domingo, 18 de dezembro de 2011

No morro ainda não pacificado, chamam os "sócios que pagam"

Desde terça-feria estou analisando os 37 "fatos" do caso Colina do Sol, a procura de alguma substância nos 5.000 páginas do processo. Trabalhoso e cansativo. Depois de derrubar mais quatro "fatos" hoje, 22 foram pro saco, e sobram 15. Estamos chegando até lá.

Enquanto isso chegou da Colina do Sol o "BOLETIM INFORMATIVO N°. 02 - Gestão 2011/2013". Bem no momento que precisava de alivio cômico. Vamos olhar um pouco esta pérola.

A grande pergunta da hora é, quem pagou o julgamento da Sucessão de Gilberto? Conforme o boletim:

O valor restante do processo a ser pago era de R$75.351,48, incluindo os honorários advocatícios.

O gerente/administrador da Naturis, Celso Rossi, quitou o principal no valor de R$ 50.126,08 no dia 09 de novembro, ficando os honorários, no valor de R$25.225,40, a serem pagos pelo CNCS.

Em novembro, dávamos o valor restante da ação como "em volta de R$75 mil." Modéstia a parte, na mosca.

Mas por que cargas d'agua os sócios da Colina devem ficar com os honorários de uma ação contra Celso Rossi, que ele perdeu? A "Gestão 2011/2013", que não assina com nome, não explica motivo. Tratamos em outubro deste ano, a questão "A conta é tua?

Embargos perdidos

Bem, nos colocamos a conta detalhada em novembro do ano passado. Vimos que havia na época R$22.947,43 de honorários, devidos porque o CNCS entrou com embargos de terceiro, e perdeu.

De quem é a responsabilidade por estes honorários? Respondemos em junho de 2010:

Em tempo: Recebi 28/06/10 uma ligação da Dra. Carmen, sobre os honorários advocatários e os embargos de Fritz. Fritz recebeu, sim, o benefício da justíça gratúita. Porém, não são os terceiros que devem os honorários sobre o embargo, mas o parte vencido. O parte vencido, no caso, é Naturis/Celso Rossi/CNCS. E a Justiça negou o pedido de justiça gratuita da CNCS, que pediu, sendo uma entidade sem fins lucrativos. A lei, disse os desembargadores, contempla este benefício somente para pessoas físicas, não jurídicas.
Porque o CNCS pagou isso, então, se for a responsabilidade de Naturis, Celso Rossi, e Paula Fernanda Andreazza? Teria pago os honorários dos embargos impetrados pelo Fritz Louderback? Que ele perdeu somente porque ele não tinha acesso ao mapa verdadeira, guardado às sete chaves pela corja da Colina?

Há uma pista logo abaixo, quando o CNCS informa sobre um outro processo trabalhista:

"Nesse caso, como a parte reclamada está se opondo ao pagamento, nossa Assessoria Jurídica orienta que teremos que pagar um valor de aproximadamente R$8.500,00, pelos cálculos deste mês."
O "Boletim Informativa" não informa quem é a "parte reclamada". Nos informamos. É, de novo, Naturis/Celso Rossi/Paula Fernanada Andreazza. Mas porque os sócios do CNCS precisam pagar as contas da Xerifa da Colina e de "Nem Calças!"??

Estas orientações jurídicas parece meio esquisitas. Ainda, encontramos:

Assessoria Jurídica: Pagamos aproximadamente 10% de nossa receita à nossa Assessoria. O valor varia um pouco, dependendo de reuniões julgadas necessárias pelo Conselho Deliberativo e consultas feitas pela Presidência. Essa quantia poderá ser considerada elevada para alguns, mas existem vários processos em que o Clube participa como parte, e outros que requerem um acompanhamento, por serem de nosso interesse.

A Assessoria envia relatórios mensais dos processos, que se encontram na Secretaria e estão à disposição dos sócios. O importante é que, desde que foi contratada há cinco anos, a Assessoria vem prestando um excelente serviço e não perdeu nenhum processo movido contra o Clube durante esse período.

Isso sugere uma consulta aos Embargos de Terceiro, para ver o nome do advogado. Encontramos "061864/RS - Vanessa Teixeira Müller", que é esta mesma Assessoria.

Talvez esta afirmação é formalmente correto, pois isso é um processo que o CNCS moveu, e não um movido contra ele. Mas no outro lado, aconselhando o pagamento dos julgamentos contra Celso Rossi, a Assessoria está conseguindo que os sócios do CNCS saem perdendo em processos que nem são movidos contra eles!

Não se ilude: há mais cobranças contra Celso Rossi para vir.

Venda de árvores e "segurança"

O boletim segue para a roubo de arvores - classificado de poda - e cobrança para pagar "segurança". Bem, nas colinas cariocas não tem árvore para vender, mas cobrar "taxa de segurança" é padrão. Alguém tinha que assegurar que ninguém se atreve a se opor a Nem, e alguém tem que assegurar que os sócios obedecem os desejos de "Nem Calças!", e impor retaliações contra quem questionasse as orientações da "Assessoria".

E há um custo por isso. Por isso há os "sócios que pagam", para que os "sócios que recebem" pode desfrutar seu descanso. Especialmente seu eterno capitão, cujos contas mais uma vez, mais uma diretoria fantoche assumiu.

Vai continuar assim no morro. Até que vem a pacificação.

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