domingo, 27 de setembro de 2009

NATURISMO: QUAL O TAMANHO DA SUA IGNORÂNCIA

NATURISMO: QUAL O TAMANHO DA SUA IGNORÂNCIA?


O Laércio Júlio da Silva, presidente da Associação Goiana de Naturismo – Goiasnat escreveu o artigo “Naturismo: Qual o tamanho da sua curiosidade?” publicado no Jornal Diário da Manhã em 04/07/09 e com a destreza que lhe é peculiar explica sobre a questão da curiosidade inata ao ser humano e tenta tirar todas as dúvidas que são encontradas por pessoas que desconhecem sobre o naturismo.
Resolvi plagiar, em termos, o título de seu artigo porque aqui não pretendo descrever sobre a curiosidade e sim sobre a ignorância.

No Dicionário Aurélio diz que ignorância é “UM ESTADO DE QUEM IGNORA OU DESCONHECE ALGUMA COISA”. Podemos então afirmar que todos nós somos ignorantes sobre algum assunto porque não temos condições de sabermos de tudo.
Tem um ditado que diz: “De cientista, de médico e louco, todos nós temos um pouco”, sabemos o que pode ocorrer com a combinação de álcool e fósforo, sabemos daquele remédio excelente para dor de cabeça e algumas vezes queremos trocar um chuveiro em nossa casa sem nenhuma habilidade em elétrica, em outras palavras, sabemos um pouquinho de cada coisa, mas quando o assunto é NATURISMO a proporção de pessoas que desconhecem este estilo de vida é de assustar.

Não tenho a certeza se é por falta da curiosidade, se as pessoas não gostam de ler para aprender (hábito um pouco esquecido), se os naturistas se esconderam por longas datas e não permitiram a divulgação por falta de um ambiente cultural que pudessem ser entendidos, se foram os meios de comunicação que não se interessaram em demonstrar um modo de vida natural porque as propagandas de moda e beleza rendiam aos seus cofres muito mais, adicionando a este bolo os recursos da indústria cinematográfica e das revistas pornográficas, ou se foram todos estes fatores que ocasionaram a maior ignorância do século: O corpo humano como algo não natural.

“A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados” (Gandhi 1869 – 1948). Com que direito nos foi dado para agredir tanto nossos animais?

“Em termos de evolução, bem maior é o débito da humanidade para com os animais do que o crédito que lhes temos dispensado para seu bem-estar e progresso” (Eurípedes Kuhl) – Qual tipo de desenvolvimento criado que a humanidade fica devendo cada vez mais à natureza de todos os seres?

"Eu temo pela minha espécie quando penso que Deus é justo." (Thomas Jefferson) – Que tipo de justiça social criamos quando destacamos o nosso poder aquisitivo pelo carro que possuímos, pelas roupas que vestimos? Só distanciamos uns dos outros pelas nossas aparências. Que espécie é essa que nascem iguais, separam pelo modo exterior e morrem iguais?

Sentimos no direito de realizar estas agressões por acharmos que não fazemos parte da mesma natureza que criou todas as coisas. Agora estamos nos tornando mais conscientes sentindo todos os impactos causados pelo mal uso dos recursos naturais colocados à nossa disposição.

Conversando com alguns alunos de curso de graduação sobre naturismo, um deles respondeu que para a defesa dos direitos de igualdade, amizade, respeito às nossas diferenças etc., não seria preciso ficar despido. Estou procurando até agora o rumo de casa e tentando usar o meu lado de cientista para descobrir uma fórmula para ser usada para NATURISTA VESTIDO. Meu lado ignorante não me deixa entender tal inteligência. O pior disso tudo, é que era aluno de medicina, que teoricamente tem o dever de aceitar e olhar a nossa matéria com muito mais naturalidade. É preciso entender os 30 motivos para ser naturista que um deles diz:
15. A nudez favorece a igualdade social, sentimentos de harmonia com os outros e uma interação social menos formal. A indumentária encerra-nos numa irrealidade coletiva que prescreve respostas complexas ao status social, funções e comportamentos esperados. Quando a barreira artificial da roupa é abolida, a classe social e o status desaparecem. As pessoas começam a relacionar-se umas com as outras como são e não como parecem ser.

Creio, inclusive, que existe um termômetro para medir a pressão social imposta aos indivíduos dos valores não naturais. É a participação da mulher no naturismo. Ela aceita a sua filosofia e rejeita a sua vivência não porque provavelmente não goste, são as pressões sociais a ela impostas, não consegue se desapegar e vencer a si própria, está presa naqueles conceitos que considera vulgaridade, desvalorização feminina e da beleza inalcançável. As que conseguem vencer estas pressões relatam que os seus sentimentos e os relacionamentos são melhores, se encontram numa certa igualdade diante do sexo oposto.

Apesar de não ser o indivíduo mais indicado para falar sobre o papel da mulher no naturismo, existem pessoas com mais gabaritos, por exemplo, os psicólogos, os psiquiatras, John Gray autor do livro “Homens são de Marte ; Mulheres são de Vênus”, até mesmo as próprias mulheres estão mais qualificados para pronunciar a respeito. Posso mudar, mas é assim que penso atualmente.

"A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ NÃO É A MESMA QUE O TOLO VÊ."(William Blake)

Pelo menos eu reconheço o tamanho da minha ignorância e você reconhece a sua?

Evandro Telles
27/09/09

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