de comunicação prévia dos gastos à Diretoria. Seguiu-se uma discussão entre a presidente Claudia Alexandra Ferreira, Piero Amalfi e Arlindo Moreno. Para tentar se chegar a um entendimento, Ylton Amaral sugeriu, então, que houvesse um limite para os gastos sem autorização prévia da Diretoria, no que foi contestado pela presidente que insistiu em querer ter autonomia sobre a decisão de compras. Com a falta de consenso entre as partes sobre o assunto, a presidente decidiu, então, apresentar, naquele momento, sua renúncia ao cargo, alegando divergências administrativas. Ricardo Gomes da Silva também decidiu abrir mão do seu cargo de conselheiro. Em caráter irrevogável, ambas as denúncias, foram aceitas pelos demais membros da Diretoria do Grupo Paulinat. Neste ato, em virtude da renúncia da presidente, a diretoria nomeou para ocupar o cargo de Presidente interino o atual vice–presidente Douglas Abril Herrera, que aceitou, passando a acumular assim as duas funções. Cláudia Alexandra Ferreira comprometeu-se a entregar ao seu substituto interino na presidência, o então vice-presidente, Douglas Abril Herrera, e ao conselheiro Piero Amalfi Conte, todos os documentos referentes ao Grupo, bem como providenciar a sua saída da administração do grupo de discussão Paulinat no Yahoo Groups. Tais medidas serão tomadas imediatamente, com o prazo Maximo de 3 (três ) dias a contar desta data. Em virtude da renúncia, o endereço da sede provisória do Grupo Paulinat passa a ser a Rua Costa Rego, 38-D – Vila Guilhermina – São Paulo – SP, CEP 03542-030. Os membros da Diretoria deliberaram, por fim, que Claudia Alexandra Ferreira, a partir da assinatura da presente ata, não mais poderá falar em nome do Grupo Paulinat, nem usá-lo para quaisquer finalidades, incluindo seu logotipo e nome de registro.(Paulinat.org).

Outro assunto abordado na reunião foi a situação do 1º secretário, Augusto Antônio Braz, que há meses não comparece às reuniões da Diretoria. Segundo Claudia Alexandra Ferreira, Augusto Antonio Braz teria lhe pedido que transmitisse ao grupo sua decisão de abrir mão do seu cargo, alegando questões particulares. Diante do fato, aceitando a informação como verdadeira, a Diretoria decidiu acatar a decisão nomeando Ylton Amaral como substituto.

Sem mais qualquer assunto de relevância abordado, foi finalizada a reunião às 21h30, tendo os presentes assinado a presente Ata, como consta em folha anexa.